Capítulo 4

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Eduardo narrando:

Naquela manhã acordei pensando na noite passada, o cheiro de álcool ainda dominava meu corpo, mas não estava de ressaca, não chegava nem perto disso. Ao contrário da garotinha que conheci na noite passada, eu sabia bem a hora de parar. Vim embora quase pela manhã, talvez por isso acordei tão tarde assim, já é quase hora do almoço! 

Levantei esfregando o rosto e piscando várias vezes para estar realmente acordado, a quem eu queria enganar? Ninguém está disposto o suficiente assim que acorda. Segui para o banheiro e fiz minhas higienes, tentei enxergar meu reflexo após o banho no espelho, mas o vapor da água quente deixava o mesmo embaçado. Passei a mão até que pude me ver, mexi no meu cabelo molhado expulsando as gotículas de água que estavam em excesso nele. Ainda de toalha, continuei sorrindo para o espelho treinando meu charme, até que de repente alguém começa a bater na porta. 

— Quem é? — grito do banheiro

— Sou eu Senhor, vim arrumar seu quarto, posso entrar?

— Ah sim, a nova arrumadeira, espera um instante que tô me vestindo Peguei uma bermuda do closet e vesti rápido.

— Agora pode — falei abrindo a porta e esboçando um sorriso

Ela entrou e começou a arrumar meu quarto, enquanto isso peguei a primeira blusa de gola que encontrei e vesti.

— Vou deixar você trabalhar em paz e descer pra tomar café, meus pais estão lá embaixo?

— Sim senhor

— Ótimo, não esqueça de arrumar o banheiro também — caminhei em direção a porta, mas ao chegar próximo da mesma, hesitei e me voltei a mulher de meia-idade que estava juntando as roupas espalhadas pelo chão — como você se chama?

— Maria. Farei o melhor possível senhor.

Desci e vi meu pai em frente a TV. O cumprimentei e começamos a conversar.

— Oi filho, como foi a noite de ontem? 

— Foi da hor… — fui interrompido por minha mãe

— Estou pronta meu amor!

— Espera, pra onde vocês vão? — perguntei confuso

— Vocês não, nós vamos! — falou meu pai

— Eu não sabia que íamos sair — retruquei

— Vamos pro clube! Vá trocar uma roupa de banho, daqui a pouco sairemos

— Certo, mas antes vou comer algo, tô morrendo de fome!

— Vou mandar a Daniela levar algo pra você — falou minha mãe indo até à cozinha

Daniela é a cozinheira da casa, ela é super gente boa, conhece as comidas que eu gosto e cozinha muito bem, antes ela era minha babá por isso sabe todos os meus gostos, quando completei onze anos ela ia ser despedida, mas fiz uma birra pra não ir e talvez por isso eu tenho um certo carinho por ela e a trato como se fosse uma amiga ou até mesmo uma segunda mãe.

Subi para meu quarto, vesti uma roupa de banho com uma bermuda fina e uma regata, ambos eram da Nike. Quando terminei de me vestir ouvi alguém bater na porta, suponho que deve ser Daniela com minha comida

De Repente Amor Where stories live. Discover now