⊱ CAPÍTULO XXIII ⊰

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E então foi apenas uma questão de instantes para que Louis retornasse ao seu leito. Harry, ao se acomodar no chão, foi cauteloso em manter uma proximidade razoável do homem, visando evitar desconfianças de que realizaria mais uma tentativa de fuga.

Por fim, fingiu adormecer rápida e profundamente com um único pensamento: o tal "Luke" era o ser mais imbecil que ele já teve a oportunidade de conhecer – e, note que, Harry estava habituado a ser o homem mais inteligente entre os de sua idade, então conhecerá muitos a quem considerava imbecis.

O ponto relevante é que, ou você opta por ser o vilão, ou você opta por ser o mais tolo do recinto: a combinação de ambas as opções te conduzem à derrota.

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Em verdade, muitas coisas impediram Harry de ceder à exaustão do próprio físico nos últimos dias, mas, por óbvio, ter sido sequestrado era a principal, pois correspondia ao fato gerador de todos os outros infortúnios a qual foi submetido até presente momento – a fome, o frio, a sujeira e o medo.

No entanto, ao se encontrar finalmente alimentado, abrigado, limpo e com uma nova estratégia de fuga com grande probabilidade de êxito, seus músculos relaxaram satisfatoriamente, de modo que, enquanto fingia dormir à espera de que o comandante também o fizesse, ele realmente foi convencido pela sua própria encenação e sucumbiu ao cansaço acumulado – Styles viajava há três dias, não tendo dormido por duas noites subsequentes. De toda sorte, seu sono leve fez com que seu cérebro despertasse após meros instantes diante da ideia de que o sucesso de seu plano ainda dependia, por óbvio, de sua prática.

Harry olhou de soslaio para o corpo inerte do comandante – em sua paranoia, era como se qualquer movimento desnecessário de sua parte tivesse o condão de despertar o homem e colocar tudo a perder; contudo, ao constatar que este já ressonava de forma pesada e profunda, ele se pôs de pé em um ato e correu em direção à saída com tudo de si, cruzando rapidamente a distância que o separava da passagem para o lado externo.

Styles sentiu uma prévia do toque da brisa de Aberdeen como se esta abrisse um de seus braços maternalmente para acolhê-lo e estendesse o outro para defender-lhe daqueles que ameaçavam sua liberdade – esta já era tão real, tomando forma na noite e se fazendo quase palpável, então...

Algo repentinamente bloqueou o movimento de sua perna esquerda, fazendo com que seu corpo caísse de frente sobre o solo da floresta devido à velocidade em que corria. Ele levantou o tronco do chão e se virou para olhar o próprio pé.

– Mas que porr...?

Havia uma linha de pesca amarrada firmemente em seu tornozelo com um nó francês – o nome não foi dado avulsamente: assim como os boatos acerca da natureza francesa, seu emaranhar era delicado, porém firme.

Quando um outro par de pés parou à sua frente, Harry pôde constatar onde a outra ponta da linha encontrava-se firmada – ao tornozelo de Louis, que despertara com o repuxar dela. Por óbvio, ele havia feito o arranjo nos curtos instantes em que Styles adormecera – havia apenas um homem sorrateiro o suficiente para driblar o sono leve do cacheado até então: Desmond Styles. Então ao se deparar com o segundo homem dotado de tal prerrogativa, ele desejou que o primeiro estivesse vindo ao seu resgate.

– Você me deu sua palavra de honra de que soltaria meus pés – Harry proferiu, desnorteado com o ato, erguendo suas esmeraldas lentamente, as quais passearam pelo corpo alheio dos pés até as safiras que o encaravam.

– E você deu sua palavra de honra que não fugiria – ele cruzou os braços definidos sobre o próprio peitoril, sua expressão facial ilegível. – Bem vindo à dinâmica da guerra, Harry Styles.

Mystical (l.s)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ