Cap 2 - Trabalho voluntário

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Ai, como detesto acordar cedo! Fui traído pelo meu próprio pai. Como ele pôde fazer um acordo desse com o promotor sem a minha autorização? Eu não acredito que hoje, terei que sair da minha linda caminha pra ficar bancando e bonzinho e fingindo gostar de ajudar pequenos menininhos órfãos , mas qualquer coisa é melhor do que ficar dividindo cela com aqueles pobretões.

Mesmo contra a minha vontade, decidi que já era hora de levantar, tomar um banho relaxante na minha banheira gigante (porque já sei que hoje vai ser estressante) e descer para tomar um café da manhã.

Quando desci percebi que apenas a minha empregada estava em casa, como sempre , meu pai já havia saído pro trabalho , me deixando comer sozinho numa mesa de jantar enorme.

Após terminar de tomar meu café, fui até a garagem , peguei o meu carro e me dirigi até o endereço que ele tinha deixado em meu quarto.

Descendo do carro,percebi que não era brincadeira do Sr Do, ali realmente era um orfanato bem pobrezinho localizado num local péssimo da cidade, até pensei em sentir pena, mas sou Yoo Kihyun, por que teria dó de alguém ?

Enquanto estava pensando o que eu tinha feito pra merecer tanta desgraça , veio uma senhora falar comigo, que se identificou como a diretoria dessa espelunca, digo, orfanato. Ao mesmo tempo que me contava a história do lugar, a quantidade de crianças e até mesmo adolescentes que viviam ali foi me guiando e apresentando o lugar em que gastaria minhas preciosas 300 horas .

Depois dessa "incrível" conversa com a diretora, perguntei o que podia fazer ali para ajudar, ela sugeriu ficar brincando diretamente com as crianças, cuidar dos bebês , ajudar na arrumação dos quartos ou dar uma ajuda pras 2 únicas cozinheiras dali. Poucas pessoas sabem, mas uma de minhas paixões é cozinhar ( mesmo que meu pai tenha certa implicância com isso) , então a opção que achei mais viável foi ser por alguns dias um dos cozinheiros.

Conversando ( eu só ouvi na verdade) com as cozinheiras consegui compreender a rotina das crianças menores ( de 4 a 12 anos) e dos adolescentes (de13 a 18 anos).

Às 7 horas da manhã eles eram obrigados a levantar e tomar banho, depois às 8 eles vinham tomar café da manhã, para às 8:30 estarem prontos para irem pras creches ou colégios em que estudavam. O almoço era comido no colégio mesmo e a noite o jantar era colocado na mesa às 20h. Depois eles estudavam e as crianças mais novas dormiam às 21 h e os adolescentes às 23h.

Descobrindo os horários achei estranho elas estarem ali naquela hora, elas disseram que na verdade elas revezavam o horário , quando uma ia de manhã a outra ia e a noite e assim por diante, mas que naquele dia , elas não puderam fazer isso por ordem da diretora. Perguntei então se podia fazer o mesmo, elas disseram que sim, afinal mesmo eu estando obrigado estar ali , não precisava ficar o dia todo, desde que eu viesse ao orfanato todos os dias .

A diretora me obrigou hoje a ficar o dia todo aqui para ver como funciona o refeitório, já que agora esse seria onde trabalharia. Agora são 19:55 da noite e daqui a pouco começa-se a servir a janta e sinceramente só pensava em ir pra casa, porém tudo mudou depois de ver o início de uma briga no refeitório.

Um garoto alto e muito bonito começou a defender uma criança ( talvez irmão, não sei) de um outro garoto que estava o maltratando. Socos e pontapés foram trocados, pensei até em separar a confusão, mas estava tão divertido, até a diretora chegar e acabar com tudo e gritar: CHANGKYUN, JÁ PRA MINHA SALA!!! e o garoto bonito seguí-la.

Foi ai que percebi que talvez esse trabalho fosse vir a ser divertido . Changkyun ia fazer essa tortura valer a pena. 

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