Vivendo um Romance Proibido 2º Livro (REVISANDO)

Capítulo 46: A flor da pele

-Eu sei que é complicada toda essa situação... -Ia me explicar mas minha mãe me corta.

-Daphne. -Me cortou. -Você tem razão, não deixa de viver um amor por causa "dos outros". O Miguel saiu da minha vida faz anos, seu pai terá de entender, mas que será difícil eu me acostumar será! -Disse.

-Mãe eu juro que foi por acaso, eu não queria fazer de sua vida uma confusão novamente.

-Eu sei meu amor, seja feliz! -Disse.

-Obrigada mãe, posso trazer ele aqui só pra oficializar?

-Pode, mas hoje não por favor. Evita nos juntar?! -Pediu rindo e eu gargalhei.

-Tá bom mãe, irei evitar o máximo que puder.

Peguei meu notebook e mandei uma mensagem pra ele já que meu WhatsApp era conectado no not.

(WhatsApp On)

"Miguel? Já falei com meus pais sobre nós dois."

"Aconteceu o quê? Proibiram né?"

"Meu pai meio que surtou, minha mãe levou um choque."

"Mas ela entendeu."

"Sério?
Mas ainda tem o seu pai! :("

"É..."

Conversamos mais um pouco e eu expliquei a ele como seria toda a nossa convivência o que não foi fácil de aceitar.
Chegou a hora do jantar e eu ainda nem sai do quarto, estou pensando em como encarar meu pai depois dessa "conversa" que tivemos.

-Daphne, vamos jantar! -Minha vó grita do corredor.

-Estou sem fome vó! -Gritei de volta.

-Posso entrar? -Perguntou ainda atrás da porta.

-Pode sim.

Ela entrou e veio até a cama onde eu me encontrava, sentou ao meu lado e me fez carinho.

-Sabe, eu queria poder mandar no destino de cada uma de vocês só assim eu nunca iria ver uma de vocês chorar! -Por fim falou.

-Eu te amo vó, desculpa se eu sou difícil de lidar.

-Só seja feliz minha netinha! -Depositou um beijo em minha testa.

Resolvi que iria jantar com minha família, não irei envolver assuntos pessoais na mesa.
Todos estavam ali sorrindo, meus pais não pareciam irritados e isso era bom.

-E aí cunhadinha, teremos um novo membro na família? -Pergunto rindo.

-Teremos sim Daphne! -Disse com semblante feliz. -Já irei completar o quarto mês e não sabia.

Zac batia palmas enquanto meu irmão o alimentava no colo.
Ficamos conversando sobre coisas passadas, meus pais relembrando o tempo em que Brayan e eu éramos crianças.

Meses depois:
Meus pais aceitaram mais a minha relação com o Miguel, ele veio uma vez apenas para oficializarmos tudo num belo jantar em família, meus pais foram ver um cinema logo após o jantar -mas foi apenas um ponto para não ficarem até depois do jantar vendo o Miguel.

Miguel me deu um anel de compromisso, Tia Juh está mais tranquila comigo mas foi viajar para espairecer em Paris. Minha facul já voltou a rotina normal e meu trabalho tinha me dado "folgas" para curtir a semana do meu aniversário então eu já estou de volta.

-Ela não me atendeu bem, acho que ela não gosta da minha cor!! -Disse uma cliente sobre uma de nossas funcionárias.

-Fique tranquila senhora, eu irei chamar ela para meu escritório. -Falei a tranquilizando.

A cliente foi embora estressada e eu fui na minha sala, hoje a loja está uma loucura.

No final do expediente chamei a funcionária que atendeu a moça que me reclamou sobre mal atendimento.

-Senhorita Daphne, eu não destratei ninguém! -Dizia com a mentira estampada em sua face.

-Kelly, não é a primeira vez que recebo esse tipo de reclamação sobre você. Infelizmente terei de te demitir! -Fui firme e entreguei a carta de demissão para a mesma.

Ela saiu de lá dizendo ir lutar pelos seus direitos e eu nem me importei tanto por ter problemas maiores em minha vida. Ando muito a flor da pele em qualquer tipo de emoção, choro do nada, me estresso do nada, TPM é foda.

Acabou o meu expediente e fui para o meu apê, ainda estou mobiliando ele mas dá pra morar, e não o Miguel não mora comigo, a propósito ele está viajando pela Europa para reuniões de trabalho.

Meu celular toca quando resolvo tomar um banho.
Ligação On:

-Filha?

-Oi mãe, boa noite. Tudo bem???

-Está tudo bem sim. Eu só queria te convidar para passar uns dias comigo porque seu pai irá na casa do Lucas visitá-lo à negócios mesmo.

-Claro que passo uns dias com minha velhinha! -A provoquei, ela odeia ser chamada de velha.

-Me respeita garota! -Disse em tom falsamente bravo.

-Só vou tomar um banho e vou praí.

Desliguei e fui me preparar e arrumar uma bolsa pra levar, minha mãe não gosta de ficar sozinha em casa. Hillary ficava mas agora com a gravidez de risco só fica em repouso, ela está com quase nove meses.

(...)

Chego com umas bolsas cheias de coisas minhas e minha mãe se espanta.

-Acho que se enganou, não chamei pra morar! -Parecia séria e eu chorei.

-Poxa, magoou... -Falei com voz de choro e ela se assustou mas logo depois deu uma gargalhada.

-Você sabe o quanto é bem vinda! -Me deu um abraço e um beijo na testa.

Guardei minhas coisas em um dis quartos de hóspedes e desci para preparar algo.

-Faz aquelas panquecas deliciosas?

-Eu queria que você cozinhasse! -Falei.

-Não, tô afim de mexer em fogão... -Dizia e eu deixei uma lágrima escorrer mas ela não percebeu.

No fim das costas eu quem fiz panquecas de maçã para nós duas, assistimos a série Sex Education o que me fez ficar constrangida com as sugestões que minha mãe dava como o carinha deveria chupar a banana.

-Eu deveria ensinar como fazer um belo boquete, esse cara parece um guloso! -Disse ela me deixando boquiaberta.

-MÃE!!! -A repreendi desconcertada.

Minha mãe parece que foi/ é uma expert em putaria.

Terminamos a série e minha mãe não parava de falar sobre sexo e como deveria fazer isso ou aquilo.

-TÁ BOM, JÁ CHEGA COM ESSE ASSUNTO. NÃO VÊ QUE ESTOU DESCONFORTÁVEL?? -Gritei e ela me olha paralisada. Percebo como falei e me desculpo. -Desculpa, não sei o que eu tenho. Vou dormir!

Ela não me diz nada, apenas dá boa noite. Entrei no quarto e fui me deitar tentando entender o porque estava tão estressada, talvez seja o trabalho e as semanas sem sexo.