21 | Gostaria de fugir consigo.

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 "Eu sempre lhe fui tudo e sempre lhe serei tudo, Blair."

 Sinto outra palmada, desta vez na outra nádega, e o meu coração aperta. Era impossível não chorar. Eu havia-me iludido e numa situação como esta não sei o que doía mais; se a dor física, se a dor psicológica.

 "Você é doente."

 "Cala-te!"

 Zayn grita fazendo-me chorar ainda mais. Arqueio as costas quando a dor volta a percorrer e a enfraquecer todo o meu corpo. Isto é tão ridículo mas tão intenso. Eu nunca devia ter ido àquela festa. Se isso não tivesse acontecido eu a esta hora estava a divertir-me e a fazer amigos em vez de ser castigada por um professor maluco por quem criei sentimentos.

 Eu gostava de nunca o ter conhecido.

 "Eu gostava de nunca o ter conhecido."

 "Está a mentir."

 "Não estou. Eu gostava de nunca o ter conhecido. Ainda bem que se vai despedir. Quero-o longe de mim o mais rápido possível."

 "Não minta, Blair."

 "Eu não estou a mentir!"

 O meu rosto estava provavelmente manchado com as minhas lágrimas. Tropeçava na minha própria respiração, por estar tão maneira descontrolada, e sinto-me a querer desistir. Uma vez mais.

 Os meus braços já começavam a tremer com a fraqueza e a minha voz não conseguia parecer séria devido ao nervosismo em que estava. A minha voz em vez disso saía hesitante e os meus berros não o conseguiam intimidar. Ainda me pergunto o que o intimidava.

 Sinto o tecido rugoso das suas calças ser encostado ao meu rabo e consequentemente desse ato, sinto o seu membro ereto. Ele já não me batia e questionava-me o porquê de tanta proximidade.

 "Eu odeio-o. Eu odeio a pessoa que você é. Você é um monstro. E por causa de você eu odeio-me a mim mesma." Murmuro.

 A minha camisola preta é retirada com cuidado e eu não tenho outra opção senão deixá-lo despir a peça de tecido do meu corpo. A sua respiração quente e pausada contrasta com a pele das minhas costas. Beijos delicados são aí depositados e é o que me vai acalmando.

 "Pare de chorar." Zayn sussurra em continuação dos beijos.

 "Eu não consigo."

 "Porquê?"

 "Você deixa-me assim."

 "Assim como?" Ele murmura enquanto os beijos vão descendo pela minha coluna vertebral.

 "Frágil, sensível, hesitante..."

 "E sem mim? Como é você?"

 "O oposto. Sem você sou atrevida, simpática, confiante de mim mesma. Uma rapariga capaz de ir para a cama com todos para se sentir confiante."

 Não acredito no que acabava de admitir mas sim, era a verdade. Zayn já me havia dito isso mas eu nunca havia concordado. Eu não queria que o seu ego subisse ainda mais caso afirmasse a sua observação.

 "Eu sei. E como é que você gosta de ser?"

 "Nenhuma das duas. Talvez um pouco de ambas? Honestamente não sei."

 Zayn não me responde. Os seus beijos passam para as minhas nádegas ainda doridas da martirização.

 "Porque não me deixa?"

 "Quer que eu a deixe?"

 Os dentes de Zayn cravam-se na pele magoada na minha nádega o que me causa arrepios por todo o corpo. Esta sensação era diferente das dolorosas que tenho vindo a sentir. Esta era uma sensação diferente, mas boa.

Toxic 》 malikWhere stories live. Discover now