Capítulo trinta e um

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A ideia para o presente surgiu quando fiz uma visita a despensa de minha casa natal

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A ideia para o presente surgiu quando fiz uma visita a despensa de minha casa natal. Um lugar inusitado para achar um presente a alguém, contudo, quando me deparei com um frango de borracha jogado em meio a sacos de arroz e feijão, foi impossível impedir os pensamentos de divagarem no rumo de Axel.

Era um visitante que surgiu sem nenhuma explicação, como se tivesse sido depositado do mundo mágico para que eu encontrasse ao entrar no cômodo. Era até algo irônico se parar bem para analisar.

Observei o frango ao longe, em dúvida se era mesmo real ou fruto de minha imaginação fértil.

— Por que você tá aqui? — perguntei, me sentindo uma idiota por estar falando com um frango de plástico.

Quais eram as chances de isso acontecer? E justo no meio de comidas, meu deus!

Agachei, pegando o brinquedo e sentindo o material borrachudo. Era real. Sai a passos rápidos da dispensa e gritei o nome de mãinha, procurando-a por todos os cantos até encontrá-la dentro da cozinha lendo uma revista em voz alta ao lado de Eva. Ela levantou os olhos do papel, quando entrei a passos largos para dentro do cômodo.

Isabel ergueu as sobrancelhas.

— O que é isso? — perguntou antes que eu fizesse o mesmo.

— Era o que eu iria perguntar. Estava lá na dispensa no meio das comidas.

— Na dispensa? Por que estaria lá? Eu nunca vi isso antes.

Fiz uma expressão confusa, sem conseguir entender. Então isso realmente surgiu do mundo mágico? Era tão ridículo que tive vontade de rir.

— Como assim você não sabe? Então isso simplesmente apareceu por lá?

Isabel semicerrou os olhos.

— Vocês agem como se eu fosse a única moradora da casa, não sei de todas as coisas que existem por aqui — Ela ergueu as sobrancelhas. — Isso deve ser obra da sua irmã.

Fazia menos sentido ainda.

— Por que ela iria comprar um frango de borracha?

Isabel deu de ombros e seguiu a ler a revista para vovó. Precisei procurar pela irmã por toda a casa para descobrir a resposta. Sabrina estava no banheiro lavando os dentes. Parei ao seu lado e ergui o frango no rumo dos seus olhos, perguntando antes que ela protestasse. Ela parou de escovar os dentes e me fitou com as sobrancelhas arqueadas.

— Eu comprei isso pra Salen, achei que seria bom para consolá-lo enquanto você estivesse fora. Mas ele simplesmente ignorou meu presente.

Suspirei, me sentindo aliviada. Então era por isso, nada de coisas mágicas ou sobrenatural.

Respirou fundo, esperando meu corpo recuperar.

— Ainda não aprendeu que ele não dá a mínima para essas coisas?

Frangos Explosivos [Completo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora