Capítulo vinte e quatro

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Eu não conseguia mais ter controle de mim mesma

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Eu não conseguia mais ter controle de mim mesma. Quando as crises vinham, eu precisava deixá-las me conduzir. Não conseguia ser mais forte do que elas. Eu era como uma boneca sendo guiada pelos seus braços. E isso era um inferno. Queria ter um jeito de fazê-las pararem.

Por que eu não podia ser como as outras garotas? Ninguém agiriam igual eu. Eu nunca surtei tanto assim antes. Mas com Axel tudo era intenso e diferente. Ele estava apaixonado por mim. Isso tornava as coisas complicadas e mais difíceis de lidar. Como eu poderia sair daqui e falar para ele que acabou? Não seria capaz de destruir seu coração. Eu devia ter sido cuidadosa.

Axel bateu na porta.

— Sandy, o que aconteceu? Está tudo bem?

Não respondi. Minha voz não queria sair e meu corpo continuava a tremer. Forcei minhas pernas a levantarem para jogar uma água gelada no rosto. Axel voltou a bater na porta. Eu precisava encará-lo de uma vez por todas. Era o certo a se fazer. Por mais que fosse tentador continuar no banheiro, não podia viver trancada nele para sempre.

Olhei para meu reflexo e ajeitei minha maquiagem borrada. Eu estava um caco. Não conseguia entender como Axel se apaixonou por mim. Respirei fundo para tentar acalmar meu coração, mas meu corpo não me obedeceu, ele não me dava ouvidos.

Tudo bem. Eu iria sair de qualquer forma, não tinha como fugir. Contaria de uma vez por todas para ele. Axel veria como eu realmente era, uma pessoa confusa e complicada. Se ele não quisesse mais ficar perto de mim, eu não iria julgá-lo. Na verdade, seria o melhor para ele. Desse jeito eu não conseguiria machucá-lo de novo.

Sai do banheiro. Axel estava com as costas apoiadas na parede e a cabeça abaixada. Ele as levantou no mesmo segundo que coloquei os pés para fora. Andou até minha frente e segurou meus ombros. Sua aproximação me deixava com as pernas bambas.

— O que deu em você? Está passando mal? A gente pode ir ao hospital.

Não adiantaria.

— Eu preciso ir embora.

Distanciei dele com meu corpo fraco. Cruzei os braços na frente do peito, sentindo os olhares dos outros clientes queimarem minha nuca. Alguns cochichavam, tentando entender o que aconteceu.

Axel segurou na minha mão.

— Sandy, espera. Vou pagar a conta e vou com você.

Ele saiu antes que eu respondesse. Algumas pessoas na rua me encararam. Andei alguns passos e sentei na calçada, sem conseguir manter minhas pernas em pé. Eu tremia mesmo com o tempo abafado.

Ele apareceu depois de alguns minutos e sentou ao meu lado. Eu precisaria depois dar um dinheiro a ele pela comida e tudo que ele me fez.

— Por que está assim? Eu fiz alguma coisa errada?

Eu iria chorar de novo.

— Eu não devia ter feito aquilo. — Comecei a falar com a voz fraca e tremida. — Você não estaria apaixonado por mim se soubesse como eu sou de verdade. Eu sou um furacão, Axel.

Frangos Explosivos [Completo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora