Capítulo 5

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Volteiiii!
Como prometido, aqui estou eu com mais um capítulo da nossa linda história. Não esqueça de votar e comentar, isso faz toda a diferença.

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Em revisão:

É sábio ter em mente que por traz de um sorriso gentil, pode haver grandes decepções

Alice

" Você é minha."

Meu corpo tremia como se minhas pernas não fossem capazes de sustentar o peso do meu corpo. Larguei o pequeno cartão vermelho, como se aquilo queimasse minhas mãos, e queimavam de certa forma, pois aquela era a confirmação de que ele estava de volta, à espreita e que o que eu tinha dito, em nada o amedrontou ou o afastaria.

Naquele pequeno pedaço de papel, estava escrito a frase que eu escutei durante todo o meu casamento de merda, a frase que ele vivia a repetir, deixando claro que eu nada mais era que um objeto em suas mãos imundas.

E eu acreditava mesmo naquilo, ele me fazia acreditar! Eu me deixava enredar por sua conversa, por suas mentiras e trapaças e eu vi, anos da minha vida passar sobre meus olhos apenas existindo e vivendo para ele, como se Renato fosse o meu sol. Ele nunca foi e o amor que achei sentir no começo, nunca de fato existiu. Aquele sorriso gentil, que sempre me dava nunca foi verdadeiro, era só seu disfarce e eu compreendi que o que um dia achei sentir por ele foi apenas por carência, desespero de um coração partido e me deixei levar pela falsa segurança que ele me transmitia.

Foi quando comecei a acordar e ver com quem me casei é que veio as agressões físicas e psicológicas onde por vezes, relevei e achei ser culpada e merecedoras de tudo o que recebia, como se eu tivesse desencadeado sua ira por pura vaidade.

Quando lembro disso sinto ódio, não só dele, mas de mim mesma por me sujeitar a tal loucura, e no fim, foi o medo que me fez permanecer ao seu lado até descobrir que aquilo podia me matar e que a cada dia, Renato perdia mais um pouco de juízo. Quando acordei em uma cama de hospital, me dei conta da loucura em que eu estava vivendo e da depressão que tomava minha mente e corpo.

Ainda lembro de absolutamente tudo como se estivesse vivendo aquele maldito momento nesse mesmo instante, até o gosto do sangue ainda está em minha boca, a dor em meu ventre e a humilhação, entranhada em minha alma. Naquele dia no hospital, quando acordei e vi Augusto... foi como... eu não teria palavras para dizer o que senti e saber que foi Pedro a me tirar do meu apartamento, só aumentou minha dor e vergonha.

Ver minha família, a preocupação, o medo de cada um para comigo só aumentou meu desespero. Era nítido no olhar de Arthur sua decepção e como aquela situação o deixava transtornado, enquanto no rosto de Augusto eu via só pena e amor enquanto ele tentava esconder as lágrimas toda vez que olhava para meu corpo e rosto machucado.

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