Capítulo 4

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Cheguei! 🙊🙊🙊🙊🙊

Bem atrasada, mas cheguei! Perdão amores, as coisas complicaram essa semana e o tempo fugiu do meu controle. Por isso, teremos capítulo hoje e outro no sábado, para compensar a falta do capítulo na sexta-feira passada! Enfim, vamos ao interessa, certo?

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Em revisão:

O tempo pode apagar o amor?

Pedro

Após uma noite mal dormida e uma visita rápida ao hospital hoje cedo, estou eu aqui; sentado em um dos bancos grandes da mesa de madeira onde servem as refeições do orfanato, no grande pátio de piso liso, vendo os meninos de várias idades e tamanhos correndo pra lá e para cá, rindo e se divertindo frente ao pátio. E por alguns minutos, consigo me concentrar neles e esquecer o que vem me preocupando desde que Augusto esteve em minha sala na sexta-feira e de repente, me vejo contagiado, rindo enquanto observo jogarem bola e gritar uns com os outros.

― Bom dia, Pedro. ― Viro o rosto para o lado, vendo irmã Salete se sentar próximo a mim.

― Bom dia irmã.

― Achei que não viria hoje, sempre vem mais cedo para o café da manhã. ― Passo a mão na nuca ao me lembrar do por que não vim mais cedo, me sentindo desconfortável com a lembrança.

― Acabei por dormir demais. ― Talvez seja pecado mentir pra uma freira, mas pior, seria contar por que me atrasei. ― Mas cadê Camile, não a vi entre as crianças hoje. ― Mudo de assunto, sem encará-la, como se a mulher pudesse ler meus pensamentos.

― Camile é uma menina difícil de se relacionar com as outras crianças, filho, não se enturma muito bem com as meninas e parece ter medo dos meninos, por isso fica mais distante. ― Isso me preocupa, pois, a condição de Camile a diferencia das outras crianças e sabemos que muitas vezes, elas podem ser cruéis com o diferente.

― Posso vê-la?

― Ela está na sala de desenho, pode ir até lá. Vai fazê-la feliz em vê-lo. ― Apenas aceno.

Me levanto e me encaminho por um dos corredores do orfanato, indo direto ao cômodo que chamam de sala de desenhos e projetos escolares. O lugar é humilde, mas o cuidado que as irmãs demonstram a cada criança é genuíno e digno de orgulho, apesar do descaso governamental e popular com a causa.

Abro uma pequena fresta na porta verde e vejo a garotinha de quase sete anos sentada em uma cadeira atrás de uma mesa vermelha antiga, que eram usadas para alfabetização de educação infantil.

Fico a observando enquanto tenta pintar e manter os cabelos lisos e grossos demais atrás da orelha. A franja de cabelos espessos e castanhos cai nos olhos e ela assopra, parecendo sem paciência enquanto me faz rir de suas tentativas. A menina é uma graça e sempre que venho ao orfanato, trago algo novo pra ela, pois a pestinha me pegou e me tem enrolado em seus dedos. Camile adora desenhar, pintar e parece não se dar muito bem com as outras crianças do lugar, além de ser nervosa, um temperamento difícil e falastrona por natureza. Mas algo nela me encantou desde a primeira vez que a vi, encolhida em um canto na cantina querendo se esconder das outras crianças.

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