— Tudo bem meu amor — respondo e Alfonso e Juju me olham surpresos.
— Tudo bem? — pergunta Alfonso enquanto Juju comemora.
— Sim e quer saber... a mamãe também não vai trabalhar hoje, vamos ter o dia das meninas — Juju vibra.
— o papai também? — pergunta feliz da vida e Alfonso a responde.
— O papai realmente precisa trabalhar Ju, mas prometo chegar mais cedo... — da um beijo em Juju que desce da mesa e me olha — vou chama-los aqui hoje pra acabar logo com essa historia e você poder trabalhar tranquila, sem fugir.
— é demais ter que olhar pra ela hoje sabendo de tudo.
— eu entendo, espero que eles fiquem bem com tudo isso.
— eu também...
O dia com Juju passou depressa já que ela elétrica igual a mãe nos arrumava alguma coisa pra fazer o tempo inteiro, mas foi bom, foi divertido, fazia tempo que não passava tanto tempo com ela.
No fim do dia meus pais passaram pra pegar Juju e levar para a casa deles.
— Agora esse rapaz vive aqui com você? — pergunta meu pai com desdém — com tudo isso percebi que nunca falei com meus pais que estava noiva de Alfonso.
— por enquanto ele ainda não mora aqui pai, mas logo vai... — ele me olha mais serio — talvez a gente... se case... — percebi também que eu não conseguiria falar com tanta facilidade.
— Estão noivos? — minha mãe perguntou.
— Vamos ficar assim que oficializarmos com um jantar em família, o que acha?
— Eu posso organizar — minha mãe diz e meu pai ainda torce o nariz.
— pai? — pergunto.
— Os filhos crescem mesmo né? — sorri — tudo bem, pode ser na nossa casa ?— eu confirmo.
Assim que meus pais saem com Juju, Alfonso chega. Com certeza devem ter se cruzado no elevador.
— Oi amor — sorri me vendo perto da porta — como foi seu dia?
— Foi sem fim — sorrio de volta — viu seus sogros?
—Vi sim — ele ri — seu pai até me deu um sorrisinho.
— Devemos comemorar? — o abraço.
— Mais tarde — ele pisca — liguei para Mané vir com a Maite e eles devem estar chegando a qualquer momento.
— Você acha que deve contar aos dois juntos? — ergo a sobrancelha.
— Você acha que não ?
— Acho meio indelicado, talvez devesse falar com o Mané primeiro...
— Mas e agora que já os chamei? — a campainha toca, Maite era de casa e o porteiro sempre a deixava subir direto.
— Vou abrir a porta, vamos ver o que dá — Maite me olha sem entender o porque esta ali, sabendo bem que Alfonso estaria com raiva dela. Os dois entram e Maite mal fala com Poncho, já Mané o abraça e Poncho o oferece uma bebida. Maite cismada gruda do meu lado.
— Mas alguém vem? — a morena me pergunta.
— Não... somos apenas nós — respondo.
—Eu não to entendo esse convite repentino, é ideia sua né, pra me forçar fazer as pazes com o Poncho — ela cochicha no meu ouvido.
— Na verdade eu convidei vocês — Poncho respondeu alto o suficiente desconcertando Maite e eu estava achando tudo isso uma loucura.
— Certo, vamos nos sentar? — digo indo até o sofá — eu praticamente forcei o Poncho a chamar vocês aqui — ele me olha — e agora to achando que agi completamente errado.
— Por quê? — Mané pergunta — é normal você querer que sua melhor amida faça as pazes com o seu noivo.
— Eu quero de verdade fazer as pazes com você Maite — Poncho diz — mas eu também quero explicar algumas coisas que aconteceram.
— Eu sei que não agi certo Poncho — Maite diz com pesar.
— Eu também não agi certo varias vezes Mai, eu entendo seu medo em eu machucar Anahi — faço que vou falar, mas Alfonso continua — a ultima coisa que eu quero na vida é machucar a ela.
— Eu fico feliz por isso — Maite responde.
— Mas eu também não quero te magoar, Mai a gente se conhece desde sempre, você ta em todos os momentos da minha vida, você sempre foi tão ligada a mim, de repente você fica tão dura... e eu entendo, muita coisa aconteceu, mas eu não quero que as coisas mudem entre a gente... Você é tão minha irmã quanto a Manuela, você sabe disso.
— Sim eu sei Poncho — responde segurando as lagrimas o abraçando — eu to sendo uma estupida, desde o começo, eu não devia ter contato essa historia da criança pra Anahi.
— Mas pelo que você contou, nos fez ir atrás da Melissa...
— Você viu a criança?
— Não vimos, mas ela explicou que era impossível o filho ser meu.
— Já que ela sempre se preveniu porque não era doida de transar com o Alfonso sem preservativo — disse ainda enciumada da frase.
— Sim ela disse isso — Alfonso me olhou — e também disse que apenas se relacionou comigo...
— Fora do noivado — Mané completou — ela te disse isso não foi?
— Sim...
— Espera o filho é do Mané? — o olhou —O filho é seu? — Maite perguntou perplexa e ali caia o mundo da minha amiga novamente.
— Eu acho que sim... — Mané respondeu com o olhar baixo — quando vi a criança só consegui pensar na traição, mas ele... se parece comigo, me desculpe Maite...
— Eu preciso ir embora — Maite pegou a bolsa se levantando, mas Poncho entrou na frente dela — me deixa passar...
— Não, não — segurou seus braços — você fica aqui — direcionou o olhar até Mané — vai embora cara, amanha vocês conversam... Maite fica aqui com a gente — ele apenas assentiu saindo e eu nunca pensei que me doeria tanto ver Maite sofrer assim, por um momento eu desejei que o filho fosse do Poncho — vai ficar tudo bem — Poncho disse envolvendo Maite no seu abraço.
— Ele mentiu pra mim — eu não acredito nisso.
— Ele não mentiu Mai, ele só não tinha entendido que o filho era dele, não meu.
— Ele tem um filho — disse chorando — eu não posso acreditar.
— Mai isso foi antes de você, você sabe bem como ele se machucou com o passado, essa criança... Ele não esperava.
— Ele vai reviver o passado, se ele quiser me deixar?
— Só se ele for muito doido Mai — respondo — você é maravilhosa... Você sabe disso.
— Eu não sei mais de nada, minha vida é um fracasso, meu casamento fracassou, meu relacionamento fracassou...
—E você não tem culpa de nada disso Mai... não se culpe pelos erros dos outros e também se lembre que existem erros sem intenção de errar, o Mané não esperava por isso, eu juro que preferia que o filho fosse do Poncho do que te ver passar por isso.
— Não brinca com isso Anahi — Maite diz — vocês dois merecem ser felizes.
— Mas uma criança não atrapalha felicidade de ninguém Mai, pelo contrario... Aceite a historia do Mané, assim como ele aceita a sua e tá tudo bem — Poncho concluiu.
— Vai descansar Mai, amanha o dia será diferente — eu rezava a Deus que fosse.
KAMU SEDANG MEMBACA
A Tu Lado - AyA
Romansa"Apesar do vento forte e da chuva no caminho, ao seu lado sei que está o meu destino" Anahi e Alfonso se conheceram da maneira mais louca que um casal poderiam se conhecer. Era a despedida de solteiro dele, eis que ela surge e o encanta. Amor a prim...
Capítulo 79 - Depois dos Pontos
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