Família / Dinastia

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Yuna Liu Wrigh

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Yuna Liu Wrigh

  Uma semana havia se passado desde minha chegada. Os dias passaram num piscar de olhos, não havendo tempo para descanso ou uma folga razoável. Demandar o Concelho Estudantil da que estava integrada, impunha muitas medidas burocráticas e reuniões com pessoas afiliadas a UCLA, Em termos de conteúdo cursivo e reuniões, a Universidade da Califórnia era muito mais abrangente que Oxford, e dispunha de muito mais recursos que os alunos tinham acesso. O número de professores era menor, só que o intercalar para ter uma reunião com todos não era possível, por isso tive que ter um reunião privada com cada um deles. O surpreendente, era que os professores me tratarem de igual para igual, alguns até respeitavam meu cargo além da conta, como se estivesse acima de sua profissão. Sem entender tamanho temor a minha Presidência cheguei a discutir com a reitora, que fez questão de me explicar, que eu representava os alunos em quase um todo e esses mesmos alunos que mantinham a universidade sustentável, graças ao financeiro de sua mensalidade. Claro que sabia disso, mas a importância vista do ponto de vista de muitos, era quase imperialista.
   No passar dos dias, fiz reuniões com com cientistas, pesquisadores, e muitos dos funcionários que exerciam algum fundamento, ou serviço de extrema importância para universidade. E nessas horas um outro membro do concelho me acompanha em minhas idas e vidas, o que comumente no final das contas resultou em ser Daniel Harper o que tinha o cargo de Secretario Geral, já que sua patente era adequada a este ofício. A diferença de falar com Harper e qualquer outro membro do concelho, era de fato muito mais agradável, uma vez que ele entendia meus termos sem que eu precisasse ficar explicando ou duvidando de minhas boas intenções com relação a estabilidade e equilíbrio, as vezes, ele parecia estar dentro da minha cabeça, o que por sinal vinha mais e mais, mechendo com minhas emoções e sentimentos para com ele. Tenho que refutar em afirmar que em nenhuma dos meus momentos junto ao orador houve algo íntimo, ou extremamente casual em nossa troca de diálogos, ou aconteceu de um de nós se comportarmos de maneira imprópria. Na realidade o jovem orador era um perfeito cavalheiro, e ditava suas opiniões sempre com muita gentileza e palavras bem colocadas. Vez ou outra Harper abordava um assunto pessoal, mas nada muito explícito, o que me agravada, pois sua maneira de dar senso ao privado, não me fazia ficar na defensiva com ele. O que só acarretou confirmar um desastre que vinha acontecendo em meu íntimo, pois ocorria em diversos momentos em nossa convivência, uma briga entre meu coração e razão, por conta dessa mesma postura em seus modos corteses, ja que sua persona me cativava, dia após dia, mas em contra ponto as minhas emoções descontroladas, o racional lutava para não me deixar atrair pela calor dos olhos cinzentos e a voz doce, o que as vezes era inevitável, dado que as diversas vezes que meus olhos se demoravam a admirar os rosto belo secretário.
   Em meio a tantas conversas com professores, funcionária e alunos, cheguei a conclusão que a Presidência de Daniel Harper foi sabotada desde o início, e que ele era uma pessoa que fora injustiçada pela manipulação das massas de alunos que seguiam os ideais das pessoas de poder financeiro. Em todo caso, ele me orientou em usar seus erros de exemplo, o que aceitei como uma lição muito encantadora, já que o rapaz não parecia guardar mágoa alguma por sua destituição ou, até mesmo eu ocupar seu lugar.
   Os sons suaves das ondas se quebrando na praia me acalmavam. Apoiei o queixo nos joelhos, tentando me perder na beleza da praia. Sentada numa das meses no pier rente a praia, apreciava o momento de sossego onde as gaivotas sobrevoando minha cabeça, o ir e vir da água na paz absoluta, relaxar as tensões de meu corpo castigado pela correria. Enquanto Sasha treinava o Jeté saltando sem collant, perto do pier, apreciava o mar pensando o que faltava a jovem bailarina obter, para ter maestria. No jeté o bailarino atira a perna com energia, sempre esticada. É como se fosse o tendu, mas com mais energia e com os pés fora do chão. Existem vários tipos de saltos, grandes (grand jetés) ou pequenos, mas no caso da jovem era um grande salto. Ela estava se saindo bem. Em segredo comecei a instruir a minha aluna lhe dando algumas dicas de Ballet. O ruim daquela situação era relembrar de momentos em que via minha irmã, me incentivando a ser a melhor bailarina no colegial.
   "Oh Yulin! Como sinto sua falta", pensei ao ser acariciada por uma brisa refrescante com cheiro de água salgada.
  – Ela está indo bem! – disse uma voz, que reconheci de ato.
   O susto grandioso ao ponto de me fazer saltar da cadeira, e quando olhei o jovem as minhas costas, a visão fez o ar na minha garganta travar. Nunca havia visto Daniel Harper com roupas tão casuais, por mais que formalidade de todo o conjunto transpassase quê cordialidade inglesa, ainda sim ele parecia um jovem mais naturalizado de Los Angeles. A camisa polo preta de mangas comprida se assentar perfeitamente nos braços e torax, revelou um pouco de sua estrutura fisica proeminente em certos pontos. Não pude deixar de notar as tarjas brancas, no pulso e colarinho, as quais se assemelha com as de meu vestido formal, usado naquele instante.
   A paisagem da casa ao fundo e palmeiras balançado atrás dele, fez sua imagem ficar ainda mais atraente.

GAME OVER: Som da VerdadeWhere stories live. Discover now