Segurei a mão dela sentindo um certo alivio por poder tocá-la, algo que tive vontade de fazer o caminho todo, a olhei nos olhos enquanto levava a mão dela aos lábios.
Anahí me encarou petrificada e vi suas bochechas corarem quando beijei seus dedos, ela molhou os lábios com a língua e senti uma vontade dolorosa de beijá-la, mas eu teria que esperar. A linguagem corporal dela mostrava que eu estava mexendo com ela. Lentamente soltei sua mão.
- Nos vemos de novo! - afirmei. - Boa noite Anahí. - sorri.
Eu tinha ido naquela festa na intenção de conhecer Anahí pessoalmente e contar à ela as intenções de sua mãe, mas ao vê-la mudei de idéia. Aquilo parou de ser uma coisa profissional e virou pessoal e eu não queria que ela me afastasse, recusando meus serviços. Decidi conquistá-la e a confiança dela primeiro e depois contar porque tínhamos nos conhecido. Enquanto isso poderia sondar se ela realmente necessitava de proteção ou se a mãe estava equivocada.
- Boa noite! - gaguejei abalada com aquele sorriso e o toque dos lábios dele na minha mão.
Com as mãos trêmulas e as pernas bambas desci do carro e entrei no prédio, só então Alfonso foi embora. Não entendia o que havia acontecido, primeiro havia entrado naquele carro, o carro de um completo desconhecido, agora dava razão pra super proteção da minha mãe, que descuido da minha parte. E pra completar comecei a contar coisas pra ele, cheguei quase ao ponto de dizer que meu pai tinha morrido e como tinha morrido.
Alguma coisa em Alfonso me abalava, me tirava do eixo, parecia que ele tinha me enfeitiçado para que fizesse o que ele quisesse enquanto ele permanecia com um ar de mistério. Ele havia descoberto que eu vinha de outra cidade, estava longe dos meus pais, com uma mãe super protetora e que só estava aqui graças ao filho do meu padrasto. Enquanto que eu só sabia que ele era dono de uma empresa e sempre morou na capital.
- Como foi a festa?
Levei a mão ao coração, Maite me assustou quando abri a porta de casa e dei de cara com ela deitada no sofá.
- Bem. - respondi meio perdida.
- Quem trouxe você? Aquele carro não é do Ucker. - sorriu denunciando que tinha me espiado.
- Um cara que me ofereceu carona.
- E você aceitou? - arregalou os olhos surpresa.
- Não tive escolha. - suspirei. - Vou comer alguma coisa e depois dormir, boa noite.
- Boa noite. - acenou prestando atenção no filme.
Fiz um rápido lanche e logo estava de pijamas na minha cama agradecendo pelo dia seguinte ser um sábado. Fechei os olhos e tentei dormir, mas passei a noite sonhando com olhos verdes, um sorriso tentador e um corpo escultural que desejei estar sobre mim naquela cama.
Ao som de Decode da banda Paramore chutei o saco de areia com força pra em seguida golpeá-lo com os punhos fechados. Eu queria extravasar as frustrações que estava sentindo. Estava chateada com a minha mãe, cheia dos dramas dela e brava comigo mesma por não conseguir parar de pensar em Alfonso. Eu nunca tinha ficado tão obcecada por um homem antes, um homem que tinha me intimidado, desarmado e me feito falar coisas da minha vida que não falava pra ninguém, menos ainda pra um desconhecido.
Um mão forte envolveu minha cintura e parei o que estava fazendo, não acreditei quando virei e vi Alfonso.
- O que ta fazendo aqui?! - tirei os fones furiosa.
- Eu treino aqui. - respondeu naturalmente.
- Eu venho todo dia pra cá, como nunca te vi? - coloquei as mãos na cintura.
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Irresistível - O Caso Portillo ✔
RomanceSinopse: Alfonso viu sua mãe ser assassinada diante dos seus olhos quando tinha 18 anos. 09 anos depois ele se tornou um importante CEO dono de uma empresa de segurança. Um dos homens mais sexy, rico e cobiçado do país. Marichello viu seu mundo e o...
Capitulo 02
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