Por milênios a família Schifino foi a mais poderosa do oceano, sendo reis dos 7 mares e os mais poderosos guerreiros. Se tornar um Schifino era uma dadiva que poucos conseguiam, e o maior sonho de Hardar.
Se tornar um Schifino, e ostentar o sobreno...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Depois de tantas confusões que meu dia anterior teve, até tinha esquecido que Erial estava no palácio Schifino. Ao pôr-do-sol, quando voltei para meu quarto, vi Erial brincando de jogar conchinha contra conchinha fazendo algumas voarem pelo quarto já iluminado pelas velas e uma única pedra da luz sobre a mesa de vidro onde tinha pegado Erial jogando suas conchas.
No final, contei tudo que tinha passado o fazendo gargalhar muito em provocação, para logo depois nos beijar e cair sobre minha cama, a noite inteira tive Erial apenas para mim e por seu olhar cheio de luxúria, ele não iria embora tão cedo e gostava disso.
Erial era o tritão irritante que conheci ainda criança e depois de tapas e brigas que resultaram em puxões de cabelos e nossos pais nos separando, viramos melhores amigos. Sua presença naquele castelo é relaxante para mim, todavia, os Alkes não aceitavam se unir aos Schifino. Não sabia se o ódio deles aumentaram por causa de Ranzel ou já tinham essa rixa fazia já séculos.
Virei-me para o lado vendo o corpo do pervertido esparramado em minha cama, ele não poupava espaço enquanto dormia quase jogando-me no chão.
Sentando-me sobre o lençol fino, tateei minhas mãos pela cama tentando achar meus tecidos não lembrando-me de ter os tirados. Meus dedos escorregaram para baixo do lençol e assim senti o objeto que queria. Minha roupa estava debaixo de Erial que tinha tomado conta de toda a cama, puxando o tecido, não consegui obtê-lo.
A ideia era empurrar aquele tritão que dormia feito pedra, porém, meu erro foi achar que ele estava dormindo.
Erial fazia de propósito colocando seu peso sobre os tecidos apenas para minhas mãos o tocar mais, ouvi seu gemido baixo sabendo que deveria parar por ali, não iria deixar ele ganhar dessa vez.
Desistindo da roupa cruzei os braços
— Não para! — Ele choramingou ao meu lado.
Ignorando-o, Erial abraçou minha cintura ainda choramingando. Segurei o riso permanecendo na mesma posição.
— Que maldade! — Ele sentou-se ao um lado. — Está me evitando demais.
Evitando-o? Desde quando!
Fitei-o pelo canto do olho percebendo que ele não tinha um olhar brincalhão ou um biquinho em seus lábios. Seus cabelos bagunçados foram pegos e enrolados apenas para serem ajustados um pouco, com o olhar para baixo Erial mostrava um semblante tristonho.
— Você anda me evitando esses últimos dias...
Últimos dias que ele mal esteve aqui...
— Desde que aquele Deus apareceu aqui senti certa mudança em você.
Seu comentário fez-me piscar.
Desde que Belial apareceu ele viu certa mudança em mim? Que mudanças? Agia como sempre, apenas confusões surgiam em minha cabeça, mas nada que me afetasse.
