♆ Prólogo ♆

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E o prologo da historia do tio Hardar chegou, e narrado ainda pelo Belila! E esperem mais, pq nesse livro teremos ponto de vista do Belial, nosso deus das trevas preferido.

E o prologo da historia do tio Hardar chegou, e narrado ainda pelo Belila! E esperem mais, pq nesse livro teremos ponto de vista do Belial, nosso deus das trevas preferido

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Meus passos não ecoavam no ambiente cinzento em que me encontrava. Pisando sobre uma espécie de gelo que formava o reino dos deuses, me guiava ao encontro com minha irmã.

O destino, a partir dali, mudaria.

Nossa mãe queria destruir tudo que criamos sem um motivo aparente e, mesmo achando os humanos interessantes apenas para minha diversão, não permitiria outro Deus destroçando o que era meu.

Sou o Deus dos humanos e o único que pode brincar e destruir aquelas criaturas inferiores que, a cada dia, se arruínam mais com suas magníficas ideias de guerra, morte e lutas. Como Invenções que me tiraram do tédio que passei por séculos e mais séculos. Humanos eram interessantes e admitia que, dentre eles, existiam alguns que se destacavam, como um que conheci: ele fazia tudo por aqueles que amava e foi isso que me levou a ficar o observando de perto. Ele foi gentil, sorridente e afetivo ao me receber e, mesmo não sabendo quem eu era, ele deu o pouco que tinha para mim.

Nunca esquecerei seu nome, o único macho de qualquer espécie que conseguiu tocar em um lugar que jamais pensei que teria suas barreiras quebradas: meu coração.

Fechando brevemente meus olhos, deixei minhas vestes compridas varrerem o chão com suas tonalidades negras e vermelhas; adorava usar uma capa chinesa que nas costas possuía um dragão bordado em dourado. Ela não era quente, apenas a usava para esconder a vergonha, uma tatuagem que chamava de marca, que cobria meus braços e também pegava metade de minhas costas: a maldição.

A deusa suprema da luz pagaria pelo que fez comigo, por ter virado as costas para mim e me jogado na lama como um inseto. Era uma mãe que nem deveria ser chamada de mãe e agora ousava querer destruir minhas criações e as de Kaya, mas faríamos uma arma capaz de destruí-la, capaz de acabar com sua existência como ela fez com o Deus supremo das trevas.

Eu teria minha vingança.

Das criações minhas e de Kaya, podia ser construída uma arma. Um híbrido completo, metade Sereiano, metade deus das trevas. Um plano perfeito, infalível e fácil. Apenas precisava escolher uma presa que Kaya mostrasse e assim colocar uma sementinha.

Parei, observando em volta.

A dimensão paralela dos deuses não era uma beleza pura, mas sim um mundo cinza e sem vida. Encontrava-me no monte onde podia ver a divisão que chamávamos de "Casa", cada uma delas com um precipício separando-as, pois era proibida a invasão de um Deus no território do outro. Dentro de cada bolha, redecorávamos ao nosso gosto, a que estava em cinza e vazia era de Kaya, por ter se fundido a um elemento do mundo mortal: a água.

Cruzando os braços, senti o vento bagunçar meus cabelos longos, minhas órbitas multicoloridas procuraram no vazio qualquer coisa que mostrasse o sinal de Kaya; o fato de estarmos naquele monte era para ficar longe dos olhos e ouvidos da mãe suprema.

Hardar -  Série Triton 01Where stories live. Discover now