Capítulo 12 ♥ Terminando comigo?

503 49 36
                                    

OLÁ  LEITORAS TUDO BEM POR AI? PASSANDO PRA LEMBRAR QUE QUERO SABER  O QUE ESTÃO  ACHANDO, SE QUEREM MAIS. PEDINDO QUE NÃO  ESQUEÇAM AS ESTRELINHAS. E NÃO  TENHAM PENA DE COMENTAR.

♥️

Maior do que todas as sensações musicais e todo o prazer que já tivera com a dança, Aurora encontrou nos braços daquele homem.

Eles ficaram calados por algum tempo, tudo que recebeu fora carícias e beijos diversos na testa. Não havia o que falar, nenhum dos dois podiam entender a força do que haviam criado entre si. A imensidão que desbravaram ao se desmancharem sem retenção alguma.

– Isso foi... não tenho palavras Luz, não tenho como te agradecer pelo o que me deu agora – as lágrimas bateram duras para sair, não permitiu dessa vez.

Havia muitas maneiras de agradecer, ela até ousaria fazer piada, mas não, seu humor de repente havia mudado para uma insegurança. Como alguém poderia dividir o que eles dividiram, e depois deixar pra lá? Como esquecer as caricias se ainda ardiam e latejavam seu corpo feito ferro quente?

Sabia que não devia reivindicar, nem se quer pedir mais dele. Ao contrário dele, ela o conhecia quase intimamente.

O que podia fazer agora? Já nem existia um caminho de volta, uma estrada segura. Se perderia em ruínas se não o tocasse para sempre. Quase sentiu a dependência vital dos apaixonados a sufocarem.

– Posso ver fumaça saindo da sua cabecinha, como alguém consegue pensar depois disso? – Rafael a beijou enfiando a mão por entre seus cabelos os puxando para trás, ergueu o rosto e contemplou a visão maravilhosa. – O que se passa aí dentro?

– A minha velocidade é maior que a sua, e as vezes acabo me acidentando feio. Ficou claro assim? – Beijou novamente seus lábios, se demorando mais do que um mero selinho, necessitando engolir suas palavras junto com seu gosto... não quisera usar essa palavra, mas nenhuma outra no mundo descreveria sua boca.

Luz era doce, em cima, em baixo, na voz, na dança. Era pura e parecia quase intacta, feita de matérias primas encontradas somente no céu, por um Deus todo poderoso, que ele jurava já não existir mais.

– Você acha que ganharia de mim? Nem mesmo em pensamentos Sol. – Sorriu grande ao receber novamente o apelido que lhe dera na hora do prazer insano.

– Não é como se quisesse ganhar, se você quisesse eu dividiria tudo o que estou sentindo aqui dentro contigo, mas não é algo muito desejável. E a propósito, amei meu apelido.

– Combina com você – dá de ombros. – Me fala o que sente, e digo se quero ou não.

– A questão é que não sei a que passo devo andar do lado de um piloto.

– Se não quiser andar, então dance. Mas compartilhe o que sente pequena, sou um cara curioso. – Mais um beijo apenas para ficar somente em palavras, os lábios dela se contorciam num sorriso toda vez em que o resto de unha que sobrará na ponta de seus dedos, arranhavam a nuca lisa.

– Se a curiosidade matou o gato, ela pode matar anjos também não se assanhe. – Apertou um beijo estalado na bochecha corada, não era como se ele tivesse vergonha ou algo do tipo, é que a perfeição fazia morada em cada detalhe no rosto de Rafael, o tom rosado de suas bochechas só exagerava mais o inaceitável.

– Por que me chama assim?

– Porque é o que você é.

– Se você me conhecesse, mudaria de ideia.

– Te conheço o suficiente pra ter certeza. Já conseguiu reparar os seus olhos, como eles são brilhantes, parece joia lapidada crepitando no sol – nem ele mesmo conseguiu entender como essas palavras escaparam.

O ópio de um anjo - QUEBRADOS 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora