⊱ CAPÍTULO VIII ⊰

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Então, entenda, tratava-se de sua grande chance, seu único intuito no mundo. Era pelo que seria lembrado. Falhar significaria que sua vida de nada valeu. Dessa forma, o mais novo comandante do exército escocês encontrava-se inquieto em sua tenda. 

Alguns fios de seu cabelo liso e castanho claro caíam-lhe desordenadamente sobre os olhos muito azuis, pois a brisa de verão que chacoalhava as árvores de Aberdeen invadia também seu local de descanso através do rasgo que servia de entrada e saída. Claro que ele mesmo cortava seu cabelo quando era necessário e com a lâmina de sua própria espada, mas era nítido pelo formato desordenado da franja em sua testa que ele era péssimo nisso. De qualquer forma, não era como se ele fosse se olhar no espelho ou algo assim.

Desde que Harry Styles deixara o hospital, Luke e seus homens ocultaram-se na extensa floresta em frente à mansão de Desmond – estavam longe o bastante da entrada de Aberdeen para que não fossem percebidos por nenhum transeunte, mas perto o suficiente dela para que pudessem observar alguns cômodos da mansão com o auxílio de lunetas.

Em verdade, Charles não cedeu nenhum homem a mais daqueles que Simon inicialmente comandaria na missão, mesmo que as circunstâncias agora fossem bem mais complexas do que mera invasão de propriedade – eles não podiam se aproximar de Fell's Church e Desmond já estava ciente de que procuravam por Harry, então tentaria pará-los. De toda sorte, eles eram apenas vinte ao todo. Não era como se Luke se importasse com o número soldados sob sua subordinação, afinal ele tinha consciência de que após a guerra que resultou na perda da independência da Escócia, o exército escocês fora quase totalmente dizimado e não restaram muitos homens aptos a acompanhá-lo. Para além disso, ele não trabalhava bem em grupo e teria insistido para fazer aquilo sozinho se não soubesse que Harry Styles era alguém muito perigoso.

Por ora, as ordens de Luke consistiam em monitorar cada movimento possível de Styles naquela mansão. Os homens se revezavam em seus postos e cada um tinha seu próprio horário para ficar de tocaia – com o emprego de lunetas e sobre os galhos das árvores mais altas de Aberdeen, eles venciam os altos muros de Fell's Church. Após cada turno, os homens deveriam produzir relatórios e entregar ao seu comandante.

Uma das muitas vantagens de ser o líder era não precisar se expor ao ridículo, pois podia ordenar que alguém fizesse isso por ele. Dessa forma, enquanto seus soldados estavam de tocaia, o Comandante encontrava-se distraindo-se com aquilo que fazia todas as noites: escrever o mesmo nome repetidas vezes em seu caderno de couro. Luke estava em seu ambiente pessoal e planejava deitar-se logo, então se permitiu ficar à vontade e retirou a costumeira faixa de tecido negro de seu rosto, deixando as duas coisas que ele mais odiava sobre si a vista: o nariz afiado e arrebitado, que em conjunto com os lábios finos e rosados denunciavam sua descendência francesa; e o punhal perfurando uma rosa marcado à ferro quente na pele de uma das maçãs bem esculpidas de seu rosto.

De fato, todos do exército escocês levavam o brasão da família Stuart gravados em seu pulso direito, mas ele era o único que a levava na face e sua mente ameaçou viajar para o motivo disso.

– Permissão para falar, Comandante – um de seus soldados, Stanley Lucas, havia adentrado em sua tenda repentinamente.

O Comandante odiava ser flagrado sem a faixa em seu rosto, mas a interrupção impediu que sua mente viajasse para a noite mais sombria de sua vida e Luke sentiu-se grato por isso.

– Prossiga – respondeu, a voz costumeiramente demonstrando tédio.

A sensação de dar ordens a homens que tinham o dobro de sua idade, mas que tinham que se submeter a ele, era incrível.

– Faz mais de um dia que o garoto se encontra em Fell's Church. Quando teremos permissão para agir?

Luke soltou uma risada incrédula.

Mystical (l.s)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang