A casa amaldiçoada

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Meu nome é Solange, eu tenho uma amiga chamada Carmem, hoje ela esta internada em um Hospital Psiquiátrico. O marido fez de tudo para interna-la, alegando que ela é uma mulher perturbada. Como sou melhor amiga dela, sempre a visito e em um dia normal de visitas ela me contou o ocorrido. Relatarei para você da mesma forma que ela me relatou.

Tudo começou quando tive meu filho Richard, ele era uma criança feliz, imperativa e extremamente elétrica. Quando completou 7 anos nos mudamos de casa devido a transferência de trabalho do meu marido. A casa era antiga, mas bem conservada, possuía porão e sótão. De inicio era tudo normal, ate que meu filho disse que tinha um amigo imaginário e sempre ele colocava um prato a mais na mesa e um pouco de sua comida. Meu marido e eu achava engraçado a imaginação fértil de nosso filho. Mas certa em noite, depois do jantar, estava recolhendo os pratos como de costume e notei que o prato do amigo imaginário de meu filho estava vazio. Perguntei para meu filho se ele tinha comido a refeição, mas ele me disse que não, alegando que apenas o seu amigo Bily que comia. Comecei a me preocupar, aos poucos meu filho se transformou. Tornou-se violento e extremamente do cruel.

Em certa noite, meu marido estava fazendo hora, notei que Richard estava muito tempo no porão, ele guardava seus brinquedos lá. Desci a escadaria de madeira, cada degrau rangeria mais, dando a impressão que quebraria a qualquer momento. Abri a porta do porão e acendi a luz, nesse momento vi meu filho no canto superior da parede, ele dava altas gargalhadas dizendo:

– Olá mamãe meu nome é Bily.

A sua aparência muda e seu corpo era maior do que meu filho minha amiga Solange, seu corpo estava todo cortado e seus olhos estavam negros e sangravam. Sua boca era gigante e com dentes pontiagudos. Fiquei paralisada de medo, não conseguia me mexer. Do nada ele saiu correndo pela parede e com um salto desceu ate o chão. Suas gargalhadas eram altas e horripilantes.

– Irei te matar mamãe. – Disse aquela voz extremamente grossa.

Do nada saiu correndo atrás de mim, subi correndo as escadas de madeira e um dos degraus quebrou prendendo meu pé. Olhei para trás e vi aquela criatura. Grudou em meu pescoço e nesse momento a escada quebrou. Parecia pesar uma tonelada. Assim que caímos no chão do porão, ele começou a me enforcar e batia minha cabeça contra o chão. Com dificuldade olhei para o lado direito e vi um dos carrinhos que meu filho brincava, peguei-o e de tanto bate-lo no chão consegui quebrar as rodas, no lugar ficou uma ponta extremamente fina, nesse momento com um único movimento gravei no pescoço daquela criatura. Ele saiu de cima de mim e gritava de dor, o sangue que escorria era negro e grosso. Assustada me levantei do chão e sai correndo do porão pela pequena janela. Assim que cheguei ao gramado trombei com meu marido, estava totalmente em choque, mas com dificuldade relatei o ocorrido. Meu marido não acreditou em mim, mas entrou no porão pela janela estreita e viu meu filho morto, com ferimentos no corpo, olhos rasgados e com o ferro do carrinho fincado em seu pescoço. Ele chamou a polícia, relatei aos policiais o ocorrido, ninguém acreditou em mim e acabaram achando que sou louca. Fui presa e hoje estou internada nesse manicômio.

Esse foi ocorrido com minha amiga, eu sinto que ela fala a verdade, por que outras famílias depois da tragédia foram morar naquela casa e aconteceu quase o mesmo ocorrido. Acredito que a casa seja amaldiçoada, mas não tem como provar isso. Infelizmente minha amiga passará anos presa no Hospital Psiquiátrico. 

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