Crazy about Callum Vol. 2

24| Sinto Muito

Assim que chegamos no corredor do apartamento de Callum deu pra escutar a música e vozes, Endy bateu na porta algumas vezes até a Ginna abrir com um sorriso no rosto.

— Você veio, que bom! — Ela diz empolgada e eu sorrio fraco.

— Essa é minha amiga Endy. — Apresento Endy, as duas se cumprimentam e logo entramos.

— Que bom que veio, aproveitem a festa.. — Ginna abre mais um sorriso e eu agradeço

  — Agora eu entendi o motivo pelo qual o Scott se apaixonou por você.—  A encaro na hora.

  —  Qual?—  Pergunto.

—  Tu é deslumbrante.— Ela me analisa de cima a baixo e eu tusso desconfortável. —  Ele ainda ama você,só não quer admitir.

  —  Não sei...—  Digo e vou para a mesa de bebidas,tinhas varias garrafas e eu peguei um pouco de cerveja. Minha primeira ação foi procurar Callum,mesmo que involuntariamente mas foi em vão,onde ele estava?  

Os minutos foram passando e o lugar estava cheio,Endy estava no centro dançando e eu soltei uma risada,minhas pernas começaram a dor com o decorrer do tempo de tanto ficar em pé,então,decidi ir me sentar no sofá.  Assim que me sentei no sofá vazio veio as lembranças dos momentos que passei com Callum,ali.  Não sei dizer,essas lembranças pareciam ser de um tempo tão distante.

Fui interrompida dos  meus devaneios com alguém se sentando ao meu lado,olho de lado e vejo que é Callum,ai meu Deus,meu corpo gela,o cheiro do seu perfume logo invade minhas narinas.

  —  Sempre animada nas festas..—   A voz dele tem um tom leve e brincalhão.

— É a minha marca.—  Me atrevo a sorri e olhá-lo.  Callum está belo como sempre,veste calça e blusa preta,bem tipico.  Seus olhos azuis estão meio escuros e seus cabelos bagunçados como sempre,ele está com uma garrafa de cerveja na mão.

Após eu responder ele apenas sorri de lado,olha pra frente e leva a boca da garrafa em   seus lábios.

  —  Sobre a nossa ultima conversa... eu sei que não passei por tudo que você passou e entendo seu sofrimento mas eu sei como é ver sua mãe morrer e não poder fazer nada,vi  o câncer matar minha mãe aos poucos,todos os dias.  Meu pais nos abandonou assim que descobriu a doença dela,eu também sei o que é odiar o próprio pai,nós dois temos historias tristes,Callum.— Por uns segundos Callum parece meditar no que eu acabei de dizer,após encarar o chão por uns segundos ele me olha.

  — Você tem razão.— Ele diz simplesmente e sorri fraco.

O que?

Como assim eu tenho razão? pensei que ele ia surtar,falar que eu não entendo e sair bravo,como ele quer que eu responda isso?

Como ele quer que eu o esqueça com esse sorriso?

  —  Não é porque terminamos que temos que brigar toda vez que nos virmos,não quero discutir com você... preciso que me perdoe pelo jantar,talvez possamos ser pelo menos amigos. — Digo e ele parece surpreso.

  — Eu perdoo você  se me perdoar também. —  Ele responde.

  — Acho que no fundo sempre soubemos que não daríamos certo... — Minha voz sai baixa.

  — Não,só você que pensava assim. Eu imaginei uma vida com você,pensei até em casamento. —  Eu congelo com as palavras de Callum,casamento?como assim?ele nunca tinha falado disso.

Não sei o que falar,não sei o que sentir.

  — Eu....

— Mas como você disse,nós nunca daríamos certo,somos diferente,só o fato de você não ter acreditado em nós já era um motivo. —  Sinto magoa na sua voz e eu sinto um aperto no peito por ter falado que nunca daríamos certo.

  —  Callum,não foi isso...—  Antes que eu possa terminar Ginna se aproxima de nós cambaleando e derruba um copo de cerveja em Callum que bufa.

— Foi sem querer Scott.— A voz dela é lenta e enrolada,Callum rola os olhos e Ginna se joga no sofá fazendo eu acordar para a realidade.

Callum resmunga algo sobre trocar de roupa e sai da sala me deixando com a Ginna.

Fiquei pensando no que acabara de acontecer e tive que me segurar para não chorar,então,decidi ir embora. Fui atrás de Endy que estava completamente bêbada e a puxei até o carro.

E assim acaba minha noite,triste e solitária,o vazio no meu coração é inevitável e a saudade e culpa me assombra,só agora eu percebi que realmente perdi

O homem da minha vida