✦ 25 | você quer superar?

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— Nicki, você está aí? — A voz de Chris nos fez pular de susto.

Arregalei os olhos.

Estávamos fodidos se o mesmo nos visse aqui.

Todos os garotos decidiram invadir o banheiro feminino hoje, porra?

Bem, como apenas eu sabia a verdade, Sammy continuou tranquilo, me olhando divertido até.

— Ele foi corno duas vezes. — Sussurrou.

Tapei sua boca, tentando ficar séria.

— Olha, parabéns pela perfomance, foi maravilhosa. Esse namoro falso está me divertindo mais que o esperado. Eu preciso te chantagear mais vezes.

Samuel arqueou as sobrancelhas, voltando a sorrir vitorioso.

Eu não sei se agradecia ou batia em Chris pela sua boca grande.

— Você está aí ou não?

— Já estou saindo, caralho. Não posso trocar uma merda de um absorvente?

— Céus, hoje você está muito nervosinha. Sabia que não era atoa.

— É o banheiro feminino. Saia agora!

— Não está mais aqui quem falou, chata.

Depois de alguns segundos, chequei para ver se ele realmente havia ido embora. Vendo o local vazio novamente, fechei a porta da cabine.

— Algo a dizer, Rivera?

— Fique fora disso, Samuel. Não é assunto seu.

— Você só pode estar de brincadeira com a minha cara.

— Falo sério. Aquele papo de não se intrometer na minha vida pode começar agora.

— Oh, tudo bem. Se quiser eu vou até ele agora mesmo e o encho de porrada até confessar a verdade.

— Fique. Fora. Disso.

— Já que você não me deu opções. — Deu de ombros, pronto para sair dali. O puxei novamente, nervosa.

— Samuel, por favor. Eu te peço de todo o meu coração. Me deixe resolver isso sozinha. Por favor.

— Claro, Nicki. Com certeza vou te deixar nas mãos da porra de um sociopata que acha que pode manipular todo mundo. Vou fingir que não escutei que ele te chantageia, a obriga a namorar com ele e faz você fazer essas cenas ridículas em público.

Bufei, passando as mãos pelo cabelo.

— Não me obrigue a te contar. Não faça isso. — Praticamente implorei.

— NICKI!

— O QUE É?

— ME CONTA!

— POR QUE ESTÁ GRITANDO COMIGO?

— PORQUE SIM!

— PARA!

— PARA VOCÊ!

— Quantos anos você tem? — Murmurei, finalmente abaixando o tom de voz.

— Não muito menos que você, já que se acha a heroína de capa e espada e pretende salvar tudo e a todos sofrendo sozinha.

Eu não tinha mais argumentos, então decidi partir para algo mais agressivo, tentando distraí-lo.

— Quer saber? Vá a merda, Samuel. Você não deveria nem estar aqui de qualquer maneira.

— Vá a merda você! Não vou te deixar sozinha nessa.

back to you | sammy wilk Onde as histórias ganham vida. Descobre agora