3° volume da sequência "Give me Your Song"
Para conhecer o passado da estória leia "Adore U".
Tempo, nome que damos à medida que designa a duração de algo.
Ele passa, seja rápido ou de vagar. Deixa marcas, cicatrizes, mas também cura as mais profund...
Infelizmente, a história de Hye Lin é comum, não só com celebridades, mas com qualquer um que desenvolva transtornos alimentares. Mesmo estando em pleno século 21 a sociedade nos cobra diariamente para que andemos de acordo com os padrões que foram impostos e nós caímos gradativamente nesse poço, densenvolvendo diversos problemas de saúde, em especial os pscológicos.
"Me olhar no espelho se tornou uma tortura", continua Hye Lin. "Eu me transformei numa farça. Sorria ao posar ou desfilar, mas quando estava sozinha a angústia me consumia. Tudo se agravou quando minha mãe partiu sem aviso prévio. A culpei por me deixar nas mãos do meu pai, já que ele fazia o que bem entendia comigo e se eu retrucasse podia até apanhar. Nesse momento eu quis morrer".
Foi então que Park Hye Lin descobriu que ao chegar no fundo do poço só temos uma saída: "Eu quase cometi suicídio. Estava deprimida demais e não aguentava mais sofrer mas um moço lindo me ajudou". Nesse momento da entrevista era possível ver o brilho no olhar dela ao falar de Jeon Wonwoo.
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Jeon Wonwoo, rapper do Seventeen
Segundo ela, o jovem idol, integrante do grupo Seventeen, a encontrou numa ponte em uma noite chuvosa e passou a apoiá-la em sua luta contra a bulimia. "Descobri porquê passei mal em uma viagem de onibus. Estava com anemia por passar muitas horas sem comer. Depois comia tudo de uma vez e vomitava. Wonwoo disse que me esperaria e me enviou para uma clínica onde me tratei e descobri mais sobre mim mesma. Sempre gostei de escrever, mas reclusa eu me encontrei também na pintura. Foram três meses até que saí e me vi perdida".
Depois de viver com a mente treinada com a regra de que "ser magra é ser bonita" meninas com anorexia e bulimia enfrentam dificuldades ao sair da reabilitação. "É tudo novo", diz Hye Lin. "Nós nascemos de novo e aprendemos a andar sem nos cobrar, sem contar as calorias ou calcular a beleza pelo peso ou até mesmo pelas rouoas. Foi difícil e ao mesmo tempo prazeroso fazer minhas primeiras compras. Eu finalmente pude comprar coisas pelo simples fato de gostar e não porquê estava na moda ou favorecia meu corpo. Eu descobri um novo estilo com meus quilos a mais. Também cortei o cabelo bem curto. Claro que bateu a insegurança. Ouvi na rua que eu não parecia mulher, mas hoje sei que o que me faz mulher é eu me sentir assim e não minhas roupas ou meu cabelo".
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Hye Lin após a mudança
Nós aproveitamos para perguntar sobre os seus planos de futuro, incluindo seu relacionamento com Wonwoo: "Eu pretendo terminar minha faculdade e dar continuidade ao livro de poemas que estou escrevendo. Talvez um dia eu possa também fazer um livro com essa temática para ajudar outras pessoas a lidarem com essas questões de aceitar a si mesmo. Com Wonwoo eu me sinto segura mas não quero apressar as coisas. Preciso correr atrás do meu tempo perdido e pensar também em mim. Espero que tenhamos um relacionamento saudável e feliz".
Para finalizar pedimos uma mensagem dela para os leitores. "Bom, com a minha história eu quero que as pessoas aprendam a se amar. Eu vivi sob muita pressão para ser de uma determinada forma, para me vestir de um certo modo e nunca fui livre para descobrir meus gostos, meu estilo, muito menos para ser que eu realmente sou. Essa sou eu, agora. Mais cheinha, eu amo meu cabelinho curtinho, amo escrever, pintar. E daí se meu corte é "masculino"? Quem foi que disse que preciso ter cabelo cumprido para parecer uma mulher? Dentro de mim eu sou uma garota e nada mais importa a não ser a minha opinião. Então, sejam vocês mesmos, se aceitem, se amem e que vá a merda os padrões de beleza. Eu sou feliz do jeito que eu quiser".
Park Hye Lin com certeza é uma guerreira e devemos nos inspirar nela para enfrentarmos os abusos que sofremos diariamente. Seguir seus sonhos nunca é fácil mas podemos ser vitoriosos pelo simples fato de tentar. A vida não passa de um grande caminho cheio de obstáculos, no qual devemos seguir constantes e com calma. De vagar e sempre chegaremos ao fim honrados.
Matéria por: Jo Hee Ji Créditos de imagem: Kim Hyun Joo
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Sintomas de depressão não são comuns. Converse com quem possa te ajudar.
CENTRO DE VALORIZAÇÃO A VIDA (CVV): 141
CENTROS DE AJUDA PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES:
Rio de Janeiro
CETTAO - Clínica de Estudos e Tratamento em Transtornos Alimentares e Obesidade Serviço de Psiquiatria da SCMRJ - Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro Tel. 3068-8396 / 2221-4896 / 2533-0118
NESA - Núcleo de Assistência e Pesquisa em Transtornos Alimentares UERJ - Pavilhão Floriano Stoffel - Ambulatório de adolescentes (até 18 anos) Tel. 2587-6570 / 2284-4183 (Quartas-feiras pela manhã)
NAPTA - Núcleo de Assistência e Pesquisa em Transtornos Alimentares UERJ - Políclínica Piquet Carneiro - Departamento de Nutrição Tel. 2334-2361
GOTA - Grupo de Obesidade e Transtornos alimentares UFRJ - IEDE Tel. 2224-9562 / 2507-0065 / 9965-7299 (Monica Duchesne)
UFF SPA - Serviço de Psicologia Aplicada UFF - Faculdade de Psicologia Tel. 2629-2951 / 2629-2951
Hospital de Ipanema Tel. 3111-2300
São Paulo
AMBULIM – Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Facudade de Medicina da USP Tel. 11 3069-6975
PROATA - Programa de Orientação e Assistência a pacientes com Transtornos Alimentares Tel. 11 5579-1543 Site: www.proata.cepp.org.br
CEPPAN - Clínica de Estudos em psicanálise da Anorexia e Bulimia Site: www.redeceppan.com.br
GENTA - Grupo de Estudos em Nutrição e Transtornos Alimentares Tel. 11 3672-3869 Site: www.genta.com.br
GADTA - Grupo de apoio e Tratamento de Transtornos Alimentares Tel: 11 3865-8609 / 3873-7817
SEDES - Projeto de Investigação e Intervenção na Clínica da AN e da BN Tel. 11 3866-2730 Site: www.sedes.org.br
Sul
GEATA - Grupo de Estudos e Assistência em T Alimentares Tel. 51 3343-6490 Site: www.geata.med.br
Hospital das Clínicas de Porto Alegre Serviço de Psiquiatria Tel. 51 3359-8294
Minas Gerais
GOTA - Grupo Interdisciplinar de Obesidade e Transtornos Alimentares Hospital do SOCOR Tel. 31 3330-3182 Site: www.hospitalsocor.com.br
Bahia
Ambulatório de Transtornos Alimentares do Serviço de Psiquiatria da Universidade Federal da Bahia Tel. 71 3332-3509 Site: www.ntcba.com.br