the Grayson boy - Dick Grayson

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– Santo Deus S/n, você me assustou! –  Disse ela soltando um suspiro longo e desligando a tv. Franzi o cenho. O rosto redondo e branco de Meagan estava vermelho e algo em sua expressão mostrava que ela escondia algo. Revirei os olhos, eu não queria interrogar a minha amiga.

– O que está acontecendo?

– Nada, que dizer, só uma incrível coincidência. –  Ela respondeu com um sorriso torto. Pendi minha cabeça para o lado e cruzei meus braços. Meagan olhou para o lado, parecendo extremamente desconfortável com o meu contato visual, após suspirar um pouco ela disse.

– Aquele vigilante da sua cidade? Qual é o nome dele?

– Batman, eu acho... – Respondi sem entender no que isso me levaria. –  Porque quer saber?

– Ele não tinha um companheiro, tipo um ajudante.

–  Robin. – Disse ao me lembrar do nome. Digamos que eu tinha uma história com esse personagem, na minha época todas as garotas se apaixonaram pelos garotos bonitos das boybands, já eu, bem, eu tinha um enorme crush no garoto maravilha. A paixão era tão grande que eu fiquei uns três anos tentando descobrir quem era ele.

– Seria muito louco se eu dissesse que ele acabou de aparecer no jornal local.

– O que?! –  Tirei meu celular no bolso e logo recebi diversas notificações falando sobre ele.

"Garoto maravilha ataca friamente bandidos em Detroit. Veja imagens."

"O que leva o garoto maravilha a nossa cidade? Teria Gotham ficado muito pequena para ele? E o Batman? Ele sabe disso?"

– Aí meu Deus.

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– O que trás ele aqui? –  O chefe de polícia perguntou após a fita ser passada pela décima vez para nós. Grunhi. Cada vez que aquela fita passava eu sentia minha visão ficar mais turva. Me sentei em uma das cadeiras e beberiquei meu café, tentando parecer o menos nervosa possível.

– Pelo clima? – Um engraçadinho falou e eu revirei os olhos. Todos se viraram para ele, inclusive eu.

Era um homem forte, seus cabelos eram castanhos escuros e seus olhos no mesmo tom. Não minto, ele era um gato.

–  Espero que vá embora logo, todos nós sabemos a nossa política sobre vigilantes.

Suspirei e me levantei indo em direção a máquina de café. Já era o meu quinto copo e acho que eu estava começando a ficar suspeita. Enquanto o líquido preto e quente enchia meu copo ouvi meu nome ser chamado.

– S/n. – O chefe de polícia se aproximou de mim. Atrás dele estava o engraçadinho do clima, ele por sua vez não parecia muito alegre. – Esse é Dick Grayson, veio de Gotham assim como você.

Grayson? Ah não pode ser...

–  Eu sou S/n S/s – Apertei a mão dele e soltei um sorriso. Seu aperto era forte e severo, cheirava a respeito. Gostei disso.

– Dick Grayson, como sabe. – Ele respondeu sem humor.

– Bem, acho que devia ter te falado antes, mas como sabe, tanto você quanto Grayson estão sem parceiros. Então achei melhor que vocês se juntassem, são ótimos detetives e aposto que fariam muita coisa juntos.

– Oh... – Sorri torto. Eu não gostava de trabalhar com outras pessoas, o meu método sempre foi ser o cavaleiro solitário. Dick parecia sentir o mesmo, já que seu rosto não era nada amigável.

– Bem, eu vou deixar vocês se conhecerem. Espero que se divirtam.

Claro, será muito divertido resolver assassinatos e crimes odiondos com o cara brava aqui.

– S/n. – Dick me fez voltar a realidade. –  Eu sei que nenhum de nós está gostando disso. Então vamos fazer assim, eu fico na minha e você na sua, tudo bem?

– Perfeito. – Soltei um sorriso amarelo e beberiquei meu café. Sem falar mais nada Dick se retirou do local.

Perfeito, o garoto maravilha na cidade e o meu parceiro é um idiota. Eu não mereço isso.

Fiquei o dia inteiro fazendo o meu trabalho rotineiro. A maioria do DP estava ocupada com o caso Robin, eu adoraria estar lá no meio, mas todo mundo achou melhor que eu ficasse com os outros casos, também conhecidos como os casos chatos.

Porém o garoto maravilha foi meu último problema ali, já que eu fiquei o dia inteiro pensando sobre meu parceiro, ele era um Grayson. Um Grayson de Gotham. Ele devia ter mais ou menos a minha idade. É possível, porém seria muita coincidência se ele fosse quem eu estou pensando.

De repente aquela visão tomou minha cabeça. Eu tinha uns doze anos, papai, mamãe, Eve e eu fomos para o circo. Eu lembro que eu e Eve dividiamos um saco de pipocas enquanto papai gritava com mamãe por ela ter "dado em cima" do vendedor de hot-dog. Os Grayson voadores iriam se apresentar. Tudo era maravilhoso, até que aquilo ocorreu. Gritaria, papai puxando o distintivo, o menino Grayson chorando e o milionário Bruce Wayne...

Voltei a realidade quando ouvi meu nome sendo chamado por uma das mulheres com quem eu trabalhava, ela acenava enquanto carregava a sua bolsa, olhei ao redor, deviam ser uma dez e meia e o meu andar estava literalmente vazio. Minha cabeça doía. Deviam ser já tarde da noite e todos já se despediam. Caminhei até o meu armário e peguei minha bolsa, soltei alguns sorrisos para os meus poucos colegas de trabalho  que ainda permaneciam no prédio e fui em direção ao elevador. Suspirei pesadamente quando reconheci quem estava lá.

Dick Grayson permanecia com sua pose imponente de sempre, seus braços estavam cruzados, seu topete levemente bagunçado. Ele era bonito. Tipo, eu nunca tive muitos relacionamentos, na verdade, meu último interesse amoroso foi um garoto de fantasia que lutava contra o crime, então eu não tinha muito o que escolher como padrão.

– Você é realmente de Gotham? – Perguntei para o homem enquanto encarava o teto.

– Sim. – Ele respondeu um pouco confuso.

– Mas tipo, você nunca saiu da cidade?

– Aonde você quer chegar, S/n? – Ele se aproximou de mim. Nós estávamos começando a ficar próximos demais e isso estava me incomodando, recuei, porém minhas costas bateram na parede. Respirei fundo e decidi perguntar para ele logo de uma vez.

– Você é o garoto Grayson do circo? Do caso dos Grayson a voadores de quinze anos atrás?

Ele ficou sem palavras. Eu havia o atingido em cheio com isso. Ele parecia incomodado, mas ao mesmo tempo surpreso. Revirei os olhos. Era óbvio que era ele.

– Me desculpe, eu devia ter sido mais delicada.

– Não se desculpe... – Ele respondeu frígido.

– Eu tava lá na noite do circo e meu pai também foi um dos policiais que trabalharam no caso. – Revelei e acho que o surpreendi com isso. – Eu tenho pesadelos até hoje com aquele dia.

– Você devia esquecer disso. É besteira se importar tanto a ponto de ter pesadelos com isso. – Ele respondeu frio de mais para alguém falando sobre a morte de seus pais. Talvez fosse apenas uma forma dele se proteger, se foi traumático pra mim imagina pra ele. – Até amanhã.

Observei ele se distanciar com um O em minha boca. Havia algo estranho em Dick Grayson, como se ele estivesse escondendo algo. Eu poderia muito bem investigar como a estranha que sou, mas eu tenho outras coisas para me preocupar.

{Eve}

S/n, o papai acabou de morrer, o enterro dele vai ser amanhã às nove, você não precisa vir se não quiser.

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Esse foi o primeiro imagine do livro!!! Espero que tenham gostado, lembrem-se de votar e comentar o que acharam. Eu demorei bastante para fazer ele e vou tentar fazer o possível para ser mais ativa aqui.

Sorry.

Lembrem-se crianças comam legumes, bebam água e espanquem machistas.

Amo vocês 💞❤️😘😍

Imagines Titans Where stories live. Discover now