Thirteen

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-Quem é essa rainha, Lu?- perguntou Pedro. -Sabe algo dela?

            Lúcia olhou para Ariel, esperando que a menina falasse algo, por saber bem mais do que todos ali diante de sua grande experiência com Nárnia. Mas Ariel estava tão magoada e perdida em seus pensamentos, que não disse nada. Lúcia suspira.

-Ela não é rainha coisa nenhuma. É uma feiticeira horrivel, a feiticeira Branca. É odiada por todos, encantou as terras de Nárnia para que sempre fosse inverno, e sem natal!

-Eu só queria saber de que adianta ficarmos? Não temos como ajuda-lo.-disse Susana. Foi ai que Ariel falou pela primeira vez depois disso tudo.

-Façam o que quiserem, mas eu não vou embora antes desta bruxa ter sumido de Nárnia.- disse a menina, cheia de uma mágoa guardada por sete anos. -Eu prometi aos meus amigos que iria tira-la daqui, e não sou de descumprir com minha palavra.

-Espere um minuto, ja esteve aqui antes de Lúcia?- perguntou Pedro.

-Sim, muito anos atrás, quando tinha sete anos. Eu me escondi da minha prima nesse mesmo guarda roupa e acabei descobrindo Nárnia. Fiz amigos aqui. Mas a Feiticeira Branca me expulsou e os ameaçou, e eu prometi voltar para ajudar.

-Ariel é a princesa deles!- disse Lúcia sorrindo.

-Princesa?- disse Susana olhando para a menina, que tinha as bochechas vermelhas.

-Eles me coroaram como princesa. Não pergunte, não compreendo até hoje. Mas, bem, não posso ir embora, pessoal. Se quiserem ir, eu entendo. Mas eu não posso. Já fugi uma vez, não irei fugir de novo. -disse Ariel se virando e começando a caminhar.

-Para onde vai?- disse Pedro confuso.

-Visitar velhos amigos.- ela respondeu olhando o menino.

-Um castor!-  disse Lúcia. -Olhe!

          Ariel se virou, o coração acelerado; quando viu o castor, teve certeza de quem era. Ela abriu um largo sorriso e se ajoelhou no chão. 

-Sr Castor!- ela disse e ele a olhou, desconfiado. Seu sorriso foi diminuindo. -Não se lembra de mim? Sou eu, Ariel.

-A princesa não se parecia nada com você.- ele disse e Ariel o olha feio.

-Ah meu Deus! O castor acabou de falar ou estou louca?- disse Susana.

-Pare de me zoar, Sr Castor!- disse Ariel e o castor riu, indo até ela. Ela o segurou e o abraçou forte.

-Princesa, está me esmagando.- ele disse.

-Shii, me deixe te abraçar! Fazem sete anos, por Aslam!- disse ela.

-Tecnicamente, mais de vinte e um.- corrigiu o castor e ela o soltou.

-Fico feliz que tenha voltado. Parece que toruxe companhia e... Oh oh! Por Aslam! São eles! Você já os contou?

-Contar o que?- disse Pedro e Ariel olhou pros Pevensie, coçando a cabeça. O Castor riu.

-Princesa, princesa. - disse ele. -Vamos todos ao meu dique! Lá é mais seguro para falarmos sobre isso. As árvores... Elas não são confiaveis.

-E você é?- retrucou Edmundo, e os outros Pevensie pareceram ponderar ( exeto por Lúcia, que já estava ao lado de Ariel, pronta para seguir o castor ).

-Confiam em mim, não confiam?- disse Ariel. Pedro suspira.

-Se não confiam nela, aqui está o lenço  que Sr Tumnus me entregou antes de ser levado.

-Meu lenço!- disse Lúcia.

-Confiamos em Ariel.- disse Pedro. -Vamos.

Ao chegarem perto do dique dos Castores, Ariel deu uma risadinha

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Ao chegarem perto do dique dos Castores, Ariel deu uma risadinha. Ainda estava em construção, mas havia muito mais coisa do que da ultima vez que ela o vira.

-Que lindo dique.- disse Susana

-Isso não é nada. Não tem a menor importância. E ainda nem está terminado.

           Logo que atravessaram o Gelo, o sr Castor entrou na casa, sendo seguido por Ariel e os Pevensie.

-Chegamos, Sra Castor. - disse o Sr Castor. -Chegaram os filhos e filhas fe Adão e Eva! E você não vai acreditar quem estava com eles.

              Ariel logo viu a Sra Castor, um pouco mais velha do que a ultima vez que a vira, trabalhando em sua máquina de costura. Ao ver Ariel, abriu a boca, deixando a agulha cair no chão.

-Princesa!- ela disse se levantando e indo ate a garota. Ariel se abaixou e abraçou fortemente a Sra Castor.

-Sabia que voltaria! Sabia que iria traze-los! Finalmente chegaram! E pensar que eu ainda iria viver para ver esse dia! As batatas estão cozinhando, a chaleira esta cantando. Será que o Sr Castor não poderia arranjar-nos uns peixinhos?

-Ah! Como senti falta sa sua comida.- disse Ariel fazendo todos rirem.

              O Sr Castor saiu acompanhado de Pedro para pegar as trutas, enquanto as meninas ficaram encarregadas de ajudar a Sra Castor a terminar de arrumar as coisas: colcoaram a mesa, encheram a chaleira, cortaram o pão, colocaram os patros. Ariel, que já conhecia boa parte da casa e conhecia bem os moradores dela, pegou uma grande caneca e a encheu de cerveja para o Sr Castor.

-Vejo que se lembra bem dos vícios do meu bom marido.- disse a Sra Castor dando uma risadinha.

-Como poderia me esquecer?

             Depois que fizeram os peixes, se sentaram todos para comer. Comeram ouvindo Ariel explicar ao Sr e a Sra Castor tudo o que havia contado ao Sr Tumnus: sua perda de memória assim que saiu de Nárnia, os sonhos e flashes estranhos, e enfim, quando se lembrou de tudo após Lúcia voltar de Nárnia.

-Aslam me visitou em um sonho...- disse Ariel ainda pensativa. Os Castores se entre olharam, do mesmo jeito que haviam feito na noite em que ela havia falado que vira Aslam. -Eu sei que não acreditam que eu vi Aslam aquela vez, mas eu vi!

-Tudo bem, tudo bem, mas vamos ao que interessa.- disse o Sr Castor,  se virou para os quatro irmãos. -Vamos as explicações.

A Princesa Perdida • As Crônicas De NárniaWhere stories live. Discover now