Sentiam inveja e Taehyung sabia disso. E sinceramente, não se importava.

— Eu estou no caminho certo – o Kim respondeu, sentindo sua cabeça doer mais uma vez, a falta de sono sempre maltratando-o. —, eu só preciso de mais tempo.

— Já se passaram três anos – um dos homens ali presente dissera, atraindo o olhar de Taehyung que fizera o mesmo se encolher na cadeira, arrependido de ter dito algo.

— Dois anos e dez meses – disse ríspido. —, para ser mais exato.

— Taehyung, eu quero te ajudar, de verdade – Yoongi voltou a tomar a palavra. —, mas já faz muito tempo, eu sou o chefe de vocês aqui mas ainda sirvo ao Estado, e meus superiores estão me cobrando isso, vamos ter que arquivar o caso.

— Não pode! – o moreno se levantou, sentindo seu sangue ferver e todos arregalaram os olhos.

Nunca, em momento algum, Taehyung perdera a postura em frente as pessoas. Sequer chorou na frente de qualquer conhecido depois da noticia.

Seu banheiro era seu melhor amigo, a água do chuveiro que havia consolado o mesmo durante mais de duas horas de lágrimas.

Ele amava a irmã demais para aceitar que algo como aquilo fosse deixado de lado.

Jisoo não merecia isso. Ela merecia justiça e Taehyung traria isso a sua memória.

— Uma semana, – pediu. — conseguirei alguma prova boa o bastante para manter as investigações, me devem isso, por tudo que já fiz por vocês – ele não gostava de cobrar ou se vangloriar, mas precisava fazer isso desta vez.

— É muito tempo – Yoongi respondeu, ele mesmo tinha um prazo com seus superiores, não havia muito oque ser feito.  —, posso lhe dar quarenta e oito horas, nada mais do que isso.

— Fechado – respondeu o Kim, se curvando apenas para o Min e saindo da sala rápidamente, o coração a mil.


— Tem certeza que quer seguir adiante? – Hoseok perguntou, depois de servir mais um pouco de vinho ao melhor amigo.

— Tenho. – respondeu Taehyung, os olhos escuros brilhando devido ao crepitar das chamas da lareira acesa logo ao seu lado.

Estavam sentados no tapete do chão do escritório do Kim, era uma sexta feira e ambos só queriam espairecer.

— Não acho saudável você ficar tanto tempo focado em algo assim Taehy  – dissera o amigo, virando de uma só vez todo o liquido nos lábios. —, sequer dorme direito.

— Eu tenho apenas quarenta e oito horas – respondeu estendendo mais uma vez a taça vazia ao amigo, que a encheu sem cerimônias. —, preciso de qualquer prova boa o bastante para manter esse caso aberto.

— Você não conseguiu nada dentro de todos esses meses, como pretende conseguir agora? – o ruivo se deitou, apoiando o rosto nas mãos e os cotovelos no chão.

— Eu ainda não sei – suspirou frustado.

Pretendia passar a madrugada inteira lendo e relendo as anotações que tivera, observando as fotos e escutando os áudios dos depoimentos dos alunos que investigara, precisava de apenas uma pequena pista.

— Bom... – Hoseok se sentou novamente, se aproximando do Kim o suficiente para seus corpos estarem quase colados, mas não de forma que os fizessem se sentir atraídos, não se enxergavam desta maneira. Eram apenas amigos íntimos demais, tornando contatos como o mesmo insignificantes. — Eu lhe desejo boa sorte, – o ruivo se levantou e virou a garrafa de vinho nos lábios, tomando todo o restante do líquido.

Código 121 ∆ taekook (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora