Capítulo 19

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S/n Evans Point of View

Nunca fui uma menina filósofa que aprecia parar e pensar nos devaneios da vida. Nunca fui de observar os pequenos detalhes, tão pouco criava expectativas sobre as coisas.

Nunca fui de ser ansiosa muito menos temorosa ao futuro.

Mas, eis a questão: O que está acontecendo comigo?

É complexo. Ultimamente venho pensado muito e me concentrado em achar um motivo para viver. A essência da vida é viver os dias como se eles fossem os últimos. Como se acabasse ali.

É aproveitar o que há de melhor a ganhar, é experimentar e se arriscar.

A vida é pra se viver.

Num mundo que pra mim a lei era pegar e não se apegar, passar os dias pensando em alguém específico é extremamente gravíssimo.

Eu quero viver, não ficar presa em pensamentos suicidas. Porque pra mim, amar, era buscar a própria morte.

Eu não sei o que é exatamente. Mas tenho a impressão de que, tudo vai mudar...

[...]

Os pássaros cantam, o sol se expõe e... Eu tenho que levantar.

A parte ruim de estudar de manhã é exatamente isso: Acordar.

Sempre tive dificuldade, não importa em qual horário. Acordar sempre foi o meu maior problema.

O despertador toca e pela primeira vez em muitos anos, o ouço porém, ignoro na esperança de perder o horário.

Alguns minutos se passam e ouço o som familiar acompanhado de um delicado toque na porta junto com a voz extremamente calma de minha mãe.

— S/N, ACORDE OU VOCÊ VAI SE ARRASAR GAROTA. JÁ PARA O BANHO!! - Ela grita em plenos pulmões espancando minha porta com suas batidas.

É, a semana está para começar....

[...]

— Você é uma completa idiota. Mamãe já te contou que quando você era menor, você já comeu merda? Não? Pois é, está explicado o porquê você tem uma pequena espiga de milho nessa cabeça ao invés de um cérebro. - Normani diz e sai marchando para longe de mim.

— Belo dia para você. - Mike me diz ao se aproximar, parecendo ter visto a interação que tive há segundos atrás com minha querida irmã.

— Ela me odeia. - Respondo revirando os olhos.

— Coisa de irmãos. Sabia que meu irmão já me deu uma facada? - Comenta normalmente enquanto caminhamos pelo campus. Arregalo levemente os olhos.

— Seu irmão já te deu uma facada? - Questiono assustada. Ele dá de ombros.

— Bom, não era exatamente uma faca, era um bisturi, então não se tornou uma facada. Como eu disse, irmãos são assim mesmo. - Traumatizante...

— É...  Tem total razão... - Murmuro um tanto quanto aterrorizada.

Será que Normani seria capaz de me fincar um bisturi?

Não tenho dúvidas que sim.

O dia aparentemente estava normal. Muitos adolescentes andam pelo campus enquanto alguns grupos apenas conversavam distraídos a espera do sinal tocar.

Hoje, era o dia do uniforme, o dia que eu particularmente odeio.

Puxo o colarinho da blusa que sempre me incomoda e continuo caminhando ao lado de Mike.

Amar Você (Camila/You G!p)Место, где живут истории. Откройте их для себя