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*Gabriela Oliveira on*



Tudo bem, eu preciso pensar no que está acontecendo agora.



Primeiro, eu estou dentro do carro do Daniel Nascimento, indo comer pizza em algum lugar.



Segundo, me livrei do último trabalho do ano e agora estou dentro do carro do Daniel Nascimento, indo comer pizza em algum lugar.



Terceiro, ainda não mandei mensagem para Maria e nem para minha mãe avisando que sai, me livrei do último trabalho do ano e agora estou COM DANIEL FUCKING NASCIMENTO INDO COMER PIZZA.



Depois de eu decidir acompanhá-lo, fomos caminhando conversando até o carro, quando chegamos lá, entramos no carro cada um de lado. Eu só pude sentir um cheiro bom leve, mas não consegui identificar o que. É estranho não ter cheiro de perfume masculino, porque convenhamos carro de homem tem muito cheiro de perfume. Fiquei tentada a perguntar.



- Porque seu carro não tem cheiro de perfume masculino? -Perguntei, e só foi aí que percebi que pensei alto.



- Está me chamando de fedido, Gabriela? -Daniel me perguntou e eu só faltei me esconder de baixo do banco.



- Nãããoo, me desculpa. Você é cheiroso demais, o que é estranho é que seu carro não ter tanta essa característica -E mais uma vez, eu percebi que havia falado merda, não merda, porque ele é cheiroso mesmo. Mas admitir em voz alta, me deixou mais vermelha do que me encontrava. Eu vi que ele sorriu do meu constrangimento enquanto ajeitava o retrovisor.



- Na verdade, eu não posso passar tanto perfume assim- Ele falou, pegando no volante e dando partida. Senti o carro começando a ir para trás, já que ele estava dando ré para sair da vaga. - Eu tenho alergia, o que é bem ruim levando em conta o coquetel de perfume dos fãs quando nos abraçam -Ele ajeitou o carro e fomos indo rumo a alguma pizzaria.



- Meu deus -Eu ergui as sobrancelhas- Eu te causei alguma coisa? Porque eu passei um perfume um pouquinho forte na última vez do Improvável, e talvez nós outros dias também. - Falei, me xingando mentalmente de novo, ele nunca que iria reparar nisso. Vi ele concordando com a cabeça. Agora fiquei triste.



- Digamos que naquela quinta, como todas as outras, depois eu fiquei espirrando um pouco -Dani falou- mas nada que eu já não sou acostumado. Faz mais de anos que isso acontece, e tenho o remédio específico, então tudo certo. Mas relaxa, que não é como se eu não pudesse sentir cheiros. Você é cheirosa, demais até. -Senti minhas bochechas esquentarem com o elogie e resolvi olhar a paisagem para disfarçar.



- Obrigada -Sorri



- Você tem algum preferência de lugar? -Ele perguntou, fazendo uma curva. Parei para pensar agora, que não estou reconhecendo aonde eu estou.



- Não -neguei, olhando para frente.



- Ótimo -Ele falou - Eu estava querendo passar rápido no Domino's.



- Por mim, tudo bem - Falei. Ficamos um tempo em silêncio e foi nesse meio tempo que peguei meu celular, enviando uma mensagem para minha mãe avisando que sairia para comer com uns amigos, e talvez eu chegue tarde. Ainda eram 17:30. Me perdoe Deus, por estar mentindo, mas era necessário. Nesse momento, a única coisa que eu quero é comer e estar acompanhada do cara que eu achei que fosse impossível me aproximar.



- Gabriela - Daniel me chamou e senti que paramos o carro. Estávamos estacionados em uma das vagas oferecidas para clientes do Domino's. - chegamos. -Ele sorriu e ajeitou o óculos do rosto.



- Vamos? -Sorri, abrimos a porta do carro e saímos, fechando em seguida. Vi ele trancando a porta e, juntos, fomos caminhando para o caixa, dentro do restaurante. Discutimos um pouco sobre quem iria pagar e no final acabou que eu pagando o refrigerante e ele, a pizza. Passado um tempo, estávamos nos empanturrando com pizza em uma das mesas mais discretas do restaurante.

UNLIKELY - D.NWhere stories live. Discover now