Te Amar é a Minha Maldição

Capítulo 10

- Sakura, a senhora Mikoto a está esperando em seu escritório.- Uma das empregadas chama a jovem que estava subindo as escadas.

- Obrigada.- Sakura desvia o seu caminho. Ao entrar na sala, vê Mikoto olhando pela janela. A noite havia chegado, e a sala estava escura. Mas, a janela aberta proporcionava um pouco de luz ao lugar, o suficiente para não esbarrar nas coisas.

- Se você não for uma pessoa ignorante, saberá do que quero tratar com você.- Mikoto se vira com um olhar assassino porém calmo. Sakura preferiu ficar em silêncio, pois nada que ela fosse falar iria adiantar.- Ótimo, não quero ouvir desculpas.- Ela se senta em sua cadeira.- Pode não parecer, mas eu sei de absolutamente tudo que acontece dentro desta casa. Mesmo com as inúmeras tentativas de meu filho e sua de me esconder as coisas. - Os movimentos de Mikoto faziam Sakura engolir em seco.- Você não é uma má garota, mas infelizmente é igual as outras. Uma jovem que se deixa levar por truques baratos, que os homens usam para "conquistar" mulheres e consequentemente as levar para cama. Não irei passar a mão na cabeça de meu filho, pois sei que ele não é flor que se cheire.

- Ele disse que está gostando de mim. Ele fo sincero.- Sakura se torna uma réu confessa, não havia mais nada a ser feito.

- Ele disse a mesma coisa para as outras dez que estiveram aqui. E todas elas foram demitidas.- Mikoto ergue o dedo indicador, demostrando que queria mostrar um ponto importante.- Sabe porque não vou irei te demitir? - Sakura sacode a cabeça dizendo não.- Porque você me parece realmente apaixonada por ele. Um grande erro, mas foi a que salvou de certa forma. Então, faremos um acordo.- Mikoto apoia os braços sobre a mesa.- Acabe com esse romance antes que você se arrependa. Acabe com esta ilusão. Chega de encontros no meio da noite, saídas de fim de semana e conversas no jardim. Encerre com tudo, assim você irá garantir a sua permanência nesta casa. Estamos combinadas?

- Sim senhora.- Sakura estava se segurando para não cair no choro, ali e agora. Sakura se virou para sair.

- Ah - ela se vira para a senhora Mikoto novamente.- Não precisa mais vir no dia do aniversário de meu filho. Achei alguém para ficar no seu lugar. Poderá aproveitar seu dia de folga.- Mikoto estava se deliciando com a expressão de morte, no rosto Sakura.

- Obrigada.- Sakura sai. Para sua infelicidade, ela vê Sasuke no alto da escada, e não consegue segurar as lágrimas. Ele desce as escadas rapidamente, e Sakura corre para se refugiar no corredor que dá acesso a cozinha.

- Sakura, você está bem? - Ele estende a mão para segurá-la e Sakura consegue se desviar.

- Fique longe de mim. Não quero mais saber de você.- Ela entra na cozinha. Sem querer a pressionar com perguntas, Sasuke a deixa sozinha e vai tirar satisfações com a mãe. Ele abre a porta, e se depara com sua mãe mexendo nos papéis, como se nada tivesse acontecido.

- Se for me encher os ouvidos por causa daquela mosca morta, nem se atreva - em momento algum ela tirou os olhos dos papéis, assinando uns e guardando outros.- A vir reclamar por um erro seu.- Ela deixa as coisas se lado.- Então, Sasuke se você realmente gosta dela, deixe ela em paz.

Sasuke ficou perplexo com aquela declaração. Os olhos frios da mãe, enquanto fala aquelas duras palavras. Revoltado, ele sai da sala, batendo forte a porta atrás de si. Ele não queria ficar nem mais um segundo naquela casa, pegou seu carro e foi para o apartamento.

Sakura entrou no quarto, pegou seu ursinho e o agarrou forte. Banhando ele com suas lágrimas, ela martelava em sua mente as palavras de Mikoto em sua mente. Precisava conversar com alguém.

Sasuke chegou aí apartamento, tentou aliviar sua raiva com bebida. Depois de uma, duas, três doses, sua indignação havia diminuído. Então, ele viu. O ursinho, aquela seria a forma dele lembrar de Sakura, ele o encara. Depois de alguns segundos, uma ideia lhe vem a cabeça.

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A semana foi difícil. A cada tentativa de Sasuke em falar com Sakura, no lugar de um sorriso, ele só recebia um olhar gélido e um afastamento sútil por parte dela. Faltava mais uma semana até o aniversário de Shisui, e surpresas viriam. Só não se pode dizer que elas serão se todo benéfico a cada um daquela casa.

Neste fim de semana, Sakura decidiu ficar em casa. Não queria visitar a mãe naquele estado, além do mais na próxima semana ela poderia fazer isso. Chegando em casa, ela larga sua bolsa na cama e vai direto para o banho. Ela escuta a porta se abrir após desligar o chuveiro.

- Cheguei.- Izumi fala após fechar a porta.

- Bem-vinda.

- Sakura, você é alérgica a gatos? - Izumi dizia como uma criança prestes a pedir uma coisa para a mãe.

- Não...- Sakura até iria perguntar o porquê, mas quando viu aquela coisa fofa de cor preta e branca.

- Achei ele, sozinho na rua. Não me aguentei.- Izumi acaricia o gatinho.- Tem problema para você?

- Claro que não.- Sakura estava abobalhada com o animalzinho. Izumi percebeu que Sakura não estava muito bem, apesar da sua alegria com o gatinho.

- Você está bem? - Izumi deixa o gatinho e se levanta. Sakura sacode a cabeça dizendo que não. Izumi tem uma ideia.- Olha, eu nunca fiz isso antes, e se fizer errado me perdoe. Mas, que tal fazermos uma noite das garotas?- Sakura ri com algumas lágrimas brotando em seus olhos.

- Claro.- Sakura limpa os olhos.- Vamos dar uma banho neste gatinho. E enquanto você se arruma, eu faço a comida e acho que café ou chá. O que você prefere?

- Café.- E a saga começa, o banho de gatinho, o preparo dos doces. Como Sakura estava sem ideias para a comida salgada, preferiu pedir uma pizza. Ela fez um clássico brigadeiro, e o café saiu logo em seguida.

.........•°•..........

- Então, vamos lá.- Izumi estava aconchegada em seu edredom, sentada no sofá com a caneca de café fumegante.- Pode começar.

- Ok.- Sakura suspira e se ajeita na poltrona.- Sabe o filho da senhora Mikoto, o mais velho.- Izumi balança a cabeça dizendo sim.- Então, nos iniciamos um relacionamento.- A expressão de Izumi muda bruscamente.- Mas, a mãe dele descobriu e disse que ele já havia feito isso com as outras babás que estiveram lá. Ela me disse para encerrar esta loucura, e foi o que fiz.

- Não acredito que ele fez isso com você.- Izumi não podia acreditar no que estava ouvindo.- Ele era tão gentil, brincalhão.

- Você o conhecia antes? - Sakura toma um gole de café.