Capítulo 3

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Sakura sabia que estava atrasada, mas mesmo assim não se importou tanto com as broncas da senhora Mikoto. Pois, ela já havia conseguido o emprego, e o melhor, ainda iria continuar com seu apartamento. Ela não podia estar mais feliz, mas tinha que manter a postura. Aquele foi um erro que ela não pretende cometer novamente. Não iria mais falar com o filho da senhora Mikoto, porque seu emprego era mais importante.

O essencial, Sakura ainda não sabia. Como era o bebê? Ela não parou de se questionar, após ter lembrado deste detalhe. A senhora Mikoto, falava sobre compromisso, pontualidade e outras coisas, que Sakura habilmente soube ignorar com a expressão mais séria e clemente possível. Como se estivesse prestando atenção em cada vírgula, que a mulher falava.

- É isso que espero de você.- Mikoto finaliza, e Sakura volta sua atenção para ela novamente.

- Claro, me perdoe. Isso não irá se repetir novamente.- Sakura diz prontamente.

- Óbvio que não. Pois, se cometer mais um erro, não serei tão tolerante, como estou sendo agora.- "Espera! Ela estava sendo tolerante?". Este pensamento invade a mente de Sakura como uma enxurrada. - Agora venha. Ainda não lhe mostrei o meu filho.- Sakura não fiz nada, simplesmente a segue.

As malas de Sakura já estavam em seu quarto. Mas, a pressa foi tanta que nem tempo de as arrumar, ela teve. Elas entram no quarto, ele estava escuro. Mas, um barulho vinha de algum lugar. Quando Mikoto deu sinal com a cabeça para Sakura abrir as cortinas, a origem do som foi revelada. Era o bebê que estava acordado, no berço ao centro do quarto. Um lindo bebê, reparando bem, sua pele branca como a neve, os cabelos negros que chegavam a brilhar. Ele era a coisa mais fofa que Sakura já viu.

- É com ele que você terá que se preocupar, e dedicar cada resquício de sua atenção nele.- Ela disse seriamente, com o bebê no colo, o acalmando.- Não o quero chorando. Ficarei com ele por alguns poucos minutos, enquanto troca suas roupas.



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O resto da semana passou em uma velocidade normal e agradável. Nada de muito extraordinário ocorreu. O lindo homem que Sakura vira em seu primeiro dia, sumiu. O que a ajudou a trabalhar de forma mais tranquila, pois o seu medo de cometer algum erro, estava constante em cada passo que dava na casa.

Mas, para sua infelicidade, está paz teve seu fim, na tarde da segunda-feira que estava na casa. Ele havia retornado, e onde ela não sabia. Mas, aquilo não importava, pois a sua presença já era o suficiente para deixá-la nervosa.

- Senhora Mikoto.- Sakura se dirige a ela, que estava sentada em sua cadeira atrás de sua mesa.- Voltarei no domingo de manhã. Passarei somente uma noite fora. Está tudo bem para a senhora?

- Perfeito.- Pela primeira vez ela parecia uma pessoa agradável.- Esteja aqui às sete, como sempre.

- Sim senhora.- Sakura diz, e logo sai. Pegou sua bolsa, e saiu antes que seu martírio aparecesse.


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O caminho para o hospital foi tranquilo. Estava um fim de tarde agradável. Sakura estava ansiosa, para contar todas as novidades para a mãe.  Comprou flores para ela, as suas preferidas. Deu boa tarde animada para todos que viu no corredor. E então, chegou ao destino. Abriu a porta e foi até a cama da mãe.

Mebuki estava naquele estado a meses. Ela não acordava, tendo que ser alimentada por tubos. Um tumor em seu cérebro, já estava em estado avançado, a única coisa que os médicos podem fazer é prolongar a vida dela, mas não sabem age quanto tempo. Mas, Sakura procurava ser o mais otimista possível. Sempre ia visitar a mãe, e passava horas conversando com ela.

- Oi mamãe - ela retira as rosas antigas, para dar lugar as novas.- Tenho tantas coisas para dizer a senhora.- Ela abre a cortina.- Consegui um emprego - ela acaricia o cabelo da mãe e ouça uma cadeira para se sentar.- A minha patroa é bem rígida, mas o bebê é tão fofo. Sim, estou cuidando de um bebê. Sou babá.- Sakura ri orgulhosa.- Também consegui ficar com o apartamento. Estou dividindo ele com uma moça, o nome dela é Izumi.- Sakura pega na mão da mãe dela.- Ela é legal. Aposto que vamos ser grandes amigas. Ah - ela faz uma cara de vergonha.- Tem o filho da senhora Mikoto. Shi! Shi! - Sakura põe o dedo na frente da boca, como se estivesse contando  um segredo muito importante.- Ele é tãooooo gato. Mas - ela se recompõe, dando tapinhas na bochecha.- Eu não posso me envolver com ele, se não perco meu emprego.- Sakura pega novamente na mão da mãe.- Aí mãe, estou tão feliz. E já, já vou ficar mais ainda, porque sei que a senhora vai acordar a qualquer momento. Tenho fé nisso.- Lágrimas surgem, e ela as limpa rapidamente, não podia fraquejar agora.


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Sasuke estava saindo do banho, quando sua mãe entra no quarto carrancuda. Sasuke se faz de desentendido, secando o cabelo como quem não quer nada e simplesmente fala.

- O que foi? - Ele joga a toalha na cama. E Mikoto espera pacientemente até que ele a olhe.- Ok mãe, pode dizer.- Sasuke a olha com deboche, sabendo exatamente o que ela queria dizer, se sentando em uma cadeira perto de si.

- Não se faça de idiota para mim, Sasuke.- Mikoto vai direto ao ponto.- Está já é a décima babá que contrato em menos de dois meses. Controle está sua testosterona, ou teremos problemas.- Ela o ameaça, e ele gira em sua cadeira com a cabeça caída para trás.

- As outras eram interessantes. Está - ele tenta puxar pela memória, como era a nova moça.- É sem graça. Não gostei do tipo dela.

- Bom mesmo não ter gostado, além do mais - ela pega um porta retrato sobre a mesinha.- Até onde eu saiba, em poucos meses, sua querida noiva estará de volta. Não é mesmo?- Ela vê Sasuke franzir a testa, com amargura e sorri de lado, quando o filho se endireita na cadeira.

- Eu odeio ela.- Ele confessa, sem rodeios. Foi um momento de pressão e uma paixão avassaladora, que se juntou com a mente imatura de Sasuke e o fez cometer essa burrada.- Ainda não sei o que vi nela, mas não tem como voltar atrás.

- É assim que se fala.- Mikoto põe o porta retrato de volta no lugar.- São apenas negócios, pense assim. Ela gosta de você, o que me impressiona por demais. Mas, com o tempo, será somente fachada e os dois poderão fazer o que quiser.

- A sua sinceridade, às vezes chega a me comover.- Disse ele com um olhar incrédulo, já que as palavras da mãe soaram tão frias que ele sentiu calafrios.

- Se gosta da realidade, acabei de mostrá-la a você.- Ela faz menção de sair, mas se vira novamente.- Fique longe daquela garota. Estou te avisando, se não terei de tomar medidas drásticas quanto a você.

- Ok, ok.- Ele ergue as mãos em sinal de rendição.- Não farei nada.- Mikoto sai com um sorriso vitorioso.- Nada ao ponto de você saber, é claro.- Sasuke pensa, com um sorriso malicioso.

Te Amar é a Minha MaldiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora