Capítulo 80 II

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Logo chamaram minha senha pra medica me examinar, ela fez o exame do toque e viu que eu já tava com 4 centímetros de dilatação, mas teria que começar o trabalho de parto com 10, só que como minhas dores estavam muito fortes ela ia me deixar internada e me da um remédio de força pra conseguir dilatar mais rápido. A enfermeira me levou até o quarto em que eu ficaria e logo o Bernardo veio junto, me ajudou a trocar de roupa pela do hospital e a me deitar na cama.

- Ai minha gordinha, não machuca a mamãe amor, por favor... - falei quando começou a doer desesperadamente.

Dei entrada no hospital as 10:00 e já eram 13:30 e eu seguia sentindo muitas dores, mas agora a dilatação ainda estava em 7, só que nada no mundo consegue explicar que dor era essa que eu tava sentindo. Só podia ficar um acompanhante, então, quando o pessoa chegou pra ver como eu tava, o Bernardo sempre saia. O último a dar uma passada no quarto foi o Kaio, ele ficou muito tempo comigo, muito mesmo, como as passagens dele já estavam compradas ele não podia ficar mais.

- Óh, fica forte por ela, tá? Tô tristão de não ta aqui na hora que ela vier ao mundo, mas as passagens já tão tudo compradas. Tentei até fazer algum acordo, mas não deu. - ele disse segurando a minha mão. -

- Tudo bem, vai lá mofilho, faz o nome da nossa empresa.

- Vou fazer, cuidado, pelo amor de Deus, fala pro Bernardo me ligar assim que ela nascer. Pode me ligar qualquer hora que eu atendo. - ele deu um beijo na minha testa e na minha barriga e saiu do quarto.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! - tava gritando e chorando ao mesmo tempo no quarto, a respiração cachorrinho eu já tinha mandado pra puta que pariu, graças a Deus aquela filha da puta da medica entrou no quarto e viu que eu já tava com 10cm de dilatação e que a Antonella finalmente ia nascer. O Bernardo guardou uma cópia do exame que marca os batimentos do bebê porque ele disse que ia tatuar e a gente correu pra sala de parto, no caso, eu fui na maca mesmo.

Ás 15:45, do dia 26 de Dezembro de 2017, nasceu o amor mais verdadeiro que eu já senti nessa vida. Eu nunca vou conseguir explicar o que eu consegui sentir naquela sala, o olhar do Bernardo emocionado quando encontrou os meus e a gente escutou o choro dela pela primeira vez, o sentimento único de pegar ela no colo, quando eu escutei a respiração dela pela primeira vez eu esqueci toda a dor que eu tinha sentido, todo o medo, minha menininha tinha nascido com tamanho e pesos ideiais, era muito cabeludinha e era a coisa mais preciosa que eu já tive na vida.

- Eu te amo, meu amor. Muito obrigada por ter me escolhido pra viver esse momento contigo, obrigada por ter me escolhido pra ser o pai da sua filha. Você me faz o homem mais feliz do mundo. - Bernardo disse me beijando e cheirando a cabeça da Antonella. A enfermeira pegou ela dos meus braços pra poder limpar ela e o Bernardo pediu pra elas marcarem o pézinho dela, esse garoto vai tatuar o corpo todo.

- Vai lá com ela amor, não sai do lado dela. - Eu falei pro Bernardo ir acompanhando, enquanto eu ainda tinha que ficar ali.

Quando o Bernardo saiu eu simplesmente apaguei, de tão cansado que meu corpo estava, acordei já no quarto com o Bernardo me chamando falando que a Antonella precisava mamar e outra experiência que me deixou chorando tal qual um bebê foi dar de mamar pela primeira vez pra minha filha. É um momento tão íntimo, tão de mãe, nunca vou conseguir explicar.

- Amor, ta doendo?

- Um pouco.

- Então porque você ta chorando?

- Não sei, não consigo explicar... ela é perfeita, Bernardo. - ele sorriu - É a sua cara. - Falei fazendo bico.

- Eu te disse que ela ia parecer comigo. - Ele disse sorrindo. - Eu amo vocês, muito. Não chora não amor, você foi foda hoje.

Vai namorar comigo sim! IIWhere stories live. Discover now