Girassol (Até 20 Agosto)

Capítulo 33

─ Boa tarde. ─ Cumprimento um funcionário que encontro no caminho, o homem tirou o chapéu e sorriu.

─ Boa tarde patroa, está procurando o Simon?

Será que sou tão previsível assim?

─ Estou, não consigo encontrá-lo.

─ Ele estava no celeiro mais cedo com o Senhor Otávio.

─ Vou verificar, muito obrigada!

─ A disposição patroa, não querendo ser fofoqueiro. Mas a sua irmã gêmea estava na divisa dos Luiziana com Taylan Resker, Bruna os acompanhava.

─ Oh; ─ Meu Deus, não podemos ter um pouco de privacidade nessa fazenda? ─ Eles são amigos, é bom manter uma boa convivência com os Luizianas.

O homem aquiesceu.

─ Certamente, essa richa deveria ter acabado a décadas. Bom, vou voltar ao trabalho. ─ coloca o chapéu, caminhando para sua função.

Hmm, então é isso que a Violet está fazendo perambulando pela fazenda na companhia da Bruna, visitando Taylan Luiziana. Só espero que a minha irmã não se decepcione, aquela família tem uma fama pesada.
Tiro Violet dos meus pensamentos ela já é adulta, sabe muito bem o que está fazendo e vou até o celeiro. O lugar não estava movimentado, na verdade, nunca ouvi um celeiro tão silencioso. Tirando o fato de uma risadinha estranha.

─ haha-háá-não-ohhh-haaaa.

Mas o que?
Sigo os risos que se misturam com gemidos estranhos e… QUE PORRA É ESSA?
Minha mãe estava seminua, rolando no palheiro com o Senhor Otávio. Eu não estou acreditando, ela está solteira desde que decidiu morar em Minas Gerais. O ex-peguete da minha mãe não aceitou um namoro a distância. Bom, ainda bem que ele não gostou da ideia, esse amasso em meio ao celeiro era sinal de um belo chifre se os dois tivessem de acordo com o relacionamento a distância.

─ Com licença.

─ OH JESUS! ─ Senhor Otávio rolou para lado, saindo de cima da minha mãe, que começou a procurar a sua camisa que está perdida em algum canto do celeiro.

─ Filha, o que você está fazendo aqui?

─ Acho que estou merecendo uma explicação em vez de perguntas. ─ Retruco.

Senhor Otávio estava com a calça jeans aberta e sem camisa. Para um homem de 50 anos, o pai do meu namorado tem um ótimo físico. Essa genética é boa!

─ Solana, eu e a sua mãe… É, como eu posso explicar? ─ lança um olhar de súplica para Dona Vanessa sem vergonha.

─ Estamos ficando!

Eu vou vomitar…

─ FICANDO MÃE?

─ Não é essa palavra que vocês jovens usam? ─ Questiona, tentando cobrir o corpo seminu nas palhas.

─ Argh, eu vou ignorar essa cena, tchau!

Dou meia volta e sai do celeiro um pouco atordoada com tudo, mas com uma pontada de alegria dentro do meu coração. Os dois merecem a felicidade.

─ Sol, amor. ─ Simon correu até o meu encontro. ─ Sérgio está procurando o meu pai, estão precisando da sua ajuda.

─ Ele está no celeiro, mas por tudo que é mais sagrado não entre lá dentro.

Simon franziu o cenho.

─ Por que? ─ pergunta com desconfiança.

─ Eu acabei de flagrar os nossos pais, no maior amasso.

─ O quê?

─ Isso mesmo, minha mãe está seminua. É melhor ficar longe daquele celeiro até eles… ─ prendo os lábios, ai que vergonha.

─ Até eles terminarem o que começaram?

Eu assenti, Simon parecia não acreditar. No entanto, não quis confirmar com os próprios olhos.

─ Meu Deus; ─ limpa o suor da testa. ─ Nossos pais juntos?

Nós dois ficamos nos encarando por alguns minutos e depois… Caímos na gargalhada, rimos até a barriga doer.

─ Simon, foi a situação mais louca da minha vida. ─ Digo, quase sem fôlego por tanto rir.

─ Eu imagino, acho que terei que substituir meu pai até a cidade.

─ É preciso?

Puxa-me para perto, apoio minhas mãos em seu peito robusto. Conseguia sentir as batidas do seu coração, pulsando rapidamente na palma da minha mão. Tenho certeza que nossos corações estão em sintonia, perco os sentidos perto desse homem.

─ Infelizmente, o Senhor Otávio quis relembrar a juventude fazendo sexo em um palheiro.

─ Oh Deus, não me faça lembrar.

Simon ri alegremente, aproximando sua boca da minhas, nossas respirações se encontrando.

─ Amo esse sorriso, amo o formato dos seus lábios.

─ Diga-me o que quer de presente de aniversário? ─ Indago hipnotizada por seus olhos avelãs.

─ Case-se comigo, viva comigo e esse será o melhor presente de aniversário.

─ Simon, sem brincadeiras. Casamento é sagrado!

─ Eu sei, meu amor por você é extremamente sagrado. Tenho certeza que o próprio Deus abençoou esse amor.

Como eu poderia dizer não? Um homem que me incentiva, que luta por mim. Que me faz sorrir todos os dias, que está ao meu lado a todo momento. Que me compreende, mesmo quando eu estava perdida, ele não desistiu e insistiu. E me refez.

─ Eu me caso com você.

Ele não disse nada, apenas possui meus lábios com um beijo selvagem e avassalador. Que me tirou do chão. Simon me faz se apaixonar por ele a cada segundo do meu dia. Sinto esse amor em cada átomo do meu ser.

─ Amo você, Solana, te amo muito!

─ Simon, você é feito de amor, de bondade, de humildade. E será meu amor para sempre.