Eu sou igual à você

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Com amor, Camila

Eu sou igual à você, a maior parte da minha vida é completamente normal.
Meu pai era o Quarterback bonito que arrancava suspiros das meninas e minha mãe a mais popular da escola, e não, o auge da vida deles definitivamente não foi o colégio.

Tenho uma irmã de quem eu gosto, não que eu vá falar isso para ela. Se chama Sofia e tem treze anos. No ano passado depois de assistir inúmeras vezes super chefe, ela decidiu querer ser "uma" também, e, desde então somos cobaias da sua culinária extravagante.

Também tem minhas amigas. Dinah e Normani, elas eu conheço desde o começo dos tempos ou pelo menos do jardim de infância. Uma delas conheci faz alguns meses, se chama Ally, mas parece que conheço a vida toda. A gente faz o que todo amigo faz, bebemos café demais, assistimos filmes dos anos noventa e vamos ao Starbucks sonhar com a faculdade e se encher de carboidratos.

Então como eu disse, sou igual à você, levo uma vida perfeitamente normal só que tenho um grande segredo...

E quem eu sou? bem, sou Camila Cabello. Que não é popular na escola e muito menos joga algum esporte nada comparado aos meus pais, pra ficar ainda mais estranho escrevo cartas para todas as garotas que tive um crush, se isso é bizarro? claro que sim! Afinal sou estranha mesmo. E para quem queria saber o meu grande segredo então lá vai, sou lésbica completamente no armário! Ninguém além de mim sabe disso. E não é algo que eu queira expor. É por isso que escrevo cartas sobre minhas paixões frustradas. Minhas cartas são os meus bens mais secretos, são cinco no total; Bella do acampamento, Hailee do sétimo ano, Selena do baile, Meghan do Starbucks e Lauren Jauregui a capitã do time feminino de futsal. Eu escrevo cartas quando tenho um crush tão intenso e não sei o que fazer. Depois que passa releio e vejo o quão profunda sou em relação à cada uma delas.

-Hey! senti alguém jogar um travesseiro no meu rosto
-A gente vai jogar ou não? era Sofia

-Me deixa terminar de escrever.

Escutamos panelas caindo no chão.
Esse era meu pai Alejandro Cabello querendo dar um de chefe. Mama é arquiteta, por isso, estava em outra cidade a trabalho.

-Vamos descer e ajudar?
deixei meu caderno dentro da gaveta e levantei

-Você sabe que ele quer fazer tudo sozinho Kaki, mas podemos por a mesa.
-Aff! Odeio quando ele faz comida latina, sempre tem um gosto péssimo. eu ri porque ela tinha razão

-Apesar disso, tudo o que ele colocar na sua frente quero que coma e diga que está delicioso!

Chegamos até a sala de jantar.

-Boa noite! beijei sua bochecha

-Olá minhas meninas! Já irei servir. sorriu

Sentamos e esperamos ele pôr seja lá o que fosse em nosso prato.

-O que é isso? Sofi tampa o nariz

-Minha especialidade. Tortilhas!

-Certo... me olhou
-Você não vai comer?

-Depois de você.

Bem, o gosto não era um dos melhores. Mas eu sabia que Papa estava ansioso por nossa reação. Engoli com dificuldade e sorri amarelo.

-Isso está muito bom!
-Não é Sofi? foi engraçado vê- la querendo vomitar

-Sempre maravilhoso papa, maravilhoso!

Com amor, Camila Where stories live. Discover now