The game starts

7.1K 990 299
                                    


Park Jimin havia acabado de sair de sua casa, com as malas devidamente prontas para um mês fora de seus país. Ainda não conseguia acreditar que seu time ganhou a final de basebol e que, finalmente, estaria fazendo parte da viagem que sempre sonhou em fazer. Devia tudo aquilo ao seu time de jogadores que, desde o primeiro ano, se esforçaram e se comportaram como profissionais da área. Ele sentia muito orgulho de todos os alunos, desde o capitão até a mascote do time; todos fizeram sua parte e mereciam o prêmio tão clamado.

O treinador colocava a mala cheia de roupas e sapatos no porta-malas do uber que havia acabado de chegar, o qual o levaria até a Universidade, onde o ônibus que levaria o professor e seus alunos até o aeroporto estaria. O sorriso não saía de seus lábios rechonchudos, nem mesmo se tentasse. Estava feliz e ansioso demais, seu coração batia acelerado em seu peito. Qualquer um poderia notar seu sentimento de conquista, era visível à quilômetros de distância e ele realmente não se importava em demonstrar tal coisa.

O motorista conversava com o professor vez ou outra; havia assistido a partida e também estava feliz por seu cliente, era um grande fã e admirador dos Tigers. Suas perguntas e palavras apenas aumentavam o ego do Park, mas todo esse elogio também o deixava deveras envergonhado – não estava acostumado com isso, desde me muito criança foi inseguro em relação a tudo que fazia ou dizia, e ouvir alguém lhe dizendo palavras tão bonitas e animadoras fazia-o corar e sorrir contido, sempre agradecendo educadamente.

Não demorou muito para que chegasse à Universidade nacional de Seul, uma das mais reconhecidas e procuradas por adolescentes de todo o país e o mundo. Ele sentia ainda mais orgulho de ter conseguido entrar e estudar em uma universidade tão renomada quando essa, e, anos depois, conseguir um emprego como o treinador do time de beisebol da instituição. Tudo parecia como um sonho realizado após muito esforço e dedicação. Pode parecer um pouco convencido demais, mas tinha orgulho de si mesmo e suas conquistas, desde as menores – como adotar um gatinho – até as maiores – tendo essa incrível viagem como exemplo.

Ao chegar no campus, avistou de longe seu time sentado no gramado junto aos demais alunos, conversando e rindo de bobeiras, talvez trocando algumas ideias sobre o que fariam ao chegar nos Estados Unidos. Era notável a empolgação de todos ali presentes, afinal seria a primeira viagem da maioria da classe, incluindo o próprio professor – que sorri largo ao ver seus alunos sorridentes e ansiosos.

Saiu do automóvel e pegou sua mala, caminhando até o ônibus estacionando em frente ao dormitório masculino. Alguns alunos o cumprimentavam de longe enquanto alguns apenas lhe acenava ou curvava-se em respeito ao mais velho – que não era tão velho assim. Mas havia um aluno em particular que lhe observava de longe, como sempre fazia às escondidas. Não era um maluco, simplesmente um admirador secreto que não via a hora de se formar para conseguir se aproximar de seu professor favorito.

Park Jimin sempre fora alguém com uma aparência de dar inveja: músculos levemente definidos, cabelos castanhos macios e sedosos, um sorriso lindo que sempre faziam seus olhos se formarem duas meia-lua adoráveis. Sua personalidade, no entanto, era o que mais se destacava; além de muito inteligente e dedicado, o professor tinha um coração de ouro, sempre se preocupou com todos em sua volta como se fossem realmente parte de sua família. Ele era de todo alguém admirável e isso não se passava despercebido pelos demais professores ou alunos de toda a universidade.

Mas, claro, como qualquer outra pessoa, o treinador tinha seus defeitos. Ele não via maldade em ninguém, o que era um pouco preocupante para seus amigos mais próximos; também era deveras inseguro em relação ao que fazia e até mesmo em relação ao seu corpo que parecia ser esculpido por deuses; ele também era tímido, talvez até demais, deixando-o com um ar adorável para muitos, mas era um defeito enorme que ele mesmo via em si. Era difícil conversar com quem não conhecia, não se sentia confortável com isso, mas prometeu a si mesmo que tentaria mudar isso e mais algumas coisas durante a viagem. Prometeu a si mesmo que aprenderia a amar seu corpo do jeito que é, que teria mais confiança; prometeu que iria se soltar mais e deixar se levar naturalmente, ignorar a vergonha e a timidez.

Tigers PlayersOnde as histórias ganham vida. Descobre agora