Se ele conseguiu uma viagem, ele conseguiria cumprir essas promessas.

Os jogadores se levantaram de ímpeto ao ouvir o diretor do curso lhe desejarem uma boa viagem e pedindo-lhes para tomarem cuidado no exterior. O motorista logo pediu para que todos entrassem e arranjassem um lugar para se sentar, pois o caminho até o aeroporto de Incheon era um pouco longo. Mesmo estando afobados, os alunos se forçaram a formar uma fila para que cada um entrasse no veículo sem fazer bagunça ou confusão. O professor ficou no fim da fila, anotando o nome de cada aluno que entrava para que pudesse fazer a chamada.

Assim que todos entraram, Jimin subiu as pequenas escadas e se juntou aos estudantes, vendo-os sorrir e acenar para si. Ele sorriu de volta, dizendo que faria a chamada rapidamente antes de saírem. Após anotar que todos estavam presentes, avisou o motorista que já estavam prontos e que poderia ligar o motor. O treinador virou-se novamente para os alunos e notou que ônibus estava cheio e o número de alunos era ímpar, o que significava que teria de dividir o assento duplo com mais alguém. Passou os olhos rapidamente pelo corredor quando o ônibus dá a partida, começando a se mover lentamente. Avistou uma cadeira vazia no meio do corredor e se apressou a ir até o local antes que o motorista acelerasse.

– Jeon, posso me sentar aqui? – Perguntou ao capitão ao ver que o assento era ao seu lado. O mais novo sorriu; sabia que o professor pediria para si, havia deixado aquele lugar guardado especialmente para o mais velho.

– Claro que pode, treinador. – Respondeu sorrindo largo, deixando seus dentes de coelho aparecerem. O mais velho riu baixo e agradeceu, sentando-se ao seu lado.

– Aigoo! Não estamos mais no campo, pode me chamar apenas de Jimin. – Pediu. Sentia-se mais velho do que realmente era quando chamado de professor ou treinador. Tinha apenas vinte e cinco anos, era somente quatro anos mais velho que seus alunos. – Ou de hyung, se preferir.

– Tudo bem, hyung.

O treinador sorriu ao mais novo, deixando que seus olhos se fechassem adoravelmente. Gostou do modo que foi chamado pelo aluno, por mais informal que seja, afinal continuava sendo uma figura de autoridade perante aos estudantes. A palavra simplesmente saiu tão arrastada que sentiu seu coração dar uma pequena falhada, mas com certeza não era nada para se preocupar; apenas não estava acostumado com tal tratamento vindo do capitão ou de qualquer outro aluno seu.

Jeon Jeongguk, no entanto, já estava acostumado com o coração falhando uma batida toda vez que via seu professor sorrir daquela maneira durante seus quatro anos de curso. Já chegou a perguntar ao seu melhor amigo se era normal se sentir assim por um professor e ambos pensam que, bom, normal não é, mas a atração, o desejo e até mesmo a paixão acontecem naturalmente. Não é algo que podemos controlar. E com certeza não é algo que Jeongguk pode controlar, pois quatro anos após presenciar o primeiro sorriso e risada do mais velho, ainda sentia seu coração acelerar a vê-lo sorrir tão doce e sincero.

Ele sabia que não era apenas admiração ou desejo – afinal algo assim não deveria durar tanto ou crescer para algo mais forte em nosso peito esquerdo, certo? –, sempre soube que era uma paixão que crescia em seu âmago, e nunca contestou seus sentimentos. Claro que continuava saindo e conhecendo novas pessoas, beijando-as e até mesmo transando com elas, mas porque sabia que não poderia fazer nada com seu professor até que se formasse. E esse dia, finalmente, chegou. E de brinde, ganhou essa viagem.

Ele se esforçaria ao máximo para tornar aquele mês perfeito para seu professor, afinal ele o merecia. E faria de tudo para ter o treinador para si, mesmo que por uma noite ou por somente um mês. Poderia machuca-lo futuramente, poderia quebrar seu coração, mas não perderia essa chance divina que estava sendo lhe entregada de mão beijada. Era como se Deus estivesse lhe ajudando a conquistar a pessoa que lhe conquistou no primeiro dia de aula, a quatro anos atrás.

Tigers PlayersWhere stories live. Discover now