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- Eliza? - a mais nova continuava sem saber como agir. Depois de tanto tempo, ela estava sem saber o que fazer em frente ao seu melhor amigo. A única pessoa a quem Elizabeth confiava tudo estava à sua frente e ela nem mesmo conseguia falar algo sem que as suas lágrimas insistissem em cair.

- Deixa-me sair, por favor... - implorou com a sua voz abafada pelo choro que insistia em chegar cada vez mais.

Chan arregalou os seus olhos quando se apercebeu. A sua pequena estava mesmo com medo dele.

- Eu não posso Eliza... - respondeu, ignorando o facto de que as suas exposições de sentimentos e o seu reencontro se haviam tornado uma espécie de telenovela para os membros que os observavam atentos.

- Por favor, Chan... - implorou uma última vez antes de ser interrompida pelo esverdeado.

- Não, eu não posso! - exclamou visivelmente exaltado - Desculpa pelo que vou fazer agora pequena...

- Chris... - sussurrou por entre lágrimas antes de sentir uma pressão sobre o seu pulso e ser puxada fortemente para ainda mais para dentro da cabine.
O maior apressou-se a fechar as portas do elevador apenas com ambos ali dentro.

Definitivamente, aquelas ações não eram as do seu Chan de antigamente e ela teve total certeza disso quando viu o maior parar o elevador abruptamente clicando no botão de emergência deste.
Agora eles estavam presos entre andares. Dois adolescentes antes melhores amigos mas agora quase desconhecidos.

- ESTÁS MALUCO?! - gritou - PORQUE É QUE FIZESTE ISSO?!

- Nós temos que falar, Eli. - respondeu calmamente ignorando a pergunta anteriormente feita pela amiga.

- Nós não temos nada para falar Bang Chan. - respondeu friamente cruzando os braços sobre o peito.

Na verdade, ela queria poder conversar com ele. Queria saber o porquê de este não lhe ter contado. Mas a mágoa e o seu orgulho eram maiores.

- Um ano e meio ainda não chegou para ti, Kim Elizabeth? - questionou levando as suas mãos às bochechas da amiga para lhe limpar os resquícios de lágrimas existentes. Chan permitiu-se sorrir levemente quando viu que a amiga não o afastou.
Ainda que a sua mente quisesse que ela o fizesse, o seu corpo dizia sempre que não, pois o seu corpo sentia também falta destes pequenos toques sem malícia trocados entre ambos.

- Eu não quero falar. - insistiu, sentando-se num dos cantos do elevador de olhos fechados. - Eu não estou pronta para falar, Chris. - Bang revirou os olhos com o apelido dado pela amiga.

- Então, ouve-me apenas Elizabeth. - respondeu sentando-se ao lado da de agora cabelos cinzas.

Já se haviam passado horas e ainda assim os dois amigos encontravam-se fechados dentro do elevador

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Já se haviam passado horas e ainda assim os dois amigos encontravam-se fechados dentro do elevador. Ainda que apenas um deles estivesse acordado.
Elizabeth adormecera por entre lágrimas com as confissões do melhor amigo sobre o porquê de ele não lhe ter contado.
Ela começara a entender melhor, mas ainda não podia dizer que as coisas voltariam a ser como antes.

Agora ela estava adormecida sobre o ombro de Bang que ainda falava imerso a pensamentos. Ele mal havia reparado que a amiga havia adormecido se não fosse pela respiração calma e pausada que esta possuía.
Ela realmente parecia um anjo a dormir. Sem qualquer traço errado, sem qualquer imperfeição. Ainda que estas não fossem visíveis aos olhos de todos, Chan amava-as e eram essas que faziam com que Bang a adorasse mais a cada dia que passava.
Os dias longe dela foram duros, mas também foram eles que permitiram que Chan crescesse a partir da sua tristeza.

- Eu adoro-te pequena. - afirmou agora encarando o rosto da Kim adormecida. Ele sabia que ela não estaria pronta para perdoá-lo, mas pelo menos ela ouvira-o. E isso já fizera com que o esverdeado ficasse feliz e um tanto concretizado.

Com os rostos demasiado perto, Chan aproveitou que a mais pequena dormia para lhe deixar um beijo sobre a bochecha. Seria essa a ação realizada, se não fosse pelo maior ter desviado os lábios em direção aos da outra. Foi apenas um toque de lábios repentino e sem intenção, mas que ainda assim conseguiu deixar o Bang com o coração acelerado.

Na manhã seguinte, Elizabeth acordou no seu quarto um tanto desnorteada e com um sabor doce na boca

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Na manhã seguinte, Elizabeth acordou no seu quarto um tanto desnorteada e com um sabor doce na boca.
Foi tudo um sonho? Eliza acreditava que sim. Ela queria acreditar que sim, mas em vez disso tudo o que teve em resposta foi um redondo não da realidade, quando avistou o maior a dormir desengonçado sobre o pequeno sofá do seu quarto de hotel.

Friendly - Bang Chan Where stories live. Discover now