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- Eliot? - a mais nova chamou - Eu estou nervosa... - Elizabeth confessou ao namorado com a cabeça sobre o peito deste.

A tarde estava ensolarada e os telemóveis de ambos estavam repletos de mensagens dos seus amigos a convida-los para sair. Qualquer um deles numa outra situação teria aceitado o convite, porém o casal simplesmente não se queria soltar. Eliza não queria soltar Eliot.

- Owww... - o loiro disse com a sua voz rouca, antes de depositar um beijo na cabeça da menor - Não tens que o estar, vai correr bem, Eli. E se não correr bem, eu estarei sempre contigo, okay? - perguntou trazendo a menor para mais perto de si apertando-a entre os seus braços.

Eliza permaneceu algum tempo em silêncio apenas escutando as batidas do coração do namorado. Ela sentia-se feliz com Eliot, aliás sempre que se encontrava com este conseguia esquecer um pouco que o seu amigo está a mais de não sei quantos quilómetros de distância à mais de um ano... Mas não seria esse o problema? E se ela estivesse a usar o mais velho para se esquecer da desilusão que teve quando o melhor amigo se foi embora?
Este eram o tipo de perguntas que vagueavam pela cabeça de Elizabeth.
Eram este tipo de perguntas que ela gostava de poder fazer a Eliot, de poder abrir-se com ele sobre estes assuntos. Mas ela sabia que era impossível, não só pelos ciúmes constantes de Eliot, mas também devido a ela mesma. Ela simplesmente não conseguia.

- E se eu não conseguir? Tu sabes que não são propriamente poucos quilómetros... E nós? Como é que ficamos Eliot? Eu não te quero prender a mim... - disse já sentada de frente para o loiro, porém agora cabisbaixa.

- Eli - chamou - olha para mim - ordenou gentilmente levando os seus dedos brancos ao queixo de Eliza para fazê-la olhá-lo nos seus olhos negros - Nós vamos ser apenas nós, okay?

Sorriu antes de continuar, largando o queixo da mais nova.

- Nós vamos ser apenas nós, Kim Elizabeth. Vamos ser nós mesmos com os nossos defeitos e virtudes. Vamos completar-nos a cada dia que se passar, mesmo longe. E eu sempre estarei preso a ti, Eli. Eu sempre estarei preso, fascinado por tudo em ti: pelos teus olhos, pelas tuas covinhas, pelos teus lábios, por cada mínimo detalhe em ti. Eu amo todas as tuas perfeições e imperfeições, porque são essas que me completam. Tu completas-me Kim Elizabeth, e não é a distância que vai mudar o que eu sinto por ti.

Eliza queria poder dizer que o amava e que já não queria mais ir para o estágio idiota que decidiria o seu futuro na sua empresa de sonho. Queria dizer que iria ficar com ele independentemente dos obstáculos que lhes aparecessem pela frente. Mas então porque é que essas palavras pareciam ser tão difíceis de sair? Porque é que ela não o conseguia dizer? Porque é que aquelas palavras pareciam tão fortes para descrever o sentimento que ela sentia por ele? Ela amava-o certo?

 Mas então porque é que essas palavras pareciam ser tão difíceis de sair? Porque é que ela não o conseguia dizer? Porque é que aquelas palavras pareciam tão fortes para descrever o sentimento que ela sentia por ele? Ela amava-o certo?

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Enfim o dia havia chegado e Eliza não podia deixar de se sentir como o Bang. Agora ela sabia como era difícil deixar tudo para trás por um sonho. Mas algo que magoou muito ambos, para além da despedida e do adeus, foi, sem dúvida, o facto de nenhum deles se ter despedido. Nenhum deles esteve lá no adeus. Nenhum deles esteve lá para dizer que tudo ficaria bem.

- Eu ainda posso ir contigo na tua mala, certo? - Kath e disse chorosa enquanto balançava as mãos da melhor amiga de um lado para o outro.

- Ah! Não sejas chorosa, Kath! - ambas riram, contendo as lágrimas. Elizabeth ainda não acreditava que se estava mesmo a despedir da sua melhor amiga. - Porra! - exclamou secando as lágrimas - Como é que consegues fazer isto já pela segunda vez?

- Já sabes, o que não se faz pelos melhores amigos. - deu de ombros deixando agora as lágrimas escorrerem livremente pelas suas bochechas morenas. - MAS OLHA QUE NÃO TE LIVRAS DE MIM! - a morena gritou atraindo os olhares não só de Lucas e Eliot como também das restantes pessoas e passageiros que se encontravam no aeroporto. - Eu ainda te vou visitar muitas vezes! - disse por entre o abraço.

- Acho que me vou cansar de ti depois de me ires visitar tantas vezes. - ambas riram com a brincadeira.

Logo as despedidas acabaram com um beijo apaixonado entre Eliot e Eliza que ainda assim largaram muitas lágrimas.
Mas no final, ainda que com muito esforço, Kim Elizabeth passou as portas que a levariam até ao seu sonho.

"Finalmente em Tóquio" - Elisabeth pensou respirando fundo

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"Finalmente em Tóquio" - Elisabeth pensou respirando fundo. Ainda que tenha dormido na viagem ela sentia-se extremamente cansada. Na sua mente só passavam imagens da sua despedida aos amigos e de Bang Chan. Agora ela sabia como o maior se havia sentido, era extremamente doloroso. E era ainda pior quando ela sabia que a causa dessa dor havia sido ela.

Tentou abandonar os seus pensamentos sem muito resultado, mas de qualquer das maneiras ela já se havia habituado à presença do acizentado nos seus pensamentos. Não havia um dia em que ela não pensasse no melhor amigo ou no que ele estivesse a fazer.

Ainda com esses pensamentos ela caminhou até à zona de descarga das malas, sentando-se sobre um banco enquanto via as malas passarem buscando pela sua com os olhos.
Eliza nem deu pelo tempo passar até avistar um grande grupo a retirar as suas malas da carpete rolante. Eles deviam ser pelo menos uns nove? Dez? Talvez sete rapazes em busca das suas malas. Eles não eram muito altos e possuíam traços asiáticos.

Um pouco mais afastado do grupo estava um outro rapaz de cabelo meio esverdeado e máscara sobre uma mala cinza com... o cadeado.

Porra! Aqui não! - Eliza pensou aflita

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Porra! Aqui não! - Eliza pensou aflita. Ela sentia que o seu coração podia explodir da boca a qualquer momento. Com certeza o seu coração iria saltar do peito se ela não arranjasse uma maneira de se acalmar.
Varreu o local com os seus olhos pequenos até arranjar a solução de se esconder por detrás de um balcão que supostamente deveria ter um funcionário do aeroporto. Felizmente, o balcão estava vazio o que permitiu que Elizabeth se pudesse esconder.

Porém, uma das caixas pousadas sobre o balcão caiu fazendo com que o esverdeado olhasse na direção da menor, mas logo dando de ombros ao não encontrar nada.

Eliza nem o ao menos havia conhecido se não fosse pelo seu cadeado. Afinal, ele estava diferente. O seu cabelo, a sua altura, todo ele parecia exalar outra aura, diferente da antes conhecida pela mais pequena. Mas algo que demonstrou a Elizabeth que era mesmo ele, foram os seus olhos.

Os seus olhos negros carinhosos. Os olhos de Bang Chan.

Friendly - Bang Chan Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz