- BOUQUET. | bbh.pcy

01|BLUES

|atenção às notas finais|boa leitura|
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|CAPÍTULO UM| 。・゜・ 。・゜・

Chanyeol lembrava-se que corria muito rápido. Faltava-lhe fôlego e suas pernas apensar de serem longas, não obtinham firmeza ao tocar no chão, pareciam ser feitas de vidros e davam a impressão de que a qualquer momento quebrariam em mil e um pedaços.

Definitivamente, Park Chanyeol odiava pegar metrôs atrasado.

Esqueceu-se até do seu relógio preferido quando soube que faltavam-se sete minutos para o metrô das nove e meia. O próximo passaria outra meia hora depois, uma verdadeira eternidade, e para Chanyeol, às dez da noite era um horário bastante perigoso.

Park percebeu (mesmo com as imagens embaçadas passando pelo seu campo de visão) que a estação estava vazia, não via-se uma alma sequer. Sinal de que estava atrasado. Suas galopadas faziam um barulho estrondoso, ecoando por toda a enorme extensão do local. O medo de voltar para casa ainda mais tarde incentivaram-lhe a correr mais rápido do que antes. Chanyeol era jovem mas não deixava de ser um humano, e humanos normalmente precisam de oxigênio.

As pernas do grandalhão tornaram-se desobedientes ao atingirem seu limite, fazendo exatamente ao contrário do que se era exigido. Park mesmo contra a vontade, diminuía a velocidade de segundo a segundo, e se não fosse obrigado a parar, seu coração pularia para fora da caixa torácica imediatamente.

Os pulmões de Chanyeol ardiam, suas pernas doíam e talvez Park morreria alia mesmo. Concluiu que foi uma verdadeira burrice parar no meio do caminho, porém, não obtinha forças o suficiente para continuar. Nenhum ser humano comum conseguiria correr sete minutos inteiros. Precisava apenas de um minuto. Um minuto para repor todo o oxigênio e coragem. Depois voltaria a correr novamente.

Chanyeol põe suas duas mãos em ambos os joelhos, e numa tentativa desesperada, tinha a intenção de recuperar-se. Ainda queria ir para casa, tomar banho e comer a última fatia de pizza na geladeira.

O rapaz nunca viu-se tanto necessitado de respirar como agora.

Um pequeno tremor debaixo dos pés de Park fizeram as suas entranhas se revirarem; o maldito metrô aproximava-se, Chanyeol estava um tanto perto de onde deveria pegá-lo, porém, a dor em vosso abdômen parecia ter se expandido e elevado seu nível. Doía um pouco menos do que um soco no estômago e ainda sim era bastante comparável.

No entanto, o menino apesar de ainda sentir suas pernas tremerem, não pensou duas vezes: correria ainda mais rápido que a última vez nem que isso custasse sua vida, abdômen e pernas.

A vontade de chegar em casa com certeza era maior do que a dor no copo de Chanyeol.

E céus! Park mal pôde acreditar quando viu o metrô passar direto por si.

As dores pareceram se anestesiar por um certo tempo, o suficiente para graciosamente, o metrô sumir sobre os trilhos.

Chanyeol nunca se sentiu tão decepcionado quanto agora.

As coisas começaram a se movimentar lentamente, talvez fosse pelo o tamanho cansaço e raiva, mas sentia-se que estava dentro de um sonho. Beliscou-se e estalou um tapa na face; ainda tinha a mesma sensação.

Park Chanyeol voltaria mais tarde para casa àquele dia.

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