Capítulo Três: Os Planos de Rael e o Exílio de Aldo

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Depois de todo aquele ocorrido, Rael já sabia que os mutantes haviam recebido seu recado e estranho por eles não demonstrarem nenhuma reação, nem mesmo por parte do governo. O vilão então, não ligou para o silêncio dos heróis e começou a arquitetar planos para conseguir completar sua vingança.
-Muito bem, nossos amiguinhos não nos deram reação nenhuma sobre o recado que deixei, mas isso não importa agora! A partir deste momento vamos por em pratica nossos planos para destruir os Mutantes. – adiantou o Senhor dos Elementos.
-Ótimo! Não vejo a hora de acabar com a raça de Honorato, aquele Telepata medíocre dos infernos! – bravejou Yuri.
-Pois muito bem... vamos fazer assim! – disse Rael que continuou:
-Nosso plano será por partes, primeiro, você, minha cara Ilúdica a quem tenho grande estima, vai usar seus poderes para afastar o Capitão Pelógio da equipe daqueles heróis ridículos! Você Lili, irá fazer com que Aldo, aquele desgraçado, relembre suas memórias mais dolorosas e obscuras, principalmente aquela em que ele matou seus próprios amigos sem intensão alguma... – explicou Rael olhando fixamente para Lili, com um breve sorriso maligno.
-Sim mestre, eu vou adorar fazer isso com aquele bonitão descarado! – respondeu Lili, acatando as ordens de seu líder.
-Perfeito, quero que comece a partir de agora! – ordenou Rael. A vilã Ilúdica curvou-se perante ele e saiu para executar sua função estabelecida pelo Senhor dos Elementos.
-A segunda parte do nosso plano... nós atacaremos de surpresa! – disse Rael olhando para os seus outros dois comparsas.
Enquanto a Ilúdica voava em direção a Parlópolis, Aldo estava perambulando por um pequeno campo perto da base. Naquele mesmo dia mais cedo, ele havia se despedido de sua amada, Helô, que tivera dito a ele que sentiu algo estranho no peito, como se alguma coisa iria acontecer com ele. Aldo estranhou, porém não ligou muito. O Capitão Pelógio encostou no tronco de uma árvore e adormeceu. Uma hora e meia depois o rapaz acordou assustado ao ver a Ilúdica na sua frente, Aldo se levantou rapidamente e olhando fixamente para ela perguntou:
-Você? O que você está fazendo aqui?
-Ah, vim saber como você está, como está os nossos amigos! – respondeu Lili.
-Todos estão bem! Mas você Lili, não deveria estar aqui! – alertou Aldo.
-Ora, porque não? Você pode enfincar essa sua poderosa arma no chão e me matar, assim como os demais deste campo, como você fez na base há alguns meses! – provocou Lili, enquanto a mesma arrodeava Aldo e liberava seus poderes de ilusão.
-Não! Eu não fiz isso porque quis! – disse Aldo nervoso.
-É mesmo... Capitão Pelógio! – disse Lili provocando mais uma vez, e com a manipulação de seus poderes de ilusão mostrou a Aldo uma visão de destruição, horror, morte e dor, um mundo escuro, devastado e inóspito.
-Está vendo Capitão, esta são as consequências de seus poderes, este é o futuro do mundo em suas mãos, este é o futuro de seus amigos idiotas... a morte, destruição, agonia! – sussurrou Lili, no ouvido do Capitão.
-Não, eu... eu não sou só isso! – disse Aldo chorando ao ver tanta desgraça e a morte de seus queridos amigos. O rapaz continuou:
-Eu quero evitar isto! Como posso fazer? – perguntou ele desesperado.
-É simples meu caro amigo... fuja, para bem longe, arrume suas coisas, não volte nunca mais, abandone seus amigos e os salve deste destino cruel! – respondeu Ilúdica, que liberou Aldo de seu transe de ilusão e sumiu.
Após aquelas visões pavorosas, Aldo correu para a base e foi direto para seu quarto atordoado, todos perceberam sua inquietação e se preocuparam. Mais tarde, já de noite, os mutantes estavam reunidos para jantar e Aldo chegou para todos e disse:
-Pessoal, eu vou embora!
-O que? Para onde você vai? – perguntou Helô preocupada.
-Aldo, calma. Porque você vai embora? – perguntou Joca confuso.
-Hoje a tarde eu tive uma revelação sobre o que eu posso causar a vocês e ao mundo! – disse Aldo de cabeça baixa.
-O que, como assim, você é uma excelente pessoa e sabe usar seus poderes com sabedoria e agilidade! – pronunciou Kay.
-É, pois é! – disse todos.
-Obrigado a todos, mas eu tenho que ir! – disse Aldo já se dirigindo para a saída da base.
-Aldo, espera! – indagou Helô agarrando no braço de seu namorado.
-Vamos lá pra cima, por favor, quero ter uma última conversa juntos antes de você partir! – disse Helô puxando seu namorado que a acompanhou.
-Rapaz, tô dizendo a você que dessa despedida de Aldo vai ter sexo! – sussurrou Léo para Ruan, que o olhou estranho.
-O que é? Foi só um comentário, tu é muito chato as vezes velho! – resmungou Léo para Ruan.
Enquanto isso no andar de cima no quarto de Aldo e Helô, o casal conversava e conversava, Helô tentava fazer com que Aldo mudasse de ideia e ficasse, mas nenhuma tentativa parecia dar certo, o Capitão estava de fato decidido. Depois de um tempo, quando os demais da equipe já estavam dormindo, os dois amantes se olharam fixamente um para o outro, e uma forte química como jamais tivera vista começou, o casal se beijava e de repente, Aldo começou a tirar a blusa de Helô, depois tirou a calça dela, deixando a mostra o corpo escultural da moça. Em seguida a Realística começou a despir seu namorado, tirando-lhe a camisa e depois suas calças deixando a mostra o corpo musculoso do Capitão. Sendo assim, os dois tiveram uma intensa e longa noite de amor.
No dia seguinte, quando Helô olhou para seu lado, não viu mais seu namorado, porém viu um pequeno bilhete escrito a mão pelo próprio Aldo para ela e os demais mutantes, que dizia:
“Me despeço de todos vocês por meio deste bilhete, que quando já estiverem lendo eu provavelmente já tenha ido embora. Vocês foram e sempre serão meus grandes amigos, para todos os momentos, conselhos e decisões. Minha linda amada Helô, se cuide, você está sempre no meu coração, nossa última noite foi a melhor e mais inesquecível de minha vida. Eu te amo minha Realística!
Um abraço para todos!                
Aldo Macedo, Capitão Pelógio.”
Enquanto Joca lia o bilhete deixado, Helô estava aos prantos abraçada com Kay, que tentava consolar sua amiga. Naquele dia, todos estavam perplexos e cabisbaixos por terem perdido um dos melhores amigos e um dos melhores super-heróis que o mundo havia visto, pois Aldo não é só destruição, ele também é a luz. 
Depois de ter a certeza de que Aldo deixou realmente a equipe de heróis, Lili retornou até a base dos vilões e informou ao seu mestre sobre o ocorrido:
-Mestre... está feito! – disse Lili curvando-se perante Rael.
-Ótimo! Agora, vamos esperar para agirmos na segunda parte do plano! – respondeu Rael orgulhoso e com sangue nos olhos.

Os Mutantes: O Colar de Aghanim Where stories live. Discover now