"Quando você vem, pra passar o fim de semana..." Claudinho e Buchecha - Quero te encontrar (Segue a linha cronológica do preference "I for you, you for me and God for us")
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Qualquer pausa que tivesse, ele aproveitava para ir visitar a família no Brasil, e lá estava ele há quase 10 dias, aproveitando o calor gritante da primavera paulista.
-Quando Sn chega? - Dona Vera perguntou abaixando o volume do videogame, Gabriel pausou o jogo e olhou no celular. Ela chegaria pela madrugada do outro dia.
-Umas cinco ou seis horas da manhã o voo dela chega em Cumbica.
-Pensei que fosse vir com ela.
Gabriel bufou.
-Era o plano, mas ela teve que ir pro Silício de última hora. Coisas do trabalho, a Sony quer que ela monitore de perto a produção do jogo dela.
-Na Califórnia?
Ele assentiu.
Essa viagem já tinha quase um mês, ela ligava de vez em quando, sempre envolvida no jogo. Ele estava feliz por ela, lógico, mas Sn iria surtar qualquer dia desses, os designers da Sony alteraram o jogo dela em quase 80% sem a permissão da garota. Gabriel viu de perto a fúria de Sn. Ele agradeceu por não ser ele o motivo da raiva.
Ele achava que a mudança dela para Londres daria aos dois um maior tempo juntos, mas era o contrário, era ela raramente tinha tempo. E ele que é o jogador de futebol da relação, teoricamente ele que não deveria ter tempo.
-Você está incomodado não está? - a mulher fez o filho largar o controle e o celular, deitando a cabeça dele em suas pernas.
-Um pouco. Eu tô feliz por ela, é o sonho dela e eu entendo, de verdade. Eu só acho que ela tá sem tempo pra gente. Mãe, sou eu que vivo viajando e quase não paro em casa, mas é ela quem vive sem tempo.
Vera suspirou.
-No começo é assim mesmo, ela tá se impondo no lugar que ela quer. Ela precisa fazer isso e por enquanto vocês vão se ver poucas vezes, falar por telefone vai ser rotina. Mas assim que ela estiver estabilizada nessa nova vida, vai ficar bem melhor. Acredite em mim.
-Espero que seja logo mãe, não quero perder minha namorada pra Sony.
···
Ela tirou a mala de rodinhas do carrinho e tentava a custo não esbarrar nas pessoas. Ela esquecia como o aeroporto de Guarulhos podia ser um porre de gente. E ela odiava multidões. Exceto quando eram de jogos, do contrário, eram o seu pavor. Bocejando e arrastando lerdamente a mala, Sn despertou quando encontrou o namorado no meio do povo com uma plaquinha:
Próxima fase: abrace seu namorado.
Sn correu até ele deixando a mala cair perto de seus pés. Gabriel apertou a garota contra o corpo. Ele havia sentido uma falta desgraçada dela, odiava ficar longe da namorada.
-Senti saudade. - ela falou baixinho - Da próxima vez que eu for pra Califórnia, você vai comigo.
-Vou mesmo. - o rapaz se afastou um pouco, segurou o rosto dela entre as mãos e a beijou. Sn apoiou as mãos nos braços dele e se deixou levar. E daí que estavam num aeroporto? E daí que tinha um monte de gente vendo? Ela tinha passado quase um mês e meio longe dele, e sinceramente, falar somente por telefone quando seu namorado é o Gabriel Jesus é insuficiente. Ela tinha que vê-lo, beijá-lo. Porque é um baita desperdício ver ele e não o beijar. E Sn odeia desperdícios - Também senti sua falta, morena.
Segurou a camisa dele, impedindo-o de se afastar.
-Fiquei quase dois meses sem te beijar, quero recuperar o tempo perdido. - falou rente aos lábios dele.
Gabriel sorriu e deixou a namorada o beijar. Um pedido desses a gente não se nega.
Algumas pessoas passavam direto pelo casal, outras tiravam fotos e observavam o casal. Sn não dava importância. Gabriel muito menos.
···
Por mais que Gabriel tivesse insistido, ela decidiu ficar na casa dos pais, sentia uma falta imensa do calor de casa, Londres não era só chuvosa, era também educadamente fria. Faltava o calor humano que tinha no Brasil, apesar dos pesares.
E com mais insistência ainda ele disse que ficaria ali com ela. Alegando que dona Vera bateria nele com a vassoura caso ele ficasse choramingando por não ter ficado com ela. Não que Sn fosse reclamar.
-Eu tô comendo direito sim mãe... - Sn não duvidava da capacidade da Sra Beatriz em brigar com ela as 7h00 da manhã.
-Você está tão magrinha. Não devia ter deixado você ir pra Londres. Tá passando fome.
-Bia, Sn come mais que eu. As vezes eu penso que namoro um pedreiro chamado Zé. - Gabriel falou - E olha que eu como pra caramba.
Beatriz riu enquanto Sn fazia careta. Ela não comia tanto.
-Vou fingir que eu não escutei. - virou-se pra mãe - Vai dormir mãe, são sete horas da manhã. Quando for umas dez a senhora briga comigo. - beijou a testa da mãe - Senti saudade.
Beatriz abraçou a filha. Tinha orgulho dela, mas se pudesse a deixaria debaixo das suas asas pra sempre.
-Descanse. A viagem foi longa. E quando eu digo descansar, é descansar mesmo.
Deu um olhar atravessado para Gabriel.
-Sei de nada.
Beatriz foi pro quarto e Sn arrastou Gabriel pro dela. O rapaz a abraçou por trás e beijou a curva do pescoço dela, fazendo ela se arrepiar.
-Gabriel... Precisamos descansar.
-E nós vamos... Eu garanto. - tirou a regata que ela vestia - Só não podemos fazer barulho.
-Você não vale nada.
-E você gosta amor.
🍀🍀🍀
Evellyn, minha anjinha eu espero que tenha gostado, demorei dias pra pensar nesse enredo e colocar ele no papel. O título mudou 3 vezes e a música tema 4 (Martell você é indecisa? Não, sim. Talvez. Acho que não. Sei lá) Galeris, o próximo é a continuação de Other (mediante a tantos pedidos) e os três próximos imagines vao ser do Costa, Paquetá e o último é segredo.
