CAPÍTULO 28 - Ameaças

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Começarei a narrar essa parte da história evidenciando dois fatos que devem ser considerados sobre o deus da mentira. Um: ele é extremamente obstinado. Dois: raramente fala a verdade, mas quando isso acontece, pode ter certeza de que manterá sua palavra até o fim.

Como cheguei a tais conclusões? Confesso que este foi um processo demorado que poderia ter sido encurtado se eu não fosse tão teimosa e demasiada orgulhosa. Mas, desdobrarei sobre ele a seguir.

Após o passeio com Balder, depois que Loki saiu de meus aposentos deixando a sua promessa sobre o início de um perigoso jogo pairando no ar. Cheguei à conclusão de que deveria ter levado com seriedade a profundidade de seu olhar recaído sobre mim ao declarar sua ameaça com tanto fervor.

Acontece que, para minha infelicidade, sempre fui puramente orgulhosa e demasiada destemida, portanto, em nenhum momento, deixei me abalar com as curtas palavras de intimidação que Loki proferiu com tanto fervor. Tal lamentável inconveniente relacionado à minha personalidade, ofuscou minha racionalidade, pois nem sequer pude me precaver dos futuros incidentes que a deus da mentira colocou e em meu caminho.

Tencionado a não perder seu tempo precioso, os jogos de Loki começaram no dia seguinte, quando eu já nem me lembrava de sua ameaça.

Em uma determinada noite, eu havia combinado com Acme de fazermos um curto passeio pelas redondezas de Asgard. Assim, quando bateram em minha porta logo pela manhã, acreditei que se tratava de minha amiga. No entanto, ao contrário do que eu esperava, era Balder que inesperadamente viera a minha procura.

— Bom dia. — cumprimentei, franzindo o cenho confusa ao fitar o deus que me encarava com seu exuberante par de olhos misteriosos.

Balder, estranhamente, percorreu seu olhar toda extensão do meu corpo, que se encontrava coberto apenas por uma fina roupa de dormir, e em seguida, mordeu os lábios carnudos em um gesto de puro desejo.

Cruzeiros os braços ao meu entorno, tentando, inutilmente, esconder minha indecência.

— Precisei te ver. — Um sorriso malicioso se apossou de seus lábios — Senti sua falta. — Completou com a voz rouca.

Achei sua atitude um tanto esquisita. Estava certa de que no dia anterior, tínhamos chegado ao acordo de sermos apenas amigos.

— Balder, não é um bom momento. Estou à espera de uma amiga. Então, se me der licença, preciso me arrumar para encontrá-la. — Comecei a fechar a porta, entretanto ele a bloqueou com a mão e rapidamente adentrou no meu quarto.

— Balder... — Tentei chamar a sua atenção, porém fui interrompida pelo deus que agilmente me pegou em seus braços, envolveu minhas pernas ao redor de seu corpo, imprensou-me contra a porta e selou nossos lábios com avidez.

Não perdi tempo analisando aquela estranha situação e reagi dando-lhe uma forte mordida em seus lábios que imediatamente começaram a sangrar.

— Maldição, Erieanna! Isso doeu! — exclamou, o deus, pondo-me no chão, levando as mãos aos lábios machucados.

𝐒𝐀𝐂𝐑𝐈𝐅Í𝐂𝐈𝐎Onde as histórias ganham vida. Descobre agora