Acaba por aquí?

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"Sempre
Quando vou até ti, eu me machuco
Mas eu ainda te abraço com cuidado"

"SempreQuando vou até ti, eu me machucoMas eu ainda te abraço com cuidado"

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A chuva foi inesperada naquele dia. Quando saímos para caminhar, certamente não contávamos com isso. Enquanto corríamos à procura de abrigo em algum lugar do parque, eu e Jeonghan ríamos de toda aquela situação. Pouco nos importava o frio, as roupas encharcadas e o provável resfriado que viria a seguir. Divertíamos-nos, como crianças brincando na chuva pela primeira vez. Por sorte, quando nossas roupas já estavam pesadas demais para continuar correndo, avistamos um quiosque. Fomos até ele, embora, continuar na chuva não fosse uma ideia tão má a nosso ver. Com as mãos apoiadas nos joelhos, estabilizávamos nossas respirações ofegantes, e foi quando me tratei de analisá-lo minuciosamente.

Jeonghan era o estagiário da biblioteca de minha nova escola na Coréia, que acabara se tornando algo perto de um amigo. No momento, ele apertava ainda mais os cordões de ajuste do capuz do moletom, deixando apenas um circulo de seu rosto à mostra. Seus tênis ensopados faziam um barulho engraçado quando andava. Observando toda aquela cena foi impossível evitar refletir o quão fofo e adorável ele se encontrava. A verdade era que Jeonghan era lindo, podendo ser comparado a um anjo sem protesto algum. Seu sorriso era de arrancar suspiros de qualquer um, seus cabelos compridos e sedosos faziam ter vontade de afaga-los, a voz doce e calma podia ser ouvida por horas e horas.

Os pingos d'água estalavam ao chegar ao solo. O céu estava tingido dos mais diferenciados tons de azul, roxo e cinza. Ora ou outra, ouvia-se trovoadas. Estava ficando realmente frio. Enquanto olhava para Jeonghan esfregando os braços na tentativa de esquenta-los, ele nunca parecera tão interessante. Todo aquele cenário deslumbrante dava ênfase a cada um de seus atributos físicos. Eram em momentos como esse em que me dava conta do quanto vinha me sentindo atraído por aquele que considerava como amigo.

-Perdeu algo em minha cara, foi? – ele riu ao perceber que já o encarava há algum tempo.

-Eu? Nada. Não fiz nada. – fiz-me desentendido, com um sorriso bobo esboçado.

Sentamos ao lado um do outro. Ele soprava dentro das mãos juntas para aquecê-las. Eu continuava a observá-lo. Quase que involuntariamente, funguei um pouco.

-Parece que alguém vai ficar resfriado.

-Se eu vou, você também vai. – mostro a língua, e fungo novamente.

-Não vou, não. Estou muito bem protegido, se quer saber – ele da mais um puxão nos cordões de ajuste do capuz – Quem está parecendo uma rena do Papai-Noel é você.

-Eu o que?

-Seu nariz está vermelho, na verdade, seu rosto também está ficando vermelho.

Droga! Sou tão indiscreto tão indiscreto ao ponto?

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⏰ Last updated: Sep 04, 2018 ⏰

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Quando as Flores Murcharem l JunHaoWhere stories live. Discover now