Sonhos Reais, Primeira Parte (CONCLUÍDA)

16- Chocolate Belga

*POV ANDELISE*

No avião tomamos café, escovamos os dentes e dormimos um pouco até que Violetta, uma das mulheres mais lindas que eu já vi, nos acordou.

Eu daria qualquer coisa para ter os seus olhos roxos.

Quando descemos na Bélgica, Collen e Coellane foram nos receber da nossa maneira típica: abraços assassinos.

Menos de meia hora depois que chegamos, Josh chegou e foi recebido da mesma maneira.

Dentro do palácio já estavam Suze, Michael, Misty e Maven que estavam no palácio desde ontem à noite.

Fomos muito bem recebidos pelos meus tios, Tia Amberly e tio Valentim são muito gentis e já me encheram de chocolate quente e de barras de chocolate crocante.

Me lembrei de guardar uma para cada membro da família, mas não foi preciso, Tio Valentim me entregou barras para isso.

Entreguei as cartas de meus pais a eles e fui dar atenção aos meus amigos, faz quase um ano que não nos vemos, já que todos nós fazemos aniversário no final do ano, não tem desculpa para nos encontrarmos durante o ano.

Ficamos conversando enquanto comíamos chocolate, Misty estava nervosa e negativamente eufórica, sabíamos que ia ser um saco de reunião, depois de um tempo conversando, percebi que Maven estava sozinho e isolado em um canto da sala, disse à Kile que ia conversar com ele e pedi licença aos meus amigos.

- Oi Maven. - Eu disse e ele se assustou com a minha presença me olhou de relance com o típico olhar de "o que você quer?".

- Oi Andelise. O que você quer? - Seus olhos castanhos pareciam querer penetrar a minha alma e encontrar o real motivo da minha presença.

Medo.

- Lhe fazer companhia. Está sozinho, não gosto de deixar ninguém sozinho. E hoje você está incluso em um clube secreto, não sabia? - Disse a ele, o mesmo me o melhor de cenho franzido.

- O que?

- Você está incluso no grupo dos herdeiros. É um grupo bem difícil de se adaptar, mas que com o tempo fica mais fácil, isso quer dizer que pode contar comigo e com todos que estão naquela mesa para te ajudar com problemas que outras pessoas não entendem.

- Obrigado Andelise. Só achei estranho você está aqui. Geralmente fico com seus irmãos. - Me explicou.

- Sem problemas Maven, é normal sua desconfiança. Quer um pedaço de chocolate com flocos? É o meu predileto. - Digo oferecendo um pedaço do doce.

Ele me abriu um sorriso e pegou. A melhor coisa da Bélgica é definitivamente o chocolate.

Fomos dormir, pois a reunião era amanhã. Com abraços de saudades matada, e um beijo de boa noite de Kile, fui para cama mais pesada que um elefante depois de comer tanto chocolate.

No outro dia eu acordo e coloco o mesmo vestido que eu usei no dia da aprovação da Lei do Sangue Neutro, Misty diz que traz sorte, um vestido de florido branco e rosa, um casaco de couro branco, o tênis all star e o batom de maçã.

Saio do quarto e vamos para mesa do café da manhã. Gente como esse pessoal é magro? Chocolate! Quase tudo do café da manhã tinha um toque de chocolate.

Depois do café tenso devido à expectativa dos próximos acontecimentos, fomos para a Sala de reunião. E tivemos problemas na porta da sala, e eu achando que a treta só ia ter lá dentro.

Suze, Michael e meus tios já tinham entrado e quando eu e Kile fomos passar, não deixaram o Kile entrar. Mas que bosta é essa aqui?

- Somente membros da realeza podem entrar na reunião. - Disse o guarda.

Quem ele pensa que é?

- Eu Andelise Singer Schreave dou autorização para o meu namorado, amigo da família real e futuro rei de Illéa entrar. O senhor conhece a Lei do Sangue Neutro? Então ela foi assinada pelos seus governantes, meus tios, que dão como punição a perda do cargo de qualquer pessoa que tenha preconceito! O senhor tem algum tipo de preconceito? Sabe que dependendo da situação pode até ser preso!

Misty e Coellane já estava prendendo o riso, Maven gargalhava sem medo.

- Agora ele tem a autorização do príncipe herdeiro, Kile pode entrar. Eu quero que avisem aos guardas que toda vez que qualquer pessoa amigo da família real, da realeza ou não, não deve sofrer quaisquer tipos de preconceito. - Collen disse isso e entrou na sala sem esperar uma resposta. Meu primo é demais.

Eu estava espumando de raiva. Eu lutei desde dos meus seis anos contra o preconceito com meus amigos, com quinze anos mobilizei o mundo para a aprovar a Lei do Sangue Neutro, e aí esse cara quer fazer cagada?

Sinto meus pensamentos serem interrompidos por uma mão em meu ombro, me viro e vejo Kile segurando o riso e me dando aquele seu típico olhar que me faz sentir que sou a melhor pessoa do mundo.

- Não se preocupe amor, use seus gritos para defender sua amiga lá dentro, aqui fora não importa no momento. - Disse segurando meus ombros e fazendo carinho nos mesmos.

- Tudo bem Kile. Só se você gritar também? - Ele abriu um sorriso e entramos de mãos dadas.

Estamos agora encarando o parlamento francês e belga, eu posso ter apenas dezoito anos agora, mas vou lutar pelos meus amigos. Ah, eu vou.