Sonhos Reais, Primeira Parte (CONCLUÍDA)

2- Um café de aniversário extremamente doce

*POV ANDELISE*

Estava correndo para o quarto de Kile pela manhã, já perdi a conta de quantas vezes fiz esse caminho, desviando das pessoas, pedindo desculpas e recebendo "bom dia alteza" de todos.

Hoje estava de rabo de cavalo, um vestido simples florido e descalça, como mamãe ensinou, e dessa vez com um presente na mão.

Nem bati na porta, já cheguei entrando.

- Feliz aniversário Kile! - Gritei e pulei em cima dele que estava em sua cama dormindo.

- Sai Lise! Me deixa dormir! - Ele reclamou puxando as cobertas.

- Não! Hoje é seu aniversário! E estamos de férias!

- Não vamos a escola! - Ele disse.

- Não, mas eu estou liberada das reuniões e você do seu treinamento, apesar que você treina mais nas férias do que em qualquer dia.

- Claro. Serei seu guarda pessoal, tenho que te seguir por aí -Ele disse se sentando.

- Feliz quinze anos - Disse dando o presente.

- Te passei! - Ele fala abrindo o embrulho.

- Só por duas semanas Kile - Disgo revirando os olhos enquanto ele terminava de abrir a embalagem.

Ele viu o presente. Uma miniatura de espada e uma foto nossa quando éramos pequenos.

- Nossa Lise, obrigado. Mesmo - Ele me abraçou e eu retribui.

Kile Woodoork é meu melhor amigo desde que eu nasci, não sei como a minha vida ia funcionar sem ele por perto.

Só depois desse longo abraço que percebi nossa condição.

Eu estava no colo do Kile, e ele sem camisa, foi estranhamente confortável ficar ali sabe?

Sem pensamentos pecaminosos. Somos puros!

- Então... O que vamos fazer hoje? – Perguntou.

- Vamos ficar fazendo absolutamente nada até nossos amigos chegarem.

- Não acho isso necessário. Para que tanto esforço, tanto dinheiro gasto à toa...

- Kile! - O cortei. - Eles querem vir! E não vamos impedir. Para de se rebaixar, somos todos amigos, e quem sabe uma de nossas amigas não escrotas se apaixona por você?

- Futura rainha de Illéa namore comigo? - Sempre fazíamos isso. Era engraçado.

Levantei rápido de seu colo e disse.

- Eu? Com um plebeu como você? Meu pai jamais deixaria! E eu me recuso a ter uma Seleção! Você não tem chance alguma comigo vermezinho.

Sim. Um dos nossos passatempos favoritos era praticar bullying um com outro.

- Retiro o pedido. Namorar você? Escrota, mimada, besta e loira falsificada igual ao rei, todo mundo sabe que vocês platinam o cabelo.

Depois dessa caímos na gargalhada.

- Agora sério. Vamos fazer o que hoje? – Perguntei.

- Vamos comer, depois vamos ver filmes?

- Por mim tudo bem.

- Agora sai. Vou trocar de roupa. - Ele falou.

- É com educação que se pede.

- Mete o pé Schreave.

- Tchau Tames. - Ele não gosta desse nome, lembra a avó dele. Ela não é nem um pouco legal.

Sai do quarto e fiquei escorada na porta, até que ela abriu bruscamente, e eu só não cai porque Kile me segurou.