7- O irmão da minha melhor amiga e eu

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*POV KILE*

A minha melhor amiga é o ser humano mais cego da face da Terra!

Eu mando vários sinais o tempo todo! Toda a vez que brincamos falando que vamos nos casar ou coisa parecida, me pergunto se ela não consegue ver os meus olhos brilhando em expectativa, ou ouvir as aceleradas batidas do meu coração. Quando ela me chamou para dançar com ela nos seus quinze anos eu quase chorei!

Não riam! Isso é bulliyng!

Claro que eu não me sinto assim desde sempre, eu não sei quando ao certo começou, mas não foi a muito tempo, me recordo que até o ano passado éramos somente melhores amigos, só isso e de alguns tempos para cá, ficar perto dela me deixa nervoso, ela sorrindo ilumina o meu dia, ela chorando me tira o chão.

Ontem na hora da festa ela estava estranha e tensa, eu não sabia o porquê, e pelo visto nem ela. Ela quase não aproveitou a festa, ficou cabisbaixa e só fez o que realmente tinha obrigação de fazer. Na hora dos parabéns eu quase morri de vergonha, mas valeu a pena, porque minha reação tirou a sua primeira gargalhada da noite.

Depois da festa ela me chamou para me convencer que estava tudo bem, eu claro que não acreditei, mas não deixei isso claro de jeito nenhum.

Quando ela foi dormir, muito mais cedo que uma debutante normalmente faria no seu aniversário, eu fui falar com a única pessoa que poderia me ajudar naquele momento.

Amberly Singer Schreave.

Amberly conhece o corpo humano melhor do que qualquer coisa nesse universo, estuda muito e sempre tem uma dica que te impede de ir a Ala Hospitalar.

- Amber? – Chamei.

- Não sei o que deu na Lise hoje, ela provavelmente só estava em uma espécie de mecanismo de defesa, pois hoje foi o dia que ela mais foi exposta na vida. Nada de mais. - Diz me olhando como se soubesse que era exatamente isso que eu queira fazer.

- Como soube que eu ia te perguntar?

- Você só vem conversar comigo quando está doente ou quando alguém importante para você está doente. E hoje a Lise estava muito esquisita, então só liguei os pontos.

Para uma menina de nove anos ela é muito esperta, agradeço pela ajuda e vou dormir mais tranquilo.

Amanhã que é realmente o aniversário da Lise, e vou fazer o impossível para ela ter o melhor dia do ano.

Acordo as nove da manhã, Lise só vai acorda as onze, tenho muito tempo.

Tenho certeza que a Tia América quer me deportar, por acorda-la a essa hora da manhã.

- Kile, tem que ser algo muito importante para você me acordar agora. - Ela fala coçando os olhos. - Bom dia querido - Mesmo assim ela me dá um sorriso.

- Queria fazer uma surpresa para a Lise.

- Continue. - Disse a rainha, bocejando.

- Queria saber se vocês têm algo planejado para fazer hoje.

- Não temos nada. Sabíamos que ela passaria o dia com você e seus amigos.

- Ótimo, então coloquem uma roupa normal e peçam para transferir o café da manhã para sala de combate.

Tia América me olhou da mesma forma que eu olharia alguém que me perguntasse se eu sabia plantar banana no deserto.

- Por que? Sala de combate?

- É o lugar favorito da Lise em todo o castelo. Então eu espero vocês lá as onze, mas antes poderia me dá uma autorização oficial?

- Claro Kile - Ela entrou rapidamente pegou um pedaço de papel qualquer e escreveu a autorização para logo em seguida fechar a porta na minha cara.

Sonhos Reais, Primeira Parte (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now