capítulo 7: a dor pode fica maior

12.2K 808 354
                                    

Pisco, incomodada com a luz intensa

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Pisco, incomodada com a luz intensa.

Quando desperto finalmente, percebo que a lâmpada está acesa.

— Que merda eu fiz? — Carter anda de um lado para o outro, com as mãos na cabeça. Já está completamente vestido. Eu, por outro lado, ainda estou nua e meio dolorida depois do nosso momento. — Porra de bebida.

— Carter. — tento chamar sua atenção, mas ele parece cego. Ele dá um murro na parede de gesso, me sobressaltando.

— Porra, porra, porra... Eu não devia ter feito isso. — grita, então se vira para mim.

Recuo e ele se debruça um pouco, de pé ao lado da cama.

Percebo o seu olhar de raiva, que logo é substituído por incredulidade. Carter está encarando o meu corpo deitado sobre a cama: as cicatrizes expostas em minhas pernas e braços.

— Que porra é essa?

Eu puxo o lençol sobre o meu corpo, cobrindo minha pele. Os braços marcados com pequenas linhas ficam visíveis. O cinto de couro do meu pai fez um belo estrago, e fiquei com os hematomas como uma triste recordação.

— Você é maluca! O que você é? Gosta de se machucar? — seu olhar de nojo me quebra e eu aperto os lábios, reprimindo o choro.

Se ele soubesse!

— Não é isso. — murmuro de cabeça baixa. Eu me sento na beirada da cama e ele se afasta de mim.

Carter vira o rosto, encarando a mancha vermelha no centro da cama. Ele fica pálido.

— Você era virgem?

— Sim.

— Por isso me mandou ir devagar. — não parece uma pergunta. — Merda! Por que não me disse isso antes? Cacete!

— Eu esqueci de dizer. — minha voz sai estranha. — Eu só... esqueci.

— Porra. Não acredito que traí minha namorada. Sou um babaca. — ele afasta os olhos de mim. — Traí minha namorada com uma puta maluca.

Suas palavras me atingem como um soco.

— Eu não sou uma puta! Você está me ofendendo, seu idiota. — grito, com os olhos cheios de lágrimas. — Mereço respeito.

— Merece porra nenhuma! Devia ter recusado transar comigo. Sabia que eu tava bêbado.

— Não consegui.

— Você é patética, sabia? — eu o encaro, profundamente machucada. — Uma vadia patética. Aliás, faça um favor para mim. Nada do que aconteceu aqui pode parar nos ouvidos da minha namorada, então fica de bico fechado.

— Eu não ia contar de qualquer forma.

— Acho bom. Lava a merda dessa colcha antes de sair. Tem um banheiro do outro lado do corredor. — diz ele entre dentes, então se vira e abre a porta do quarto.

Perigo IminenteWhere stories live. Discover now