INCERTEZAS

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Ali, deitada em minha cama, pude refletir, como um relacionamento poderia difícil, então me lembro de meus pais, começo a pensar em todos os problemas que eles já tivera em todos esses anos de casados. Pude refletir, sobre meu futuro, será que estou pronta, para levar esse relacionamento adiante, será que estou pronta para perdoar tudo o que minha mãe perdoou. Vou dormir, uma única certeza, que meu amor por Henrique, só cresce a cada dia mais e mais.

No outro dia pela manhã, acordo totalmente disposta a mudar, acordo com uma certeza de que quero fazer de Henrique o homem mais feliz do mundo.
Como para o telefone, ligo insistentemente, mas a ligação era sempre recusada.
Triste, vou para casa de Carla, na esperança de ter um colo amigo.
Ao chegar, começou a explicar tudo o que aconteceu na noite passada.
Irritada, carla não concorda comigo.
Carla: Isso é um absurdo!
Ele quase à estuprou, amiga você não pode deixar isso acontecer.
Eu: Não amiga, foi assim, eu também queria.
Carla não concorda.
Carla: Não amiga, se você disse não, é não!
Me desculpe, mas não concordo com você.
Carla estava realmente chateada, ela defende os direitos das mulheres, e não concordava com essa atitude.
Tento convencê-la, sem sucesso.
Percebendo então, que não teria jeito, vou para casa terminar de arrumar as coisas, para escola.

Chego em casa, almoço, vou ao telefone para mais algumas tentativas.
Eu sabia que estava sendo ignorada, mas precisava conversar, precisava me explicar, não queria Henrique com raiva de mim.
Desisto após a décima tentativa.
Pego minhas coisas, e vou para a escola na companhia de Carla.
Não tocamos mais no assunto, sinto que se acontecesse, poderíamos acabar brigando.

Chego à escola, e o dia se passa normalmente. Fico na esperança de ver Henrique na saída.
Mas ao sair no portão, ele não estava lá.
Vou então para casa sem Carla, e volto ao telefone.
E novamente não sou atendida.
- Meu Deus porque ele não me atende?
De certo, está com muita raiva. Preciso conversar.
Decido então e até sua casa.
Espero dar 20:00hs, seria mais certo pois, ele estaria em casa após o trabalho.
Ao chegar, a casa estava vazia, os carros dos pais de Henrique, estavam na garagem, mas o dele não.
Volto para casa intrigada, onde estava Henrique?

Fico em casa pensativa, até que recebi o telefonema de meus pais.
Estavam bem, felizes, obviamente eu não contei o que acontecera na noite passada.

Estava pensativa deitada no sofá, quando  o telefone toca, vou atender pensando ser meus pais novamente. Mas minha grande felicidade, era Henrique.
Meu coração, quase saiu pela boca.
Eu: Amor que saudade!
Fiquei te esperando na escola, o que aconteceu?
Henrique: Ah precisava de um tempo.
Fico em silêncio por alguns instantes, minha felicidade foi murchando.
Eu: Mas tempo? Como assim?
Henrique  rapidamente respondeu sem pensar.
Henrique: Tempo Ana, tempo!
Percebo que ele ainda estava irritado.
Não sabendo mais o que fazer, continua o assunto.
Eu: E você como está?
Ele muito sucinto responde.
Henrique: Bem!
Continuo puxando assunto, preciso quebrar o gelo.
Eu: E seus pais, como estão?
Henrique continua chateado.
Henrique: Bem!
Ainda intrigada, continuo.
Eu: Fui até a sua casa, queria te ver, mas não estava.
Henrique: É, eu saí do trabalho, fui dar umas voltas de carro, não queria te ver. Ainda estou chateado por ontem.
Tentando me desculpar, tento mais reconciliação.
Eu: Eu quero te ver, preciso dos seus beijos, saudades.
Henrique: Hoje não, vou sair com uns amigos, preciso arejar a cabeça. Amanhã a gente se fala Ana.
Sem que eu pudesse responder, ele desliga na minha cara.
Me sinto péssima, ia sair sem mim, nem me disse onde vai.
Fico em casa com a cabeça à mil. E com a certeza de minha culpa.
Não sabia mais o que fazer, então ligo para Carla, precisava conversar, e não podia ser com meus irmãos, nem com meus pais.

Eu: Amiga, estou muito mal. Acabei de falar com o Henrique, ele ainda não me perdoou.
Carla: Te perdoou?
Você tá doida?
Já disse que quem deve pedir perdão é ele. Amiga vem dormir aqui.
Estava mesmo muito sozinho em casa, meus irmãos raramente ficavam comigo, e sem meus pais, a casa estava silenciosa demais.
Pego minhas coisas e vou.
Como era bom ter um ombro amigo de Carla, mesmo não concordando comigo, fazia de tudo para eu me sentir bem.
Carla: Amiga vamos falar de outras coisas, coisas boas, vamos falar de gatinhos?
Você viu aquele garoto novo que entrou na escola?
Eu sabia de quem ela estava falando, mas sempre me fazer de boba, para encerrar o assunto.
Eu: Não amiga não vi.
Não sei se ela sabia que eu mentia, mas ela sempre explicava tim-tim por tim-tim. Até eu dizer que me lembrava.

E assim foi a noite toda. Não dormimos, foi ótimo ficar acordada papeando, só assim esqueci de Henrique.
Quando demos conta já estava amanhecendo.

Fomos para a piscina e ficamos lá, até dar nosso horário.

Ainda estava inconformada de Henrique ter saído sem me dizer onde e com quem, mas não pude fazer nada. A não ser esperar ele voltar e me perdoar.

Fomos para escola, e eu continuei contando os minutos para o horário da saída, ava com esperança de ver Henrique no portão à me esperar. E dessa vez, meu coração estava certo, ele estava no portão, lindo como sempre, me esperando.
Fui até ele, e lhe dei um grande abraço, sentir seus braços fracos a me abraçar, não respondia meu beijo.
Eu: Ah que saudade amor!
Sinto sua mão me afastando.
Henrique: Ana vamos devagar, acho melhor a gente manter um pouco de distância.
Precisamos conversar.

O INÍCIO DA METAMORFOSE 🦋💜Onde as histórias ganham vida. Descobre agora