SINAL VERMELHO

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Seguimos o caminho que não é tão longo, conversando sobre a decisão de meus pais, Henrique me dando apoio como sempre.

Ao chegar em sua casa, encontramos com seus pais, que estavam de saída. Com isso, meu coração novamente acelerou e eu sabia o quão perigoso seria estar a sós com Henrique.
Ao me aproximar vejo que seus pais eram também meus conhecidos de vista.

Henrique se aproxima e nos apresenta.
Henrique: Mãe, pai, essa é Ana, o amor da minha vida.
Ana, esses são meus pais, Jorge e Cássia.
Seus pais então se aproximam e me cumprimentam.
Jorge: Prazer Ana!
Seja bem vinda.
Cássia: Prazer Ana, Henrique fala muito bem de você.
Estamos de saída e bem atrasados, mas pode ficar à vontade. Tem pizza na geladeira.
Vamos marcar um jantar aqui para nos conhecermos melhor.
Me sinto amada por todos.
Eu: O prazer é todo meu, eu adoraria um jantar com vocês.
Henrique também me fala super bem de vocês.
Os abraço e eles seguem seu destino.

Henrique me puxa para dentro de casa, e ainda na sala já começa a me beijar, seus beijos estavam mais fortes, sua língua mais rápida.
Descendo sua mão pelo meu corpo, e subindo meu vestido, eu não sabia ao certo o que fazer.
Fiquei imóvel ao seu toque, até que fica mais forte, sinto um calor que me aquecia por dentro e não consigo o parar.
Até que me lembro de meu pai e consigo me soltar.
Eu: Calma amor, vamos beber água, estou com sede.
Minha garganta seca não era sede, eu sabia o que estava sentindo. Mas não podia deixar que nada além acontecesse.

Seguimos para a cozinha.
Henrique: Sinta-se em casa. Pode pegar água, quer comer alguma coisa.
Eu: Não só quero água mesmo.
Me viro para pegar água, e Henrique me pressiona contra a geladeira, puxando novamente meu vestido para cima.
Ao ver minha calcinha ele solta um gemido seguido de uma frase:
Henrique: Nossa amor, você vem querendo me matar, não consigo resistir.
Ele me pega por trás e me pressiona contra seu corpo.
Desço meu vestido e consigo me soltar.
Sinto que seria assim por toda a noite então tento explicar.
Eu: Amor eu não estou pronta.
Ele me olha, solta um sorriso de canto de boca e diz:
Henrique: Não vamos fazer nada demais. Só quero te dar uns amassos Ana, quero sentir seu corpo.
Ao término da frase já me puxa para seu quarto e me coloca sentada em sua escrivaninha.
Me olhando fixamente, me beija e enquanto seus lábios está contra os meus diz:
Henrique: Amor eu te quero.
Sinto meu corpo responder à frase, sinto arrepios e sei que também o quero. Mas o medo ainda me deixava tensa.
Eu: Calma amor. Vamos tomar um ar.
Meu pedido é totalmente  ignorado e minha boca silenciada por um longo e caloroso beijo.
Henrique: Não, não vou te deixar sair.
Quero você Ana, quero você agora!
Sinto que seus beijos estavam fortes a ponto de machucar meus lábios.

Henrique segura minhas mãos para trás e beija fortemente meu pescoço.
Sua mão desce e entra em minha calcinha.
Eu sinto o toque, mas não quero agora. Não assim.
Eu: Não!
Eu não quero Henrique, me solta.
Grito e começo a chorar, não sabia mais o que fazer para ele parar de me beijar.
Até que ele para e me olha triste, parece que não entende.
Eu desço da escrivaninha e meus lábios doem, ainda chorando arrumo meu vestido.
Henrique se aproxima.
Henrique: Amor, calma!
Eu não ia fazer nada demais.
Vai me dizer que nunca deu uns bons amassos sem fazer nada além?
Olhando em seus olhos e com raiva digo:
Eu: Não, nunca!
E não quero.
Se aproximando ele diz:
Henrique: Eu sei a hora de parar.
Você me assustou Ana, não quis te machucar, nunca vou te machucar.
Meus olhos fixos nos dele, consigo ver verdade em suas palavras.
Me sinto culpada pela cena constrangedora.
Eu: Eu sei que não quer me ferir, mas estou assustada.
Ele se aproxima um pouco mais, se senta na beirada da cama, bem próximo a mim,segura minha mão, dá um tapa em sua própria face.
Não entendo e me sento ao seu lado, parecia que ele precisava se punir.
Mas a culpada fui eu.
Tento consola-lo.
Eu: Calma amor, porque fez isso?
Ainda chorando eu limpo minhas lágrimas, não queria que ele se sintisse ainda mais culpado.

Henrique me abraça e diz que nunca mais me tocará daquele jeito.
Eu: Ah amor, também não é assim, podemos ir devagar. Eu te amo e quero sim seus toques.
Mas tudo na hora certa.
Ele continua, parece surtado com minha atitude.
Henrique: Não Ana, eu não te mereço, eu não quero mais isso. Vamos terminar, eu não presto!
Eu o abraço, não quero terminar.
Eu: Não amor, você é ideal. Eu que sou imatura. Mas prometo mudar isso.
Termino a frase me sentando em seu colo, o beijando tão forte quanto antes, coloco sua mão em minha cintura movimentando meu quadril sobre ele, tento voltar ao mesmo clima que estávamos.
Mas percebo que ele não queria mais.
Sinto que estraguei nossa noite.
Ele me coloca sentada na cama e vai até a televisão, me deixando ali, parada, sem reação.
Henrique: Vamos ver um filme, quer desenho animado ?
Sinto um tom de ironia em sua voz.
Ele então coloca a primeira coisa que vê passando e se deita.
De certo aquela noite estava acabada.
Me deito ao seu lado, e sem pensar ele se afasta, deixando um vazio entre nós.

Ficamos assim por mais de uma hora, até que enfim Henrique se levanta e diz que precisa me levar para casa. Eu estranho, já que meus pais não estavam, sabia que poderíamos ficar mais tempo.
Mas percebo que a noite acabou-se quando por ser infantil demais eu fiz drama.

Vamos para casa sem darmos uma palavra. Ao chegar no portão, ele me deixa e sai com o carro sem se despedir.
Me sinto mal, culpada.
Vou para o quarto e meu único desejo é chorar.

O INÍCIO DA METAMORFOSE 🦋💜Onde as histórias ganham vida. Descobre agora