♡ Nothing Without You (Panwink) ♡

Capítulo 12

No dia seguinte vou até aquela merda de lugar. Calma, eu não vou baixar minha guarda. Ele terá o que deveriam ter lhe dado a tempos.

Chego ao local e todos olham para mim, alguns se levantam talvez pela surpresa. Eu cheguei um "pouquinho" mais cedo que o combinado. Quando fui de abrir a porta da sala de Ong, um de seus escravos fala:

-ele não está e você não pode entrar.

-sim eu posso, eu vou esperar por ele.

Antes que o homem me alcance eu entro e tranco a porta da sala. Seong nunca deixou sua mesa bem arrumada, pego alguns e leio um daquela porcaria de relatório, jogo no canto e sento em sua cadeira. Sempre quis saber o que ele tanto mexe nessas gavetas, então as abro, será que ele sabe manusear essa gaveta ou o que tem nela?

-olha que delícia... -pego meu celular e tiro foto da gaveta, e da sala certificando que a prova mostrará ser de sua propriedade.

Pego a arma a olhando e sem querer o cartucho sai dela. Pego e esvazio antes de devolver a pistola. Deixo em cima da mesa e dou uma olhada no estante de livros e fotos, não é uma sala grande mas tem grandes momentos registrados desse adorável homem. 

É uma sensação ótima poder bagunçar tudo isso, como ele bagunça a vida das pessoas que ao menos conhece de verdade.

Ele não tem segurança em seu computador, um completo babaca. Dou uma revistada em tudo que há nisso, olha tem as notícias falsas sobre mim e várias pessoas aliás, um bloco de notas... ele realmente não quer parar. 

A porta se abre, pego a arma e aponto para o homem escroto em minha frente.

-Jihoon, qual é, isso não combina com você. -Ong se rendendo com as mãos e dando um passo para trás.

-é assim que se usa? Assim que queria fazer comigo? -Sorrio, é de nervoso, nunca peguei e muito menos ameacei alguém com isso.

-você não tem a noção de usar isso.

Puxo o gatilho.

-oops!

-eu te conheço, garoto!

-você não conhece! -vou até ele e se escora na parede enquanto aponto a arma para a sua cabeça.- diz que me conhece depois de falar tão mal de mim para os outros? O que queria falar comigo? Vamos terminar isso logo.

Ficamos em silêncio e então me afasto sem tirar ele de minha mira.

-me desculpa.

Com a minha mão trêmula solto um tiro sem pensar, infelizmente ou felizmente acertou a parede. Continuo a apontar para ele.

-não aceito. 

A sala é invadida por dois de seus empregados e eles vêm até a mim mesmo mirando para eles e atirando sem bala alguma. Aquela era a única bala que deixei.

Eles pegam minha blusa e me jogam contra a mesa me acertando socos na cara e minha barriga doi, tento praticar minha prática em boxe mas para esse momento é inútil.

Me encontro no chão e assim Ong se pronuncia, o vejo se abaixar ao meu lado.

-você é um fraco e eu vou acabar com você. -ele me levanta e assim o empurro e dou um soco em sua cara, outro em seguida. Isso doi, ele retribui em meu rosto e os homens me tiram de sua sala.

Sou jogado na porta daquele maldito lugar, pego minha bicicleta e saio. Meu celular toca, não consigo pedalar muito pela dor. Atendo a ligação e ouço a voz de quem pode me ajudar agora.

...

-por que você se meteu nisso? -Daehwi fala passando um paninho em meu rosto, limpando meu ferimento no rosto. Arde demais, minha mão enfaixada dói, meu estômago doi. Não importa o quanto eu apanhei, foi prazeroso dar aqueles socos.

-eu não imaginei fazer aquilo, foi tudo no momento... como eu iria saber que ele tinha uma arma?

-mesmo assim, você vai apanhar de mim se isso acontecer novamente.

Dou uma risada e ele me da um tapa na cara, desgraçado isso dói. 

-fique longe dele, isso tudo vai se resolver um dia. -ele termina e guarda a caixa de primeiros socorros.

Recebo uma mensagem.

[Guanlin]: ei você pode vir aqui amanhã?

[Jihoon]: não sei, eu vou pedir para o Daehwi.

O garoto volta para o meu lado atrás da bancada e atendemos os clientes que estavam ali a um tempo, procurando por algo.

-eu preciso ver ele amanhã.

-você precisa ou quer? -ele me olha arqueando a sobrancelha. 

-preciso e quero... 

-espero que não continue isso por muito tempo, não é sempre que o Jin pode vir me ajudar.

-é só vocês pararem de brigar! -pisco o olho e ele suspira abaixando a cabeça, abraço o garoto magro e beijo sua cabeça.- vocês vão se resolver, como eu irei resolver isso o que está havendo comigo e Guanlin.

-e como está?

-bem porém estranho não sei, ele disse que me ama...

-oh bom saber mas perguntei como ele está.

-desculpa.

-voce ama ele?

-amar como fã? Sempre amei, mas agora é diferente, não sei como dizer...

-entendo.

Daehwi é um ótimo amigo, resolvi ir logo para casa e dormir para ir cedo ver o Sr.Lai. 

...

-ei... como vai? -entro no quarto e abraço o rapaz que está sentado na cama tomando sua sopa.

-estou um pouco melhor! -seu sorriso é muito adorável, beijo sua testa e então me deito ao seu lado.

-o que aconteceu?

-como assim?

-com você! -ele toca minha ferida no rosto e pega minha mão engessada.

-uma briga ai...

-me conta! 

-ah... -fecho meus olhos. Não quero que ele se meta nisso, é perda de tempo.- ele tinha uma arma e eu tentei me defender.

-ele quem?

-o homem que faz tudo isso sobre você, eu... nós. 

-voce conhece ele?

-eu trabalhei pra ele, um tempo...

-você nunca me contou, por que? -aquela carinha de tristeza me deixou para baixo.

-eu não queria que pensasse algo que eu não sou... eu tive medo.

-você não confia em mim?

-Guan! 

-Jihoon? 

-eu não quero mais problemas. -me levanto e sinto minha mão ser puxada levemente.

-difícil, mas eu vou entender. -ele sorriu de canto.- agora me diga!

-ele tinha uma arma e tentei me defender quando ele chegou, não sei ao certo o que deu, pareceu legal pegar aquela arma, ele queria falar comigo mas por quê daquela arma? Claro que usaria comigo.

-você deveria acalmar suas emoções.

-acho que não adiantaria, eu sou fraco... os homens que trabalham pra ele, tipo segurança sabe? Eles me bateram. Mas eu pude dar dois socos nele! É muito bom!

-prefiro que fique na sua... vai sobrar mais para você, tudo isso foi desnecessário.

Fiquei quieto, não tinha mais o que falar, ele estava falando uma verdade que me dói.

Ele parecia nervoso, eu apenas abraço ele, ele suspira e me abraça também.

-desculpa! 

Verdades doem quando acabamos aceitando elas.