Contos Lutávio

Paixão e Preconceito

  N.I.A: Quando escrevi essa cap,não sabia que Otávio era órfão,então perdoem este errinho.

Fazia um ano que a felicidade pairava sobre o Vale do café,o filho de Lídia e Randolfo havia nascido,a pequena Ofélia,que crescia com esperteza e amor.O casamento de Mariana e Brandão não podia estar mais feliz,o clube de corrida,que agora aceitava moças - para relutância de alguns - continuava tendo Mariana como campeã,os dois amavam viver aquele amor cheio de riscos,sobre uma motocicleta,Brandão e Mariana viviam viajando,conhecendo lugares,provando sabores,experimentando coisas novas e voltando cheios de histórias pra contar.

  Fazia um ano que Luccino e Otávio namoravam em segredo,um segredo que era dividido apenas entre os dois,o Coronel Brandão,Mariana e o amigo de Otávio,Randolfo.

  Os dois viviam em felicidade constante,na frente dos outros,apenas bons amigos,que se encontravam na casa de chá com Brandão e Mariana,mas se estavam sozinhos ou com os seus amigos já citados,eram dois apaixonado , trocando carícias discretas,como qualquer casal normal,tanto Brandão como Mariana aceitaram e incentivavam a relação. Brandão,que no começo apenas não se importava com quem Otávio estava,foi aos poucos,se afeiçoando e incentivando aquele amor dos dois,igual Mariana,que sempre torceu pelos dois,agora,o casal incentivava os amantes secretos a oficializarem a relação. Luccino brincava dizendo "Otávio é que demora a pedir minha mão",Otávio ria e retrucava,mas a verdade é que eles se preocupavam.

Qual seria a reação dos pais de Luccino e Otávio ao vê-los casando-se um com o outro ? O que diria o retrógrado e preconceituoso povo do Vale do café ? Será que eles poderiam entrar na igreja ?

Os dois escondiam essas perguntas de todos,até um do outro,mas era difícil guardar aquele amor tão puro e intenso que os dois tinham um pelo outro, era ótimo quando estavam juntos na oficina,na casa do coronel e até mesmo no quarto de Luccino, quando permitia o horário. Os dois se amavam de todas as formas possíveis,um amor puro,imenso e já consumado pelos dois.

Os dois aproveitavam cada segundo pra ser ver,os treinos - que davam bons resultados - de direção de Otávio,as aulas de esgrima de Luccino,tudo era motivo e desculpa para se encontrarem,Luccino ficara bom na esgrima,o mesmo acontecera com Otávio na direção. Os dois eram um casal poderoso,que sem nenhum segredo entre eles, se fortaleciam a cada beijo , a cada carícia e palavra afetuosa que diziam um para o outro.    Aquele era um amor forte e imenso, que já não aguentava se limitar ao encontros escondidos dos dois.Era como manter preso um belo pássaro,uma hora ele teria de sair e mostrar a todos o seu canto,mas Luccino e Otávio não sabiam se todos gostariam do canto deste pássaro.

Com toda essa tensão que os rodeava , eles preferiam esquecer e apenas sentir aquele sentimento tão intenso que tinham,esta era a intenção de Luccino,ao marchar pra casa do Capitão Otávio,apenas para vê-lo, sem motivo algum.

O capitão,que acabara de terminar de cozinhar o jantar,se perguntou quem poderia ser,ao abrir a porta,deparou com aquele belo par de olhos negros pertencentes a Luccino, o capitão não pode evitar o sorriso enorme,era o efeito do olhar de Luccino,aquele olhar doce e sutil rendia Otávio,o fazia submisso,era algo doce e puro,os olhos do Preccieli,Otávio se ajoelharia aos pés de Luccino se ele pedisse com seus olhos. Motivo de tanto apreço ? Simples,os olhares que os dois trocavam em público era o modo mais discreto de se amarem,os olhares apaixonados de Luccino para Otávio o faziam corar,então o capitão foi aprendendo a amar o olhar puro de Luccino, Otávio seria capaz de tudo por aqueles olhares tão preciosos.

— Luccino, que bela surpresa! — Otávio abraçou Luccino de um jeito forte,sentindo o perfume do italiano invadir suas narinas. — Entre, por favor.  — Luccino adentrou e colocou sua boina no cabide,enquanto Otávio colocava outro prato na mesa.