35- don't look at me like this...

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Kim Jisoo p.o.v

Seungcheol desfez o abraço ao perceber que minha atenção estava inteiramente voltada para o aparelho, ele olhou com sua expressão desapontada, mais do que conhecido por mim. Sorri como um silencioso pedido de desculpas, que também era algo mais do que conhecido pelo mais novo.
Deslizei o dedo pela tela do meu celular levando-o até a orelha.

- Alô? - Perguntei esperando pela resposta do outro lado da linha.

- Alô, senhorita Kim?

- Sim, sou eu. - Respondi rapidamente evidenciando toda minha curiosidade.

- Aqui é o senhor Park. - Fiquei em completo silêncio revisando todos os "Parks" que eu conheci, e para falar a verdade, era uma lista bem extensa.

- O CEO da JYPE. - Ele esclareceu e eu me segurei para não soltar um "aaaah".

- Bom dia senhor, algum problema?

Revisei minha mente me perguntando se esqueci de deixar ou levar algo na JYPE, nada estava errado... Pelo menos não de acordo com meu cérebro.

- Creio que não, peço que venha buscar sua carta de recomendação.

Meu rosto se iluminou com a notícia me fazendo abrir um grande sorriso e esquecer de falar algo por alguns segundos.

- Afinal, nessa... Situação, é o mínimo que eu posso fazer.

- Obrigada! Muito obrigada!

Exclamei animada, extasiada, eufórica e qualquer outro adjetivo que você conseguir inserir aqui! Imaginei cada porta que se abririam para mim com aquele pedaço de papel mágico.

Corri até meu quarto colocando a carteira as pressas na bolsa e a jogando em meu ombro, corri de um lado para o outro até que meu irmão, confudo e imóvel no mesmo lugar até então, colocou a mão em meu ombro me fazendo parar.

- O que foi? - Seu rosto expressava sua confusão.

- O senhor JYPzão vai me dar uma carta de recomendação!

Falei entusiasmada.

Ele riu e completou com meu pensamento.

- Até rimou.

Ele sorriu compartilhando da minha felicidade e se divertindo com minha confusão. Essa notícia me distraiu do fato que meu irmão estaria deixando a casa.
Depois de quase colocar até meu aspirador de pó dentro da minha bolsa saí de casa pulando os degraus e apertando o passo até o ponto fe ônibus, nada além da minha ansiedade falando alto.

Desci no meu ponto com meu intusiasmo e meu sorriso intactos, meus pensamentos se mantinham otimistas já que era uma carta de uma das empresas mais influentes do país. Fui até o balcão onde a atendente estava, já me esperando.
Minha ansiedade não deixava nem que eu esperasse o elevador, meus pés batucavam no chão nervosamente até que eu decidi ir de escada. A conversa com o CEO foi breve, ele relutou em me entregar a carta e me olhou cheio de pesar dizendo que era muito difícil abrir mão de alguém como eu, sorri com suas palavras e ele me desejou tudo de bom. Assim eu deixei seu escritório e desci as escadas encarando aquele papel como um bilhete de loteria premiado.

AUTORA P.O.V

Jisoo ainda concentrava cem por cento de toda sua atenção em sua carta de recomendação, atônita a todo detalhe a sua volta, até mesmo alheia a presença de Jinyoung que começou a segui-la silenciosamente a observando com a mesma atenção dedicada à carta.

- O que está causando tantos sorrisos para minha namorada? Estou quase com ciúmes de uma folha sulfite!

Ele disse impaciente se colocando na frente da garota que de assustou mas logo envolveu seu pescoço com os braços deixando seus rostos muito próximos, Jinyoung diminuiu ainda mais a distância envolvendo a cintura da morena.

- É uma carta de recomendação... Yeahh - ela imitou uma torcida esportiva enquanto ele sorriu observando a felicidade da namorada, ele sempre achou o humor dela contagiante e era uma das características que Jinyoung mais admirava em Jisoo. "Como algo tão simples e sem garantia nenhuma pode a alegrar tanto?" ele pensava.

- Vamos almoçar juntos? Estou morrendo de fome e talvez de saudade.

Ela concordou rapidamente indo para seu lugar favorito da empresa, uma das salas de prática. Ela adorava aqueles espaços vazios e cheios de espelhos, ainda mais se estava com Jinyoung. E aquela sala no porão era sua favorita, já tinha comido, dançado e feito algumas coisas a mais... Coisas bem memoráveis.

- Seungcheol entrou para a pledis, daqui a pouco ele vai sair de casa.

Jisoo compartilhou com ele, que automaticamente percebeu a tristeza em sua voz. Ele comprimiu os lábios em um sorriso doce, como sempre fazia quando achava que Jisoo estava mal, e pegou uma de suas mãos para chamar a atenção dela.

- Ele já é um adulto, e vai te ver muitas vezes também.

- Eu sei. - Ela sorriu brevemente, o sorriso do Jinyoung teve um pequeno sucesso. - Só não estava esperando que ele saísse de casa tão rápido... Eu esperava uns trinta, entende?

Ele riu fazendo o sorriso de Jisoo aumentar, ela também amava o sorriso dele assim como cada ruguinha que se formava perto de seus olhos quando ele o fazia.

- Jisoo... - Ele começou sem saber como iria continuar a frase, o sorriso dela para ele era algo tão lindo que seu coração doía só de pensar que ele poderia arrancá-lo. - Eu e os meninos vamos entrar em turnê mundial, serão uns quatro meses mais ou menos.

Ele falava baixo como se a notícia se tornasse menos dolorosa esperando alguma reação de Jisoo, seus olhos estavam brilhando pelas lágrimas não derramadas e ela se perguntava o porquê de tantas despedidas. Seu irmão e seu namorado...
O coração da garota parecia estar sendo dilacerado mas ela repetiu para ela mesma "vai Passar" e assim acreditou em suas palavras respirando fundo guardando as lágrimas para depois.

- Isso aconteceria uma hora ou outra de qualquer forma.

Ela sorriu... Tudo que ele menos esperava era que ela falasse isso mas isso o deixou imensamente feliz. Jinyoung puxou Jisoo para seus braços prometendo falar com ela pelo skipe e contar sobre os lugares novos.
Seus olhos brilharam e ela pediu para que ele contasse o que ele já tinha visto já que ela não conhecia nada além da Coréia.

Ele passou longos minutos narrando suas aventuras que deixavam ela maravilhada, o tanto de informações e culturas que ele carregava a fazia ficar tonta e pensar a cada segundo como ele era inteligente.
A tarde Dos dois se passou ali mesmo, sendo preenchida de conversas, sorrisos e muitos beijos. Só eles dois e as embalagens vazias de comida.






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