Crianças Iludidas - Madame Stacy.

A DÚVIDA

Passava pouco das quinze horas quando Stacy finalmente tem notícias da Ana. Por meio de uma ligação confidencial, a pequena Ana, berra apavorada. Sem saber o que fazer e sem entender quem poderia sequestrar a garota, Stacy, corre de volta a mansão do seu antigo marido - com certeza ela está com ele.

Não demorou muito e já estavam os dois frente a frente.

- Fala logo o que você quer! - Cede Stacy.

- Eu nunca escondi de você as minhas intenções, mas confesso que estou surpreso com sua visita - fala Ramiro enquanto se aproxima de Stacy. - Não sabia que tinha gostado tanto da nossa noite de... amor!

- Você me dá nojo - ela se precipita e cospe bem na cara dele.

Enquanto limpa o cuspe, Ramiro, volta a se sentar na sua enorme poltrona chique.

- Fala logo o que veio fazer aqui sua vadia! - ordena ele.

- Vim buscar a Ana. Aonde ela está?

- Mas quem é Ana? - Gargalha Ramiro, o sarcástico.

- Não seja Hipócrita, Ramiro, eu vim busca-la agora e não vou medir esforços para tê-la de volta. Então é meu corpo que você quer?! Faz o que você quiser comigo, mas... deixa ela, por favor!

- Apesar de que eu poderia pagar para penetrar em você novamente, eu não sei sobre o paradeiro dessa tal Ana.

- VOCÊ SABE! - grita, Madame Stacy.

- Olha, Stacy, eu te amei essa vida toda. Você mais do que ninguém sabe o que tanto deixei de lado e tudo que enfrentei para me casar com você, mas você nunca me satisfez. Eu dei tudo que o miserável do seu pai não podia te dar. Eu te levei para lugares que jamais iria. Respeitei seu tempo. Me doei e você nem ao menos foi minha uma noite sequer. Seu pai te vendeu por conveniência e eu a comprei, então não importa o que você faça agora, sempre será uma vadia.

Por alguns segundos Stacy paralisa enquanto fixa fortemente seu olhar ao de Ramiro. Ela se aproxima lentamente de onde ele está sentado e de repente:

- Vai se ferrar seu idiota! - ela mete um tapão na cara de Ramiro.

Com classe e elegância ela deixa a mansão do poderoso sarcástico. Magoada por tudo que ele disse na sua cara e ainda mais triste por está voltando sem Ana.

O celular volta a tocar, novamente uma chamada confidencial. Ela atende. Dessa vez é uma mulher de voz grave e vibrante na linha.

- Quem está falando? Eu te conheço? - pergunta Stacy.

Foram segundos de conversa. O sequestro de Ana não foi ideia de Ramiro, pelo menos foi o que a voz misteriosa deixou a entender. No entanto o que deixa a Madame ainda mais cismada é o fato de que a tal mulher a conhecia muito bem, ela sabe o seu nome, número do celular e até o endereço, porém, Madame Stacy, não faz a mínima ideia de quem poderia ser a autora desse sequestro nem os motivos para isso.

Após chegar em casa e checar se todas as meninas estavam bem, ela corre para relatar o ocorrido ao seu pai, ele seria a única pessoa na qual pode confiar, pensou ela.

- Quanto? - pergunta Croffsman.

- U$200.000,00. Até essa noite.

- Como vamos conseguir esse dinheiro?

- Eu não sei pai, estou desesperada - desaba, Stacy.

Nunca houve uma só vez em que estivesse sozinha, não importa se estava em uma sala vazia ou assistindo um filme com cinco crianças. Pela primeira vez, Stacy, a filha do senhor Croffsman, suspirou e disse: - Eu não sei!