o milionário

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O milionário 5
Isis
Cheguei ao quarto do Joel muito rápido, vestindo apenas a camisa de seu pai, cabelos bagunçados e ainda atordoada pelas carícias daquele homem, percebi que atrás de mim estava o Marte observando cada passo meu... seu cabelo estava igual ao meu e seu olhar ainda queimava, porém ele disfarçava melhor que eu, sentei na cama de Joel, ele ainda estava bem assustado.
- Então amigão, o que aconteceu, você está bem? - Perguntei querendo saber o que estava acontecendo.
- Sim Isis, tive um pesadelo e quando acordei senti que alguém me olhava, estou com medo! - Ele respondeu assustado.
- Tudo bem pequeno, irei dormir com você hoje, só pegarei meu colchão e já volto. - Falei me levantando.
Marte observava nossa conversa, pela primeira vez o vi relaxado, apenas um homem, um pai zeloso e não aquele cara seco e rabugento, enquanto eu seguia para meu quarto, percebi que ele conversava com o Joel, não demorei. Estava voltando para o quarto do pequeno quando o Marte tomou a minha frente e com o semblante aflito me disse olhando diretamente em meus olhos, seus lábios pareciam não querer de pronunciar, porém eram obrigados.
- Isis, o que aconteceu em meu quarto foi errado, eu peço desculpas, foi muito atrevimento de minha parte. Aquilo não acontecerá de novo... foi um erro! - Ele respirou e sou voz saia trêmula.
E seguiu! Meu coração se apertou e meus se olhos encheram de lágrimas, claro! Lógico que um homem desses jamais iria olhar diferente para mim, tão desajustada, tão simples, sem graça.
Entrei no quarto do Joel que já dormia, aquela noite foi tão longa pra mim, que parecia uma eternidade, relembrando cada toque cada reação, como eu o desejei me sentindo dele como jamais fui de outro, e depois o banho de água fria.
Um novo dia começou, já fazia uma semana daquela noite, o Marte mal falava comigo quando entrava em um cômodo o qual eu estava ele saia de lá ficava incomodado, mas bem... passei a deixar pra lá e focar apenas no meu trabalho, no que realmente era responsabilidade minha, o Joel. Sentei no chão do seu quarto, o pequeno estava menos triste hoje, estudando inglês
- Isis, porque você não me ajuda em inglês?
- Desculpa Joel, eu sei apenas o básico, você já fala fluente ... como vou te ajudar? - Falei um pouco desanimada.
- Quer que eu te ensine? Agora você terá que me pagar - Ele riu.
- Então pequeno, tenho que dá meu salário a você? - Perguntei enquanto pintava um desenho da mulher Maravilha feito por Joel.
- Não boba, pode me pagar de outra forma, me leve pra fora no Jardim... eu quase nunca vou lá! - Ele estava animado.
Parei a pintura e o olhei bem nos olhos, ingênuos, mas cheios de esperança, aquilo me tocou.... algo tão simples, mas de fato algo difícil para o Joel fazer sozinho. Arrumei o Joel e lá fomos nós, ele cheio de protetor solar e um enorme chapéu que eu arranjei com uma das empregadas, eu vestia um vestido florido e um pouco curto para aqueles dias de sol e muito calor.... nossa como esse jardim é lindo! Começamos a correr por ele, o Joel encostava ás pequenas mãos sobre as rosas que passávamos pelo caminho que mais parecia um labirinto, eu o empurrava em sua cadeira de rodas, era tão divertido tão emocionante vê-lo assim, de repente paramos ao centro do Jardim e eu rodava sozinha.
Lembrei-me da minha infância das brincadeiras e Joel ficava rindo e rindo, eu já estava tonta quando percebi que alguém olhava de dentro da mansão, era ele.. o sol fazia reflexo e eu afastava para trás cada vez mais, queria ter certeza que era ele, de repente escuto Joel gritando... tarde demais, cai na piscina. Estava encharcada e só escutava a gargalhada do Joel e depois os pedidos para que eu parasse de o molhar com água da piscina... ficamos lá rindo. Então consegui ver pela janela finalmente aquele homem tão lindo e amargurado, rindo pela primeira vez, Deus! Que sorriso, era de aquecer o coração.
Fui me trocar e levar Joel para almoçar, logo em seguida sou informada que a Genoveva gostaria de falar comigo, o que será que essa megera quer?
- Sim senhora, estou aqui.
- O senhor Marte irá no centro hoje, sempre acompanho ele, porém hoje estou indisposta e quero que vá, precisamos de algumas frutas e verduras frescas. - Ela estava um pouco desanimada.
- Tudo bem senhora! - Falei indo em direção a sala de jantar.
Puta merda! Como ficar tão perto desse homem, o que falo? Como me comporto? E aquela noite, que noite! Fiquei tensa até chegar a hora, será que devo inventar uma doença, oh céus, estou fodida, literalmente. Saímos de casa depois do almoço e no caminho só ele e eu dentro daquele carro, sem dizer uma palavra, ele ia dirigindo assim, era um dos poucos momentos o quais ele dispensara o motorista.
Já na cidade fiz as compras aonde ele me deixou, não imagino para onde ele foi, será alguma namorada? Aquilo partia meu coração, mas porquê? Fiz as compras e depois de algum tempo ele me liga que está vindo me buscar. Estávamos voltando as 18hrs para casa, o silêncio predominava.. de repente, passando as mãos nos seus lindos cabelos, ele me olha e começa a falar aquilo que pra mim, era uma tortura.
- Isis, não é você sou eu, não sou homem para você, nunca te faria feliz, você merece alguém completo alguém capaz de ama-la, que tenha uma vida calma e possa te amar como você merece. - Ele fala com a voz arrastada.
Como ela sabia como eu queria ser amada? Eu queria ser amada por ele, meu corpo e coração duplicados por aquele homem, mas fui dura.
- Tudo bem, você não me deve explicações. - Virei o rosto.
Meu coração estava quase saindo pela boca, no som do carro tocava too Good at Goodbyes - Sam Smith. Segurava ás lagrimas, aquela atmosfera se criava sobre nós, NÃO! Sentia que ele também sentia. Chovia bastante, e aquela estrada foi uma tortura, minha blusa mostrava os bicos dos meus seios já duros, chegavam a doer de roçar na blusa fina com as mãos apertei com força a bolsa de mão que trazia no colo e apertava as pernas de tanto tesão que sentia, percebi que ele sabia a situação que eu estava.
De repente ele para o carro e me puxa pra cima dele, fico espremida entre a direção e aquele corpo, aqueles braços que me apertavam, sentia sua ereção crescendo bem em baixo da minha saia, arfei de desejo, a essa altura já estávamos entregues a tantos beijos, sentia ele tão ofegante, sentia seu cheiro, como era bom! Ele colocou a mão por baixo do meu bumbum e o apertou com força.
- Menina, como você é gostosa, como é difícil vê-la todos os dias naquela casa e não poder prova-la. - Seu pau latejava.
Suas mãos apertavam minhas coxas, minha calcinha já transbordava de tão encharcada.
- Sou sua! - Fui abrindo sua calça e sussurrando em seu ouvido. - Estou tão entregue
Ele fechou os olhos como se aquilo atingisse seu coração. De repente em um movimento brusco, ele me tira de cima dele, ah, não!!!!
- Não posso! Não devo você merece mais.
Me segurei para não chorar, o que acontecia comigo? Seguimos viagem, calados. Chegamos na mansão e a chuva não parava, o Marte desceu correndo e abriu a porta para mim.
- Venha, temos que entrar. - Disse ele estendendo a mão.
Eu já o seguia para dentro de casa, mas parei... não vou entrar!
- Não! Eu quero ser sua, eu não sou uma bonequinha de porcelana, não vou quebrar, eu quero você, desejo você como jamais desejei outro. - Olhei para ele assustada.
Os olhos de Marte queimavam sobre mim, senti que ele me queria tanto quanto eu queria ele, me tomou nos seus braços como um lobo com sua presa, selvagem e implacável.

MARTE

Ela se recusou a entrar na casa, será que tem ideia no que se meteu, eu a terei para mim e se me apaixonar? Medo dos meus sentimentos e o que meus instintos fariam com essa mulher que tanto me fascina, mas não suporto mais e a farei minha, de um jeito ou de outro.

O Milionário Where stories live. Discover now